Foi no Corredor da Vitória.
Primeiro, passei no Museu de Arte da Bahia (MAB). Comecei pela exposição "Pintoras na Primavera de 2011".
São 35 artistas de várias gerações, que representam seis décadas na produção artística do Brasil. A artista homenageada foi Carmen Penido com um painel de 35 telas pintadas em acrílico. Numa sala ao lado dessa exposição, a última que visitei, temos "Caminhos Percorridos", da Penido, com várias telas que traduzem sua pintura em uma infinidade de imagens, num minucioso realimso de pequenos desenhos contracenando com formas abstratas que serpenteiam em cercaduras decorativas numa alusão aos azulejos portugueses. Essa artista ainda nos presenteia com lindas mandalas e seus símbolos barrocos e nos faz entender que, de fato, a arte é individual como criação e plural em seus múltiplos significados.
Cada tela um mundo, um universo singular. Temos, na exposição, telas de Anna Bella Geiger,Betty King, Candoca, Sônia Rangel, Márcia Magno, Zau Pimentel, Maria Adair (com sua obra "Conceição da Praia")... Como já disse,são 35 artistas homenageadas. Um acento tônico na linda tela de Djanira, pintora, desenhista, gravadora, cenógrafa e primeira artista latino-americana representada com obras no Museu do Vaticano, "Menina e Flores".
Na exposição, temos uma tela de Vera Patury, artista plástica, arquiteta e ambientalista, intitulada "Planetas" que é simplesmente linda.
Linda a tela "Flores e Troncos", uma xilogravura de Wilma Martins. E para a "Porta Adornada da Bahia", de Marina Caram.
De Tarsila do Amaral tem "O Touro", de 1928, mesmo ano que ela pintou Abaporu.
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Mas, minha preferia foi "Josés, Marias, Ritas e Annas" uma obra da Fátima Tosca.
A singeleza e o traço delicado na pintura desses passarinhos me impressionaram muito. Coisas que somente a arte pode fazer.
A disposição das telas da sala foi feita com muito cuidado.A iluminação está perfeita e o detalhe da mesa de centro de jacarandá e tampo de mármore da Bahia do século XIX, servindo de aparador para lindo ramalhete de margaridas, dentro de Bacia das flores da Faiança Inglesa "Copeland", também do século XIX, está um mimo.
Como diria Da Vinci " a pintura é coisa mental". Ou Goethe "De que vale olhar sem ver?". Essa exposição merece ser olhada e merece ser vista.
Uma terceira exposição aberta no MAB chama-se "Madeiras do Brasil". Trata-se de 217 espécieis catalogadas em pedaços de madeira, entalhadas em forma de livros e organizadas como uma pequena biblioteca. Que fantástica imaginação desse colecionador de madeiras, o médico Antônio Berenguer. Que feliz ideia em associar madeiras, livro e biblioteca. As madeiras de nosso país são riquezas do Brasil. Um crime sem tamanho é o desmatamento.
Que bacana teu relato de uma visita no MAB, Ezilda! Parabéns pela sensibilidade e olhar detalhista que tens.
ResponderExcluirOntem uma pequena e bela nova mostra foi aberta lá: a exposição de presépios (na mesma sala onde estavam as mandalas da Carmen Penido.
Abraço,
Rose.
Obrigada pela dica e pelo comentário carinhoso.
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