quarta-feira

Exercício sobre fontes do Direito e Norma Jurídica com Gabarito

Um presente para meus alunos de Introdução ao Estudo do Direito: exercícios com sugestões de respostas.

FACULDADE RUY BARBOSA

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

PROF. EZILDA MELO

 2ª Unidade - EXERCÍCIOS DE REVISÃO


Assunto: Norma Jurídica



Caso 1 – Características da Norma Jurídica.

Manoel, brasileiro, foi preso em flagrante delito, vendendo substância entorpecente. Em sua defesa alega que não deve ser submetido ao procedimento previsto na Lei de Entorpecentes – 11.343/06, haja vista que não concorda com a criminalização de sua atitude e que é uma pessoa de “mente aberta diferente do restante da coletividade”. É acertada a “defesa” feita por Joaquim? JUSTIFIQUE baseando-se na característica da heteronomia das normas jurídicas.



Resposta: A heteronomia se constitui numa característica essencial do Direito, na medida em que, determina a sujeição do comportamento dos indivíduos independente da adesão subjetiva ou interna de cada um. Portanto, a fundamentação utilizada por Joaquim em sua “defesa” não encontra amparo sendo facilmente contrariada pela característica da heteronomia da norma jurídica





Caso 2 – Características da Norma Jurídica.



Leia atentamente o texto a seguir e após responda ao que se pede.



“De acordo com a lógica de funcionamento do Estado de Direito, no momento em que uma norma se torna jurídica qualquer que tenha sido sua origem remota (e.g.: a religião, a moral ou a economia) seu cumprimento passa a ser obrigatório para todos – inclusive para o Poder Público – o que requer um aparato estatal capaz de impor essa obediência, direta ou indiretamente, caso ela não seja obtida de forma voluntária”. (BARCELLOS, Ana Paula de. A Eficácia Jurídica dos Princípios Constitucionais – O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana – Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 33).



O trecho acima cuida de algumas características da norma jurídica. Identifique-as e explique-as.



Caso 3 – Estrutura da norma jurídica.



Pai mata filha usuária de drogas, no Leblon



Crime teria ocorrido durante briga familiar; vítima levou um tiro na cabeça e assassino foi baleado.



Uma tragédia familiar causou comoção ontem nos moradores de um prédio de classe média do Leblon. 0 contador (...) matou com um tiro na cabeça a única filha de 30 anos. O motivo do crime teria sido um desentendimento entre pai e filha, que era usuária de drogas – fato que já teria causado há cerca de três anos o suicídio da mãe (...)

O Globo, 9 de janeiro de 2007 – pág. 14, RIO



Levando-se em consideração a conduta típica penal indicada na matéria jornalística acima como tendo sido praticada pelo pai, identifique, a partir da norma jurídica abaixo, os elementos que a estruturam:“Art. 121. Matar alguém:Pena – reclusão de 6 a 20 anos”.

Resposta: A norma jurídica em destaque é estruturada a partir do preceito e da sanção. O preceito diz respeito ao comando, que na hipótese é negativo, isto é, de abstenção (não realizar a ação incriminada penalmente). A sanção, sob a forma de pena restritiva da liberdade, integra a estrutura da norma como expressão de punibilidade de conduta antijurídica.



Questão Discursiva – Características da Norma Jurídica.



Leia atentamente o texto a seguir e após responda ao que se pede.



“A ‘paz’ produzida pelo Direito apenas pode ser ‘relativa’. ‘Relativa’ porque, se entende por paz a ‘ausência de força’; como o Direito precisa de força para conter os impulsos agressivos, a paz que promove não é absoluta. O Direito combate a força arbitrária, substituindo-a pela força regulada por normas e parafraseada em pressupostos, requisitos e ritos de aplicação”. (KELSEN, Hans. Apud SGARBI, Adrian. Hans Kelsen, Ensaios introdutórios, 2001-2005. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p. 4).



O trecho acima cuida de uma das características da norma jurídica. Identifique, explique-a e comente acerca da necessidade da utilização da força na aplicação do Direito.

Resposta: A característica evidenciada no texto de Hans Kelsen é a coerção entendida como uma reserva de força a serviço do Direito. A coerção se faz necessária no momento do cumprimento da norma jurídica pelo seu destinatário e quando de sua aplicação pelo operador do direito, exercendo a força necessária no momento para o seu cumprimento.

Questão Objetiva



1) Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta.



Luiza namorava Antonio, e terminou seu relacionamento para casar com Caio, ex-melhor amigo de Antonio. Certo dia, Antonio encontra o casal na rua e tem o ímpeto de matá-los, todavia, vem à sua mente a previsão do Código Penal acerca do homicídio: reclusão de seis a vinte anos. Apesar da enorme raiva que sente, não pretende passar anos encarcerado em um presídio e, por tal razão, desiste de levar a efeito a sua ideia de matá-los. O sentimento de Antônio liga-se a uma das etapas do processo de aplicação das sanções em caso de violação das normas jurídicas. Qual?



a) Coação.



b) Sanção.



c) Coerção.



d) Premeditação.



e) Imperatividade.

Resposta: Letra “b”. A sanção descrita na norma jurídica relativa ao tipo penal do homicídio atua no sentido pedagógico de desencorajamento do comportamento homicida.



A Norma Jurídica (continuação). Os diversos critérios de classificação das normas jurídicas: critério da destinação, critério da existência, critério da extensão territorial, critério do conteúdo, critério da imperatividade e critério da sanção.



Caso 1– Classificação das Normas Jurídicas.

Julieta, com 14 anos de idade, grávida, casou-se, às escondidas, com Romeu, também com 14 anos de idade. Quando as famílias descobriram o casamento, buscaram auxílio de um advogado para informarem-se acerca da possibilidade de anulação do referido casamento. O advogado, então, mostrou-lhes os seguintes artigos do Código Civil:



Art. 1517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.



(...)



Art. 1520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a maioridade núbil para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.



Art. 1550. É anulável o casamento:



I – de quem não completou a idade mínima para casar;



(...)



Art. 1551. Não se anulará por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.



Responda, JUSTIFICADAMENTE, ao que se pede:



a) Se você fosse o advogado consultado pelas famílias, que resposta daria?



b) A que ramo do Direito pertencem as normas supramencionadas?



c) Qual a natureza jurídica destas normas?



d) Classifique o artigo 1551 do CC, quanto à sanção.



a)    Se você fosse o advogado consultado pelas famílias, que resposta daria?

Resposta: O pedido de anulação pode ser ajuizado, no entanto o casamento poderá ser mantido, com base na interpretação lógico-sistemática dos artigos  do Código Civil acima citados.

b)    A que ramo do Direito pertencem as normas supramencionadas?

Resposta: Aos ramos do Direito Civil e do Direito Penal.

c)    Qual a natureza jurídica destas normas?

Resposta: São normas pertencentes ao direito de família.

d)    Classifique o artigo 1551 do CC, quanto à sanção.

Resposta: Norma imperfeita. Pois não invalida o ato, nem estabelece sanção ao transgressor. Tal procedimento justifica-se, por razões relevantes, de natureza social e ética.





Questões Discursivas



Classificação das Normas Jurídicas.



1)     A norma contida no art. 489 do Código Civil estabelece: “Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço”. Classifique essa norma jurídica quanto ao critério da sanção e JUSTIFIQUE sua resposta.

Resposta: Norma jurídica perfeita. Se violada, resultará na nulidade do negócio jurídico realizado.





Classificação das Normas Jurídicas



2) Prevê o artigo 195 da Constituição da República que: “A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...)”. Classifique essa norma jurídica quanto ao critério da aplicabilidade e estabeleça a diferença entre as normas jurídicas auto-aplicáveis, dependentes de complementação e as dependentes de regulamentação.



Resposta: A norma jurídica constitucional em questão é norma não auto-aplicável, regulamentável, pois depende de lei infra-constitucional para torná-la executável, dando as condições de sua aplicação. As normas jurídicas auto-aplicáveis são aquelas que não dependem de regulamentação por outra lei, ou por regulamento



Questão Discursiva – Espécies legislativas.



O artigo 59 da Constituição da República Federativa do Brasil estabelece quais são as espécies legislativas admitidas no ordenamento jurídico brasileiro. Estabeleça, brevemente, as diferenças entre elas.

Resposta: O processo legislativo tem por objeto as espécies normativas arroladas no art. 59 da CF, que serão examinadas segundo sua natureza e o processo de sua elaboração.

As emendas à CF visam promover acréscimo, supressão ou modificação no texto constitucional.

As leis complementares não são tipificadas pela CF segundo critério ontológico. Caracterizam-se pelos assuntos que a Carta lhes reservar e pelo quorum de aprovação. Assim, aquelas matérias indicadas na CF como próprias de lei complementar não podem ser tratadas pelas leis ordinárias, que não têm força para modificar preceitos nela contidos, salvo se cuidares de assunto de lei ordinária.

As leis ordinárias apresentam o mesmo processo de elaboração das leis comuns que respeitam as seguintes fases: a iniciativa, com a apresentação do projeto, que a seguir será objeto de discussão nas comissões técnicas, sendo submetido à votação e aprovação pelas Casas Legislativas. Uma vez aprovado será apresentado ao chefe do Poder Executivo para sanção ou veto. Após sanção, o projeto segue para promulgação e publicação na Imprensa Oficial. 

As leis delegadas: A CF cuida, na parte relativa ao processo legislativo, da delegação, entendida como a autorização concedida pelo Congresso Nacional ao Presidente da República para elaboração de leis delegadas (art. 68 da CF).

As medidas provisórias estão previstas no art. 62 da CF, nos seguintes termos: em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las, de imediato ao Congresso Nacional.

Os decretos legislativos são ”as leis que a CF não exige a remessa ao Presidente da República para sanção (promulgação ou veto)” – Pontes de Miranda. Para José Afonso da Silva, decretos legislativos são “ atos destinados a regular matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF) que tenham efeitos externos a ele; independem de sanção e de veto”.

Resoluções: Se os decretos legislativos são atos destinados a regular matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF) que tenham efeitos externos a ele, as resoluções têm a mesma natureza, porém com efeitos internos, acrescentando-se ainda que as matérias de competência exclusiva de cada Casa Legislativa (artigos 51 e 52 da CF) serão reguladas por resoluções.



Questão Objetiva



Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta.



As medidas provisórias podem ser elaboradas pelo:



a) Congresso Nacional.



b) Câmara dos Deputados.



c) Senado Federal.



d) Presidente da República. E) Cidadão.

Resposta: Letra “d”. A iniciativa é de competência exclusiva do Presidente da República. Dêem atenção ao estudo da MP.



Validade das Normas (técnico-formal ou vigência, social e ética). O início da vigência da lei. A vacância da lei: conceito e cômputo. O princípio da obrigatoriedade das leis. Término da vigência das leis: revogação (ab-rogação e derrogação). Revogação expressa e tácita. A questão da repristinação.





Caso 1 – Validade das Normas.



Leia a matéria a seguir e responda, JUSTIFICADAMENTE, ao que se pede:



A revista Veja, na edição de 14 de junho de 2006, publicou uma notícia cujo teor é: “É lei, mas ninguém cumpre. Uma lei de 1997 determina que os documentos de identificação (RG, CPF, carteira de trabalho, entre outros) sejam substituídos por um registro único até 2007. Como o governo não criou o registro, a lei é mais uma daquelas que não pegaram. Outras leis que não pegaram:



- Viagem facilitada: empresas de ônibus interestaduais deveriam dar assentos gratuitos para dois idosos em cada veículo e oferecer desconto de 50% para os outros passageiros com mais de 60 anos. A lei existe desde 2003.



- Estádio organizado: pelo estatuto do torcedor, aprovado em 2003, os estádios de futebol deveriam oferecer assentos numerados, banheiros limpos e estacionamento.



- África no currículo: em 2003, a cadeira de história e cultura afro-brasileira tornou-se obrigatória no ensino fundamental e médio. Quase nenhuma escola oferece a matéria.

A partir do acima descrito, identifique se as normas citadas na reportagem são vigentes e válidas, tanto sob o aspecto formal quanto social.



Resposta: As normas jurídicas para serem vigentes precisam ser publicadas no Diário Oficial e cumprir o prazo da vacatio legis, caso haja. Neste quesito, todas as normas citadas na reportagem são vigentes. Sob o ponto de vista da validade formal, as normas citadas também são válidas, uma vez que o processo legislativo foi obedecido, e duas delas estão previstas em normas de grande relevância, quais sejam: o Estatuto do Idoso e o Estatuto do Torcedor. Todavia, não se pode dizer que são socialmente válidas, uma vez que não são capazes de produzir efeitos práticos perceptíveis na sociedade. Assim, as normas citadas na reportagem carecem de validade social, que nos dizeres de Tércio Sampaio Ferraz Jr., “a eficácia é uma qualidade da norma que se refere à sua adequação em vista da produção concreta de efeitos. A norma será eficaz se tiver condições fáticas de atuar, por ser adequada à realidade (eficácia semântica) e condições técnicas de atuação (eficácia sintática), por estarem presentes os elementos normativos para adequá-la à produção de efeitos concretos”.



Caso 2 – Revogação Expressa e Tácita. Ab-rogação e Derrogação.



Analise a seguinte decisão judicial e a seguir responda, JUSTIFICADAMENTE, ao que se pede.



União Estável. Direito. Herança. Lei n°8.971/94. Lei n° 9278/96. O art. 2°, III da Lei n°8.971/94 não foi revogado pela Lei n° 9278/96. É certo que os dois diplomas regulavam a união estável, porém a nova regra não abrangeu a totalidade das matérias tratadas na lei anterior. Destarte, o direito da companheira supérstite ao total da herança, quando inexistir ascendente ou descendente do de cujus, restou incólume visto que a nova lei tocou somente o direito real de habitação quanto ao imóvel destinado à residência familiar. Resta, então, que não há incompatibilidade, mas sim integração. Note-se, por fim, que a hipótese é anterior ao novo Código Civil. (REsp. n°747.619-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 07/06/05).



A partir da decisão acima, esclareça se ocorreu ab-rogação ou derrogação entre as normas e se foram expressas ou tácitas.

Trata-se de uma fonte jurisprudencial.

Resposta: No caso a Lei n° 9278/96 derrogou – revogou parcialmente a Lei n° 8971/94, uma vez que somente parte dos temas tratados por esta foram regulados de modo diverso por aquela. Além disso, ocorreu revogação tácita, já que a Lei n° 9278/96 determina a revogação das disposições em contrário. Assim, todas as normas que cuidam de assuntos diversos dos tratados por esta deverão ser mantidas. Percebe-se, então, que ambas cuidam do mesmo tema genérico: união estável, pois tratam de assuntos diversos no que tange aos temas específicos. Pode se tocar no prazo de cinco anos, que foi revogado.



Questão Objetiva



Analise as afirmativas abaixo:



I – a lei perde a eficácia desde que comprovado o seu desuso por um período de tempo superior a dez anos;



II – denomina-se repristinação o fenômeno pelo qual a lei revogada é restaurada quando a lei que revogou perdeu a vigência;



III – a lei ordinária só pode ser revogada, de modo parcial (derrogada) ou total (ab-rogada), por outra lei de natureza e hierarquia superiores;



IV – quando um preceito de uma lei contraria uma nova ordem constitucional falta-lhe fundamento de existência e validade e, por isso, diz-se que ele não foi recepcionado;



V – na aplicação da lei sempre será possível a utilização da equidade.



Somente estão corretas as afirmativas:



a) II e IV;



b) III e IV;



c) I e III;



d) I e V;



e) II e V;



Resposta: Letra “a”. O item “I” está incorreto, pois a lei somente é revogada por outra lei. O item “III” está errado pois a lei pode ser revogada também por lei de igual hierarquia. O item “V” está errado porque na aplicação da lei o juiz deverá levar em consideração os fins sociais a que ela se destina e o bem comum.



Conflitos de leis no tempo. Direito intertemporal. A questão da retroatividade e da irretroativadade das leis. O Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito e a Coisa Julgada no contexto da Lei de Introdução ao Código Civil, da Constituição da República e do Código Civil de 2002 (art. 2035).



Caso 1– A questão da retroatividade e da irretroatividade das leis.



Marcos foi condenado, em 31 de janeiro de 2005, a cumprir pena de seis meses de detenção pela prática do crime de adultério. Seus familiares, entretanto procuram você, advogado, no dia 29 de março de 2005, questionando-lhe acerca da possibilidade de Marcos ser libertado, face à publicação da Lei n°11.106, de 28 de março de 2005, que entrou em vigor na data da sua publicação.



Pergunta-se:



a) É possível que Marcos seja colocado em liberdade? Por quê?



b) As normas jurídicas sempre retroagem? Explique.



c) Quais os limites para que a norma jurídica tenha efeitos retroativos? Explique-os.



a)      É possível que Marcos seja colocado em liberdade? Por quê?

Resposta: Não. Já existe sentença transitada em julgado, que põem fim à lide judicial.

b)      As normas jurídicas sempre retroagem? Explique.

Resposta: Não. Em nosso sistema jurídico não é permitida a retroatividade das leis como regra absoluta, somente excepcionalmente, nos casos previstos em lei, e, desde que, sejam respeitados os princípios constitucionais do ato jurídico perfeito, da coisa julgada e do direito adquirido, em razão da segurança nas relações jurídicas. e, desde que, sejam respeitados os princo regra absoluta, somente excepcionalmenten0os casos previstos em lei parar

c)      Quais os limites para que a norma jurídica tenha efeitos retroativos? Explique-os.

Resposta: Os limites são aqueles estabelecidos no art. 6º da LICC e no art. 5º , XXXVI, da CF. Nesses termos, a lei, nas hipóteses de retroatividade, devem respeitar tanto a decisões judicial definitivas, quanto os atos jurídicos celebrados perfeitos e acabados e os direitos que já fora incorporados definitivamente ao patrimônio da pessoa.



Caso 2 – Limites à retroatividade das normas jurídicas – Ato Jurídico Perfeito.



Alfredo celebrou em 1984 contrato de assistência médico-hospitalar para si e sua família. Em 1987 foi acometido por uma doença cardiovascular que o levou à colocação em seu corpo de um marca-passo, cujo custo foi pago pelo próprio Alfredo, uma vez que em seu contrato de assistência médico-hospitalar não havia previsão de tal cobertura.



Em 1995, Alfredo ingressa com ação judicial pretendendo a restituição dos valores gastos com os exames e o marca-passo não cobertos por seu plano de assistência, mais danos morais, em razão da recusa ao fornecimento do material, que ele reputa injusta.



Em sede de contestação a assistência médico-hospitalar alega que o contrato é anterior à Constituição da República de 1988 e ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que prevêem, respectivamente, a proteção à dignidade humana e a proteção ao consumidor. (Apelação Cível – 2006.001.58180 – TJ/RJ).



Você é o juiz que decidirá a questão, dê a sentença amparada na questão dos limites à retroatividade das normas jurídicas.



Resposta: A sentença deverá negar o pedido de Alfredo, posto que, o contrato fora celebrado sob a égide da legislação que vigorava à época de sua celebração. Portanto, não será possível a retroatividade da CF e do CDC, pois deverá ser respeitado o ato jurídico perfeito como garantia do princípio da segurança nas relações jurídicas, pois a manutenção da segurança se constitui numa das finalidades do Direito.





Questões Objetivas



1) Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta. (Exame OAB/São Paulo 1ª Fase – Exame 124º).



Antônio tem 31 anos de serviço público. Suponha que exista uma lei à época, que concede direito à aposentadoria aos 30 anos de serviço. Suponha, ainda, que se edite lei nova que só admite aposentadoria aos 35 anos de serviço público. Nesse caso, Antônio:



a) tem direito de aposentar-se, mas fica impedido ante a nova lei;



b) tem direito de aposentar-se e pode exercer esse direito sob a vigência da lei nova, com fundamento na lei antiga;



c) não tem direito de aposentar-se, porque não exerceu esse direito sob a vigência da lei antiga;



d) não tem direito de aposentar-se porque não completou 35 anos de serviço;



e) tem direito de aposentar-se proporcionalmente.



Resposta: Letra “b”. Antônio adquiriu o direito na vigência da lei anterior, independentemente de não tê-lo exercido. Portanto, a lei nova não o alcança, a teor do que determinam os artigos 6o, da LICC e 5o, XXXVI, CF.





2) Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta. (Concurso para Procuradoria do Município de São Paulo – 2002).



a) derrogação é a revogação total da lei;



b) revogação é espécie de ab-roação;



c) antinomia é um conflito de normas;



d) a revogação é expressa e a derrogação é tácita;



e) ab-rogação é uma revogação parcial.



Resposta: Letra “c”. A antinomia pode ser conceituada como um conflito aparente de normas jurídicas.



Caso 1 - Fontes do direito. Os costumes.



a. A prática de naturismo pode ser entendida como costume jurídico?

Resposta: O naturismo não pode ser entendido como costume, por não reunir os dois elementos essenciais, quais sejam: objetivo – prática reiterada da conduta e subjetivo – convicção da obrigatoriedade. Assim, o naturismo pode até ser entendido como um costume social dependendo da moral social, mas não jurídico.



b. Em que espécie de costume se enquadra o naturismo?



Resposta: Costume contra legem, uma vez que sua prática viola preceito do artigo 233 do Código Penal. Sua admissibilidade dá-se em razão do reconhecimento de pessoas com estilos de vida diferentes, que também precisam ser tutelados, desde que tais comportamentos não violem a ordem pública, daí a delimitação de um espaço para que tal prática seja realizada.



c. O artigo 233 do Código Penal foi revogado pelo costume? E pela decisão do STJ?



Resposta: Não. Os costumes contra legem não podem revogar lei. Uma lei somente pode ser revogada por outra lei, conforme preceitua o artigo 2° da LICC. Pela decisão do STJ também não, pois decisão judicial não revoga lei, somente as declaratórias de inconstitucionalidade.



Caso 2: Costume como fonte formal do Direito.



a) Qual a espécie de costume invocado pelo magistrado, no voto vencido acima citado?

Resposta: Para fundamentar sua decisão, ou seja, o seu voto, o Desembargador afirmou que as expressões utilizadas pelo jornalista fazem parte do costume e da prática usual da crítica esportiva, um costume social peculiar ao futebol.

b) Quais os requisitos para que o costume possa ser fonte formal do Direito? O costume invocado preenche tais requisitos? Justifique.

Resposta: O costume apresenta um elemento objetivo representado pela práxis social, isto é, pela reiteração da conduta; e apresenta, ainda, um elemento subjetivo representado pela necessidade e certeza da utilidade decorrentes da própria reiteração de conduta social, residindo nela a sujeição do comportamento naquela direção. Os requisitos para que o costume seja considerado fonte formal do direito, são os acima mencionados. O costume invocado pelo Desembargador em seu voto, não p0reenche os requisitos necessários.

c) Pode o costume revogar a lei?

Resposta: Levando em consideração o fato do nosso direito apresentar uma origem romano-germânica, caracterizando o sistema legalista, temos que nosso o primado é da lei. Neste sentido a LICC, no seu art. 2º, estabelece que uma lei só pode ser revogada por outra.

1) Assinale a afirmativa correta e EXPLIQUE os itens incorretos.



I- As normas técnicas são consideradas fontes de direito.



Resposta: Falsa. As normas técnicas, denominadas também de normas práticas ou de operação, constituem, na verdade, em regras que indicam a maneira de agir para se alcançar um determinado fim. Orientam, mediante instruções científicas, de forma a apontar o melhor caminho ou meio idôneo para ação humana obter um certo efeito. Não possuem obrigatoriedade, nem coercibilidade. Devem ser adotadas somente àqueles que desejarem obter os fins almejados, de acordo com a consciência que possam ter de sua necessidade e utilidade.







II- A mídia, como formadora de opinião, constitui fonte formal secundária do direito, porquanto influi na interpretação da legislação e em seu cumprimento.



Resposta: Falsa. As normas de direito são postas pelo legislador, pelos juízes, pelos usos e costumes, podendo coincidir ou não os seus mandamentos com as convicções que a mídia tem sobre o assunto. Pode-se criticar as leis, mas deve-se agir de conformidade com elas, mesmo sem lhes dar adesão de nosso espírito. As manifestações de opinião veiculadas na mídia carecerão sempre do poder de expressar o dever ser de conduta na ordem social-jurídica. Isto significa que elas valem objetivamente, independentemente, e a despeito da opinião e do querer dos obrigados. Essa validade objetiva e transpessoal das normas jurídicas, as quais se põem acima das pretensões dos sujeitos de uma relação, superando-as na estrutura de um querer irredutível ao querer dos destinatários, é o que se denomina heteronomia. Foi Kant o primeiro pensador a trazer à luz essa norma diferenciadora, afirmando ser a moral autônoma e o direito heterônomo. O direito é heterônomo, visto ser posto por terceiros aquilo que juridicamente somos obrigados a cumprir. (Miguel Reale, Lições Preliminares do Direito, p. 48/49).



III- O Tratado Internacional é fonte do direito.



Resposta: Verdadeiro. Há fontes do direito que estão acima do Estado, ou seja, fontes supra-estatais do direito, independentes do consentimento do Estado, como por exemplo, os costumes internacionais e fontes dependentes desse consentimento, como os tratados e convenções internacionais. (Paulo Dourado de Gusmão, p. 133).



Mencionar a Emenda Constitucional nº 45.



IV- As divergências jurisprudenciais comprometem o Direito.



Resposta: Falso. Como leciona Miguel Reale, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, as divergências que surgem entre as sentenças, relativas às mesmas questões de fato e de direito, longe de revelarem a fragilidade da jurisprudência, demonstram que o ato de julgar não se reduz a uma atitude passiva, diante dos textos legais, mas implica notável margem de poder criador. E este poder criador é que possibilita superar o descompasso existente entre a norma legal e o fato social, dando dinâmica ao ordenamento jurídico, em prol da justiça social.



2) Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta. A doutrina é admitida como fonte do Direito por ser:



Resposta: Letra “d”. A doutrina é considerada como fonte formal secundária do direito, resultante da produção interpretativa e crítica dos doutos. Através da doutrina os operadores do direito em geral podem extrair das obras, das teses, lições para a melhor compreensão, entendimento e aplicação do direito.



Caso 1 - Súmula Vinculante





a) O que distingue a lei da súmula vinculante?

Sugestão de gabarito: Discorrendo sobre tal instituto, o saudoso Mestre e Ministro aposentado do STF Alfredo Buzaid deixou prelecionado in litteris:



Uma coisa é a lei; outra, a súmula. A lei emana do Poder Legislativo. A súmula é uma apreciação do Poder Judiciário, que interpreta a lei em sua aplicação aos casos concretos. Por isso, a súmula pressupõe sempre a existência da lei e a diversidade de sua exegese. A lei tem caráter obrigatório; a súmula revela-lhe o seu alcance, o sentido e o significado, quando ao seu respeito se manifestam simultaneamente dois ou mais entendimentos. Ambas têm caráter geral. Mas o que distingue a lei da súmula é que esta tem caráter jurisdicional e interpretativo. É jurisdicional, porque emana do Poder Judiciário; é interpretativo, porque revela o sentido da lei. A súmula não cria, não inova, não elabora lei: cinge-se a aplicá-la, o que significa que é a própria voz do legislador.



Se não entender assim, se a interpretação refugir ao sentido real da lei, cabe ao legislador dar-lhe interpretação autêntica.



A súmula não comporta interpretação analógica” (in Anais do 17 Encontro dos Tribunais de Alçada do Estado de Minas Gerais – BH, 31 de maio a 3 de junho de 1983). (Revista Jurídica Consulex – Ano VI – nº 136 – 15 de setembro de 2002, p. 46).



Caso 2 - Fontes Materiais (substanciais ou sentido sociológico) e Fontes Formais (cognição ou conhecimento)



Sugestão de gabarito:



a) “As fontes materiais, ou fontes no sentido sociológico, são aquelas que determinam a formação do direito objetivo, melhor dizendo, as causas que determinam a formulação da norma jurídica, os seus motivos sociais, éticos ou econômicos. Por exemplo, saber por que o legislador da Lei 9.278/96 estabeleceu dever alimentar e sucessório entre companheiros, aqueles que vivem em união estável, é procurar as fontes materiais dessa norma.”(Introdução ao Direito, J. M. Leoni Lopes de Oliveira, pag. 165)



b) “Fontes formais são os meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se conhecidas.” (Introdução ao Estudo do Direito, Paulo Nader, pag. 138)





c) Tendo como base o caso concreto acima, podemos dizer que as fontes materiais são os erros cometidos pelos médicos e hospitais, geradores de danos a terceiros prejudicados. Já as fontes formais são os Códigos Civil e de Defesa do Consumidor, que prevêem que tanto os médicos quanto os hospitais devem indenizar pelos danos materiais, morais e estéticos que venham a causar.


Inscrições para o PICT encerrarão amanhã.

De 7 a 31 de maio de 2012, a Ruy Barbosa está com inscrições abertas para o Programa de Iniciação Científica e Tecnológica – PICT. São 15 vagas para alunos dos cursos de graduação e tecnológicos. A seleção ocorre por meio de análise do projeto de pesquisa e entrevista.
Algumas das exigências para se inscrever são:
- Estar matriculado regularmente na graduação, cursando, em agosto de 2012, do primeiro ao antepenúltimo semestres, inclusive;
- Apresentar toda a documentação exigida no Edital;
- Não acumular bolsa de órgão de fomento à pesquisa ou da Instituição;
- Possuir disponibilidade de tempo de, no mínimo, 20 horas semanais de dedicação ao Programa de Iniciação Científica e Tecnológica, no período de 01 de agosto de 2012 a 30 de junho de 2013.
- Não desenvolver outra atividade, como monitoria, estágio ou trabalho, com ou sem remuneração. Salvo exceções, essas regras deverão ser analisadas pela coordenação do PICT com a Coordenação Geral Acadêmica.
As inscrições serão realizadas no Núcleo de Atendimento ao Aluno - NAA, e o resultado sai no dia 27 de junho de 2012.

Abaixo o Edital:
EDITAL 04/2012
SELEÇÃO DE BOLSISTAS DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
PERÍODO AGOSTO/2012 A JUNHO/2013
Em conformidade ao Regulamento do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica – PICT, o Diretor Geral da Faculdade Ruy Barbosa, Rogério Flores da Silva, no uso de suas atribuições, torna público que se encontram abertas as inscrições para a seleção de estudantes dos cursos de graduação e tecnológicos para o preenchimento de (15) vagas do referido Programa.
1. DAS INSCRIÇÕES
1.1 Poderão se inscrever alunos que atendam as seguintes condições:
a) Esteja matriculado regularmente na graduação, bem como cursando, em agosto de 2012, do primeiro ao antepenúltimo semestres, inclusive;
b) Apresente toda a documentação exigida neste Edital;
c) Não acumule bolsa de órgão de fomento à pesquisa ou da Instituição;
d) Possua disponibilidade de tempo de, no mínimo de 20 horas semanais de dedicação ao Programa de Iniciação Científica e Tecnológica;
e) Não desenvolver outra atividade, como monitoria, estágio ou trabalho, com ou sem remuneração. Salvo exceções, essas regras deverão ser analisadas pela coordenação do PICT com a Coordenação Geral Acadêmica.
1.2 As inscrições serão realizadas no Núcleo de Atendimento ao Aluno - NAA.
2. DO PROCESSO DE SELEÇÃO
2.1 O processo de seleção, de natureza classificatória e/ou eliminatória será realizado pela Comissão de Seleção.
2.2 O processo de seleção abrange as seguintes etapas:
1ª Etapa: Inscrição. Entrega de toda a documentação exigida, e observada às condições constantes deste Edital, no período de 07 de maio de 2012 a 31 de maio de 2012.
2ª Etapa: Prova de seleção dos candidatos. Constando de:
- Análise de documentação dos inscritos;
- Análise do projeto de pesquisa;
- Análise do orçamento do projeto;
- Análise do desempenho acadêmico expresso pelo Coeficiente de Rendimento.
- Entrevista:
Campus Paralela: realizada nos dias 11 e 12 de junho (8h às 12h e 14h às 20h) de 2012, sala a definir.
Campus Rio Vermelho: realizada nos dias 14 e 15 de junho (8h às 12h e 14h às 20h), sala a definir.
A lista dos candidatos a serem entrevistados estará afixada nos locais da entrevista, com seus respectivos horários.
A divulgação do resultado ocorrerá em 27 de junho de 2012, através do site: http://www.frb.edu.br/ e no Portal Academus.
2.3 Os formulários de inscrição (Apêndice A) estão disponíveis no Portal Academus.
2.4 Para avaliação da entrevista e do projeto de pesquisa será utilizado o Barema constante no Apêndice B.
3. DOS CRITÉRIOS DE DESEMPATE
3.1 Para efeito de ordenação do processo classificatório serão utilizados, sucessivamente, os seguintes critérios:
a) Melhor conceito obtido no projeto de pesquisa;
b) Desempenho na entrevista;
c) Coeficiente de Rendimento;
d) Viabilidade da execução do projeto.
4. DA DOCUMENTAÇÃO
4.1 É necessário o atendimento aos seguintes itens:
a) Preenchimento da Ficha de inscrição;
b) Histórico Escolar do curso de graduação atualizado, a ser impresso pelo candidato a partir do Portal Academus;
c) Declaração do aluno de que dispõe de, no mínimo 20 horas semanais para o desenvolvimento do Projeto, bem como de que não possui outra modalidade de bolsa de fomento de pesquisa (Anexo A);
d) Projeto de pesquisa (Anexo B);
e) Termo de aceite do orientador (Anexo C).
5. DA REMUNERAÇÃO: O bolsista receberá o valor mensal de 380,00 (trezentos e oitenta reais).
6. DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
6.1 Do Bolsista
a) Executar o plano de trabalho aprovado, sob a supervisão do orientador, com dedicação de, no mínimo, 20 (vinte) horas semanais, devendo, também, nas publicações e trabalhos apresentados fazer referência a sua condição de bolsista do PICT;
b) Apresentar os resultados da pesquisa em Relatório Parcial e Final (nos respectivos períodos);
c) Entregar um ARTIGO CIENTÍFICO que apresente e analise os resultados do projeto de investigação,
d) Apresentar na Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia promovida pela Instituição o ARTIGO CIENTÍFICO fruto da pesquisa;
e) Devolver a Instituição em valores atualizados, o valor corresponde ao(s) desconto(s) recebido(s), caso os requisitos e compromissos estabelecidos não sejam cumpridos;
f) Ter no mínimo uma reunião semanal com seu orientador.
Permitir/autorizar a Instituição a divulgação e publicação de seu trabalho científico em qualquer evento de natureza acadêmica, tais como Congressos, Seminários ou Revistas especializadas, tanto externa como internamente, referenciando o autor.
6.2 Do Orientador
a) Orientar o(s) bolsista(s) nas distintas fases do trabalho de iniciação científica, incluindo a elaboração dos relatórios e de material para apresentação dos resultados na Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia;
b) Adotar todas as providências que envolvam permissões e autorizações especiais de caráter ético ou legal, necessárias para a execução das atividades;
c) Ter no mínimo uma reunião semanal com o aluno bolsista;
d) Apresentar cronograma de ações ao Coordenador do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica sobre o desenvolvimento da pesquisa com o aluno, inclusive os encontros de orientação;
e) Preencher e entregar assinado o formulário de acompanhamento das atividades dos alunos (Anexo D). A entrega do referido formulário deverá ser feita pelo aluno até o dia 10 de cada mês para a supervisora de suporte ao aluno.
6.3 Da Instituição
a) Divulgar junto aos orientadores suas atribuições e responsabilidades que constam neste Edital;
b) Exigir o comprovante de matrícula do ano vigente do bolsista que teve sua bolsa implementada;
c) Acompanhar e organizar as atividades dos bolsistas na Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia, realizada anualmente.
7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
7.1 São 2 (dois) tipos de Relatório:
a) Relatório Parcial – encaminhado no final do primeiro semestre vigente do Programa para a respectiva Instituição. A não entrega do relatório parcial, neste período, acarretará na não renovação da bolsa para o próximo semestre e o aluno terá que devolver a Instituição em valores atualizados, o valor corresponde ao(s) desconto(s) recebido(s).
b) Relatório Final – encaminhado até 10 dias após o término de vigência do Programa.
Além disso, o acompanhamento do programa se dará, mensalmente, através do preenchimento, pelo professor orientador, do formulário de acompanhamento das atividades dos alunos (Anexo D). A entrega do referido formulário deverá ser feita pelo aluno até o dia 10 de cada mês para a supervisora de suporte ao aluno. A não entrega do formulário representa o não cumprimento pelo aluno das 20 horas disponíveis constantes neste edital e implicará no desligamento do aluno e a
devolução a Instituição em valores atualizados, do valor corresponde ao(s) desconto(s) recebido(s).
8. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
8.1 Uma vez aprovado no processo de seleção, o aluno assinará o Termo de Compromisso e Outorga.
8.2 Dos resultados classificatórios publicados cabe recurso ao Diretor-Geral, no prazo de três dias contados da data de sua publicação. Expirado o prazo sem recurso, os resultados serão homologados por ato do Diretor-Geral.
8.3 As atividades serão iniciadas em 01.08.2012 e finalizadas em 30.06.2013.
8.4 Serão automaticamente excluídos do processo de avaliação os alunos inscritos que não atendam às exigências constantes deste Edital.
8.5 Os projetos são individuais, devendo ter apenas um(a) professor(a) orientador(a).
8.6 As bolsas serão atribuídas segundo a pontuação obtida, respeitando-se o máximo de três bolsistas por curso. Caso não haja projetos aprovados para atender a esse critério, as vagas remanescentes serão ocupadas por alunos de outros cursos, selecionados de acordo com a classificação geral dos projetos.
8.7 Não será aceito qualquer documento exigido neste Edital após o prazo estipulado para inscrição no processo seletivo, ficando dessa forma, desclassificado o candidato que não entregar em tempo hábil a documentação exigida.
8.8 O cronograma deste Edital está apresentado no Apêndice C.
8.9 Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor-Geral.

Prova de Direito Civil - segunda unidade

Questões:
1. Diferencie o Bem de Família Voluntário do Bem de Família Legal.
2. O advogado Luís reside permanentemente em Salvador, mas mantém escritórios, onde exerce sua profissão, tanto em São Paulo, quanto em Brasília. Responda: a) onde é sua morada, sua residência e seu domicílio? Em seguida, diferencie esses três conceitos.

3. Quem procura obras de Cecília Meireles nas livrarias e recebe o aviso de “esgotado” talvez não saiba, mas por trás dessa palavra estende-se uma complexa disputa judicial entre os herdeiros da escritora, que se arrasta há uma década e culminou com o fim do contrato com a editora Nova Fronteira, em 2009. Em 2035 sua obra cairá em domínio público, mas até lá seus herdeiros disputam seus direitos autorais. Pergunta-se: tais direitos são imóveis ou móveis, fungíveis ou consumíveis, singulares ou coletivos? Justifique.

4. Conceitue Benfeitoria e distinga benfeitorias úteis, necessárias e voluptuárias.

5. O crime de homicídio é um ato jurídico stricto sensu, um negócio jurídico ou um ato ilícito? Justifique.

6. Preceitua o artigo 1555 do Código Civil: “O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em 180 dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários”. Trata-se de hipótese de Prescrição ou Decadência? Justifique.

7. Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais? Classifique.

Bons Estudos!

Convite para Exercício de Prática Penal: um debate sobre o caso Neylton.

Dando continuidade às atividades desenvolvidas na área do Tribunal do Júri, ocorrerá, no dia 05 de junho, um interessante e inédito debate sobre os aspectos processuais do caso Neylton, com a participação dos principais envolvidos no julgamento, transmitindo ao público uma visão interna de quem acompanhou de perto o desenrolar do caso.

Participarão da discussão Dr. Cassio Miranda, juiz que presidiu o caso; os promotores Dr. Davi Gallo, Dr. Antonio Luciano Assis e Dra. Armenia Santos; e os advogados Dr. Marcos Melo e Dr. Vivaldo Amaral. Com o evento, será possivel compreender os diferentes posicionamentos e argumentos utilizados nesse caso tão polêmico e cheio de detalhes.

O evento é aberto ao público e terá início às 18h30, no auditório do campus Rio Vermelho.

Para mais informações, contate o Núcleo de Práticas Jurídicas, no telefone 3205.1740.

terça-feira

OAB incluirá Filosofia do Direito no primeiro Exame de Ordem de 2013


A diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados acolheu ontem, dia 28 de maio de 2012, proposição apresentada pela Coordenação do Exame de Ordem Unificado no sentido de reincluir ao conteúdo de disciplinas cobrado na primeira fase (prova objetiva) do exame questões relativas à Filosofia do Direito.

A proposta foi decidida em reunião realizada na sede da OAB e implicará na inclusão, a partir do primeiro exame de 2013, de duas questões sobre os ramos de Ética e Hermenêutica da Filosofia do Direito, conteúdos da Filosofia do Direito e que dizem respeito diretamente à formação e exercício profissional do advogado.

A sugestão para que o Exame da OAB passe a aplicar questões sobre Filosofia do Direito foi feita por diversos coordenadores de cursos de Direito de várias localidades do país e debatida na última semana durante o Colégio de Presidentes das Comissões do Exame de Ordem pela Comissão constituída especialmente pela Diretoria da entidade, “para implementar as disciplinas do eixo fundamental do Exame de Ordem”.

O principal argumento em favor da implantação da Filosofia do Direito no conteúdo programático do Exame é o de que o mundo atual exige cada vez mais a formação de um advogado que não seja mero repetidor de leis e normas; e sim um profissional capaz de interpretar as normascaso de que cuida a Hermenêutica – e que possua conduta reta e adequada – o que é tratado pela Ética.

Participaram da reunião de hoje todos os diretores do Conselho Federal da OAB, sob a condução do presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante. O  conteúdo do programa que passará a ser exigido será divulgado posteriormente.

XIV Seminário Jurídico - Universidade do Contestado - SC


Atenção para a palestra da querida Professora Andréa Tourinho.

segunda-feira

Prova de Hermenêutica Jurídica da segunda unidade


AP 2 – VALOR: 7.0 pontos
Observações: cada questão vale 1.0 ponto. Não é permitido a consulta a nenhum material didático, nem o uso de aparelhos eletrônicos.
1. Leia o texto a seguir, assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta.
A Hermenêutica Jurídica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito. As leis positivas são formuladas em termos gerais; fixam regras, consolidam princípios, estabelecem normas, em linguagem clara e precisa, porém ampla, sem descer a minúcias. É tarefa primordial do executor a pesquisa da relação entre o texto abstrato e o caso concreto, entre a norma jurídica e o fato social, isto é, aplicar o Direito. Para o conseguir, se faz mister um trabalho preliminar: descobrir e fixar o sentido verdadeiro da regra positiva; e, logo depois, o respectivo alcance, a sua extensão. Em resumo, o executor extrai da norma tudo o que na mesma se contém: é o que se chama interpretar, isto é, determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito". (MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do Direito. 9. ed. São Paulo: Forense, 1980. p.1).
(A) As leis disciplinam apenas os casos concretos, por isso só admitem uma interpretação.
(B) Hermenêutica e interpretação são palavras sinônimas e significam a busca do exato sentido da lei.
(C) A hermenêutica oferece as regras de interpretação e interpretar um texto de lei consiste em buscar-lhe o significado e o alcance.
(D) A hermenêutica não se insere na Ciência do Direito, sendo mera manifestação da arte de advogar.
(E) O intérprete não deve pesquisar a relação entre o texto legal e o caso concreto, sob pena de violar o princípio da legalidade inserido na Constituição Federal.

2. Analise a decisão judicial abaixo e, a seguir, faça o que se pede.
            “Homossexual que perde companheiro tem direito a receber pensão. O entendimento foi reforçado pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que confirmou sentença e considerou legal o pagamento de pensão ao companheiro de ex-funcionário público federal.
            O Supremo Tribunal Federal já decidiu pela primeira vez no mesmo sentido em dezembro de 2005. O entendimento também já foi utilizado na Justiça Federal do Rio Grande do Norte, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região e mesmo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. (...)
            Após analisar o recurso, a relatora, juíza convocada Vania Hack de Almeida entendeu que o pagamento do benefício é um direito e que a Constituição consagra o princípio da igualdade em detrimento da ‘discriminação preconceituosa’. É uníssono o repúdio da jurisprudência pátria à negativa aos companheiros homossexuais dos direitos que são ordinariamente concedidos aos parceiros de sexos diversos, declarou a relatora. (...)”.
a)      A Juíza ao decidir o caso em tela, utilizou-se de algum elemento de integração das normas jurídicas?
b)      Qual?
c)      Identifique no texto o trecho que comprova sua resposta.

3. Leia o caso a seguir e responda ao que se pede.
Pedro e João são amigos, mas há muito tempo não se viam. Em setembro de 2011 encontraram-se na porta do fórum, ao saírem de suas audiências onde seus filhos lhes pediam alimentos. Durante a conversa, Pedro comentou que havia sido condenado ao pagamento de pensão de alimentos a seus dois filhos no montante correspondente a 30% de seu salário. Já João disse que foi condenado a pagar 20% de seu salário a seus quatro filhos.
Sabe-se que na Lei de Alimentos (Lei n° 5.478/68) não há previsão taxativa acerca do montante da condenação aos alimentos. Em sendo assim, que tipo de elemento para a integração das leis o juiz utilizou para decidir os processos?
4. Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta. Dispõe o artigo 4° da Lei de Introdução ao Código Civil que “quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. Este preceito se refere aos critérios relativos à: a) equidade; b) integração da norma jurídica; c) interpretação da norma jurídica; d) antinomia; e) hermenêutica.
5. Leia o caso concreto abaixo transcrito e atenda ao que se pede:
APELAÇÃO CÍVEL. FAMÍLIA. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. RECUSA DO DEMANDADO À SUBMISSÃO AO EXAME SOB O MÉTODO DO DNA. JUSTIFICATIVA QUE NÃO SE COADUNA COM A BUSCA DA VERDADE REAL. PROVA SUFICIENTE DA PATERNIDADE. ENUNCIADO 301 DA SÚMULA DO STJ. ARTS. 231 E 232 DO CÓDIGO CIVIL. Em face da relevância do tema filiação, e considerando a possibilidade de determinação científica da paternidade por meio de método seguro e confiável (DNA), parece injustificável que o investigado, negando a imputada paternidade, recuse-se a submeter-se a exame capaz de alicerçar a sua tese negatória. Não há que se falar em violação à privacidade ou à integridade física e moral pela simples feitura de um exame sanguíneo, porquanto aquela não acarreta imunidade; tampouco a simples coleta de sangue significa agressão à higidez física ou psíquica do indivíduo, porque feita sob a garantia do sigilo profissional. O enunciado nº 301 da Súmula do STJ assenta que, "em ação  investigatória de paternidade, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade " . Na valoração da prova, deve-se atentar para a regra de que "aquele que nega a se submeter à exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa " (art. 231 do CC), sem olvidar que "a recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame" (art. 232 do CC). RECURSOS DESPROVIDOS. (SEGREDO DE JUSTIÇA) _ DECISÃO MONOCRATICA _ (Apelação Cível Nº 70018229765, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Ataídes Siqueira Trindade, Julgado em 16/02/2007).
 Na decisão acima responda:
a) Qual o princípio constitucional que norteia a tese adotada pelo réu? Fundamente
6. Diante da ocorrência de antinomias jurídicas, deverão ser utilizados os critérios de solução, hierárquico, cronológico e da especialidade. Explique cada um destes conceitos.
7. O processo cognitivo da ponderação pode ser decomposto em três etapas: identificação das normas pertinentes, seleção dos fatos relevantes e atribuição geral dos pesos.
Diante do conflito entre os princípios da liberdade religiosa e proteção da vida, em situações que envolvam a transfusão de sangue para as testemunhas de Jeová, como você decidiria o conflito, utilizando-se da ponderação dos interesses?
Bons Estudos!

Prova de Hermenêutica Jurídica - dia 28/05/2012

No sábado a greve dos rodoviários teve fim, como é de conhecimento de toda população baiana. As atividades acadêmicas, por sua vez, na Faculdade Ruy Barbosa não chegaram a parar.

Portanto, hoje teremos a prova de Hermenêutica Jurídica.

Os assuntos para a prova: integração e antinomia do Direito, neoconstitucionalismo, casos práticos.

Sugestão bibliográfica: Hermenêutica Jurídica do Prof. Ricardo Mauricio Freire Soares.