Quem nunca conheceu uma pessoa egoísta? É impossível. Há egoísmo nas mais variadas escalas, cores, sabores, texturas. Quem não tiver egoísmo que atire a primeira pedra. O que é o egoísmo, então? Trata-se de um amor exagerado aos seus próprios interesses a despeito das vontades alheias. É colocar-se sempre em primeiro lugar, olhar somente para o próprio umbigo e ter dificuldade em colocar-se na posição do outro. O egoísmo leva `a presunção e ao orgulho. As pessoas egoístas colocam seus hábitos, opiniões, desejos, necessidades acima da dos outros. O altruísta seria exatamente o contrário: colocar o outro em primeiro lugar. Entre o altruísta e o egoísta há um abismo sem fim. Um é hipótese, o outro acontecimento. Para LÉVINAS o egoísmo, o fechamento do Eu em si mesmo, o eu que se busca em sua própria e exclusiva subjetividade, sustenta todo o pensamento ocidental, caracterizado por uma “filosofia do poder”. Para LÉVINAS, o eu-centrado-em-si-mesmo perde a chance de sair de si mesmo e enxergar a exterioridade e o Infinito, que se dá no encontro com o outro. Um encontro que não tem características investigativas meramente ontológicas, técnicas e científicas, mas de informalidade e de pessoalidade.
“Outrem, como outrem, não é somente um alter ego. Ele é o que eu não sou: ele é o fraco enquanto eu sou forte ele é o pobre; ele é a ‘viúva e o órfão’.(...) A exterioridade social é original e nos faz saída das categorias de unidade e de multiplicidade que valem para as coisas” (LÉVINAS, E., Da Existência ao Existente, Papirus, Campinas, 1998, p. 113 - edição e tradução brasileira da obra “De l’exitence à l’existant”).
O Outro para LÉVINAS é aquele que me estende a mão e me interpela com um “me dá um prato de comida”. Portanto, esta filosofia considera o outro como medida para nossas ações. O desafio é pensar a construção de uma “cultura da alteridade”, na qual a responsabilidade pelo outro seja um componente ético de nosso cotidiano. Amar é o supra sumo da alteridade, é a abertura de si e a possibilidade do infinito. Que as pessoas se amem mais!
“Outrem, como outrem, não é somente um alter ego. Ele é o que eu não sou: ele é o fraco enquanto eu sou forte ele é o pobre; ele é a ‘viúva e o órfão’.(...) A exterioridade social é original e nos faz saída das categorias de unidade e de multiplicidade que valem para as coisas” (LÉVINAS, E., Da Existência ao Existente, Papirus, Campinas, 1998, p. 113 - edição e tradução brasileira da obra “De l’exitence à l’existant”).
O Outro para LÉVINAS é aquele que me estende a mão e me interpela com um “me dá um prato de comida”. Portanto, esta filosofia considera o outro como medida para nossas ações. O desafio é pensar a construção de uma “cultura da alteridade”, na qual a responsabilidade pelo outro seja um componente ético de nosso cotidiano. Amar é o supra sumo da alteridade, é a abertura de si e a possibilidade do infinito. Que as pessoas se amem mais!
Ezilda Melo
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