sábado

Poesias pingadas

"Minha alma pergunta por você
E sei o que responder
Por isso, poeta, perdoe esses tristes ecos
que ainda ressoam do sentimento que gritou"

"Dois presentes para seus ouvidos e memória:
para viver um grande amor e alegre menina.
Ouça e lembre da Bahia"

"Poeta, temos a realidade e a poesia.
Temos a romaria na insensatez solar e na lua de são jorge.
E o destilar do mel na noite da quinta.
De você, quero as palavras. Vamos fazer poesia
Antes de tudo, o verbo.
No abismo do infinito, quando a palavra ressoou, fez-se carne.
Quero a sua poesia. Quero amor".

E o poeta poderia dizer:

"Maria Bonita, maior que o silêncio, a poesia.
Nas palavras suadas, as gotas de inspiração"

E a poeta replicar:

"Seis horas. O vento vazio lá fora não diz quem sou
Maria Bonita melodiosa, que não posso mudar
Aqui e ali, o importante é onde estou
Feliz ou triste, vim para ficar"

E ouço os passarinhos e "Azul" de Djavan.

E passeio na tarde de domingo. Vou ao teatro. E para combinar: um blue jeans e uma camiseta branca, com estampa de barquinho. E uma sapatilha xadrez, azul e branco.

"O homenageado merece o traje gracioso" - Referindo-se a Drummond.

"Mais um vez, peço licença a vocês
para compartilhar a poesia das seis":

"Seis horas. Depois do blue do dia, sinto o colorido, cheiroso e harmonioso, da noite"

É a poesia da menina crepuscular, de poezilda, forte, guerreira, que enfrenta tudo na raça, e arremata cada dia como no forte da rede de pescar sonhos...

"Seis horas. Precisamos beber mais água de açude, comer mais caatinga, cheirar mais bugaris, beijar mais luas, lamber mais as estrelas dos sertões, desejar mais o verde e escutar mais Luís Gonzaga".

E a resposta: "E assim: de mais a mais, ser humilde como o segundo que flutua no agora, sendo um só e sempre presente".

E a resposta da terceira: "Um tronco de árvore, um pequeno galho, uma xícara de café, um pedaço de totra. Natureza morta? Não importa... em águas profundas é onde se pesca um peixe grande! Além dos olhos, no escuro do coração"

"Seis horas. Nova lua. Resto de velharia. O agora é monotonia. Os acasos, as estrelas, o céu e a repetição da poesia"

E a resposta do segundo: Um espelho antigo de pedras, um ouvido sujo mais atento. Com o pouco que tenho, tento ser expectador do ser..."

E a réplica da primeira: "sua presença está em mim, como uma página amarelada, com uma flor guardada, para uma surpresa futura"

Disse: três dias, três noites
Um café pingado
Um violão
Um livro
Um jeito suave de dizer não

Uma voz, a tal da voz ... a voz

Hoje, não estou em mim. Uma ansidedade já me fez sair. Queria seu colo, seu ombro, seu abraço. E. pergunto, será que queria? De um amigo, tudo.

Não é não. Disse: talvez esteja em você como uma voz dançando com a sua... Te entendo bem...

Seis horas. Um riso de Monalisa fino, suave e clássico. Olhe para o alto. Você verá. Virtual. real. Natural. Temos o neo nas aventuras de "pi" e do "pa-pa". Lua nova. O velho. Rerum Novarum" 

Pipa. Vamos para lá.

"Seis horas. Espumas flutuam. Sonhos dançam. Clarea a saudade. É hora do adeus. Sorria. hoje é poesia. E tudo tem seu dia".

E a terceira responde: Dia de poetizar. Poeira. Vento. Pó do poema. Pena e papel"

E o segundo: "Existem vozes crespas, como cabelos crespos. E poesias risonhas como pessoas
risonhas".

As vozes crespas são fortes e tocantes.

Deu tudo certo. O crepúsculo e seu apogeu.

Odes e vinhos a Dioniso.

E Nietzsche sorriu. E ficou comigo e em mim. Entregou-me no círculo. Estou dançando, ouvindo os ditirâmbicos e não sinto o chão. Sinto o ar.








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