quinta-feira

Da educação (ou falta dela) e da greve

Nesse primeiro semestre de 2012 a cidade de Salvador já passou por alguns problemas que repercutem diretamente na vida da população, em especial dos jovens em fase estudantil, seja na rede pública ou privada da capital baiana.
Primeiramente, tivemos a greve dos policiais. Em seguida, a greve dos professores da rede pública (que ainda persiste) e agora a greve dos rodoviários.
Na primeira situação, os estudantes não puderam sair de casa porque, diante dos números alarmantes da violência, sofriam risco de vida. Direito à  vida, à educação e ao direito de ir e vir desrespeitados. Na segunda hipótese, não saem porque não tem aula. O direito à educação prejudicado. E, nesse último caso, não saem porque não têm como se deslocar. Diretamente o direito de ir e vir prejudicado e incidentalmente o direito à educação e o direito ao trabalho, já que todas as outras categorais têm esse direito. Tudo isso é um círculo vicioso.
Eis que todos sofrem com isso.
Nesse momento, num final de semestre, aplico uma prova de Introdução ao Estudo do Direito numa sala de 50 alunos, e apenas nove pessoas que puderam se deslocar a fazem. A Faculdade entende e liberará os alunos de taxas de segunda chamada. Mas, tenho certeza que ficar em casa, de mãos atadas, sem  fazer as atividades normais do dia-a-dia, deixa qualquer jovem frustrado. O transporte público é direito de todos. Quando moramos em cidade do interior, onde podemos nos deslocar com facilidade para todos os lugares a pé ou de bicicleta, onde as distâncias são curtas, esse problema não existe. Mas, numa cidade grande como Salvador, que não tem metrô ou outra alternativa para a população, onde em breve teremos o aumento do transporte público, o poder público tem que intervir, tem que fazer valer, pelo menos,  a liminar que exige 60% da frota nas ruas. E isso não está acontencendo. Vamos, juventude, reivindique.  Vocês precisam estudar. Vocês têm esse direito.
Aos meus alunos que não puderam estar conosco nessa manhã chuvosa, que representam uma pequena amostra do microcosmo prejudicado pela greve dos rodoviários, deixo abaixo o modelo da prova para que possam exercitar para a feitura da substitutiva:

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