A história começou há cerca de quatro anos, conta o presidente da companhia, Carlos Rettman. A empresa que funciona em São Paulo já tem três décadas de existência, mas Rettman buscava uma forma de renová-la. “Procurando exportar, percebemos que esse conceito de reciclagem é uma febre no exterior, eu precisava investir nisso”.
Assim surgiu a linha Tera, o selo que diferencia os produtos que vem das caixinhas Tetra Pak. Além dos cadernos já prontos, a Confetti vende chapas de prolipropileno feitas com o material reciclado. Essas chapas são usadas pelas mais diferentes empresas do mundo para que fabriquem seu próprio material de escritório, personalizado.
Hoje, esse projeto especial já é responsável por 25% dos negócios da Confetti. “E esse conceito que tem valorizado a nossa marca, tem potencial para ser nosso principal negócio”.
Produtos com nome e sobrenome
Os produtos da Confetti são feitos a partir da fina lâmina de plástico que reveste as embalagens de leite e suco por dentro. Separar o plástico do papelão é uma prática comum, mas normalmente só o segundo é reaproveitado. Daí o desafio. “A Tetra Pak faz um esforço grande para participar da reciclagem e foi por isso que nós entramos em contato”, conta Rettman.
As finas lâminas plásticas são transformadas em bolinhas que passam por um processo de extrusão (expansão) até se tornarem as chapas plásticas. Para dar cor aos produtos, a empresa aposta em materiais orgânicos.
Em abril, o projeto recebeu, no México, o prêmio de inovação concedido pela Anfaeo (Associação Nacional de Fabricantes de Materiais Escolares e de Escritório).
Rettman destaca que foi fundamental a ideia de usar, como matéria prima, um produto que é conhecido por muitos consumidores. “Nós já trabalhamos com materiais pré-consumo, como sobras de fábricas, mas esta ideia é muito legal porque as pessoas entendem de onde vem, tem nome e sobrenome”.
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