sexta-feira

Temos que sentir

Há uma música do Arnaldo Antunes, chamada "Socorro" que é um tiro na falta de sentimentos.

A letra é essa:

Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto
nada...
Socorro!
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...


Não sentir nada é horrível.

Até a tristeza pode ser uma poesia do compositor da dor e ser a letra de uma nova música que talvez nem toque. E que nem seja a minha canção preferida. Apesar de tudo, os encontros poéticos são mais que uma paixão desbotada e mais que uma amizade colorida.

Por isso, poeta, temos a realidade e a poesia. Eu prefiro, a última. Temos a Romaria na Insensatez Solar e na Lua de São Jorge. E o destilar do mel na noite da quinta.  De você, quero as palavras. Vamos fazer poesia, de noite ou de dia, em qualquer lugar.



 

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