Prof. Ezilda Melo
terça-feira
Prova Direito Penal I - AP2 noturno
1. Pedro, José e Alfredo integram uma organização
criminosa que opera com tráfico de drogas e comete vários crimes na
periferia de uma grande cidade brasileira. José ocupa uma posição
mais alta na organização, sendo responsável por punir quem não
correspondesse às expectativas do grupo. Certo dia, tendo Alfredo
falhado na cobrança de uma dívida do tráfico, José, com a ajuda
de Pedro, deu-lhe uma surra. Com o objetivo de se vingar de ambos,
Alfredo armou um plano para acabar com a vida de José e atribuir a
responsabilidade a Pedro. Assim, durante um tiroteio entre
integrantes da organização criminosa e policiais, Alfredo,
apontando na direção de José, que estava atrás de um arbusto,
orientou Pedro a atirar nele, sob a alegação de que se tratava de
um policial. O tiro atingiu José e Alfredo fugiu. Tendo percebido o
erro, Pedro levou José ao hospital, o que evitou sua morte.
Considerando que, conforme o Código Penal, o
crime de homicídio consiste em matar alguém e o crime de lesão
corporal em ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem,
assinale a opção correta a respeito da responsabilização de
Alfredo e Pedro na situação hipotética apresentada.
a) Pedro não será responsabilizado
pela prática de crime, em razão do erro sobre pessoa, e Alfredo
responderá por tentativa de homicídio.
2. O Código Penal,
ao tratar da relação de causalidade do crime, considera causa a
a) emoção ou a
paixão.
3. Miguel, com 27
anos de idade, pratica conjunção carnal com Maria, jovem saudável
com 16 anos de idade, na residência desta, que consente com o ato.
Na mesma data e também na mesma residência, a irmã de Maria, de
nome Marta, com 18 anos, permite que seu namorado Alexandre quebre
todos os porta-retratos que estão com as fotos de seu ex-namorado. O
Ministério Público ofereceu denúncia em face de Miguel pelo crime
de estupro. Marta, após o fim da relação, ofereceu queixa pela
prática de dano por Alexandre. Os réus contrataram o mesmo
advogado, que deverá alegar que não foram praticados crimes, pois,
em relação às condutas de Miguel e Alexandre, respectivamente,
estamos diante de
a) causa
supralegal excludente da ilicitude e causa supralegal de excludente
da culpabilidade.
b) causa excludente da tipicidade, em ambos os casos.
c) causa excludente da tipicidade e causa supralegal de excludente da ilicitude.
d) causa supralegal de excludente da ilicitude, em ambos os casos
4. Carlos e seu
filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e
bastante escura, já de madrugada,quando são surpreendidos com a
vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou
o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha
autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção
do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e
acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo
em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A
vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não
teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu
filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse
quadro, assinale a opção que apresenta a situação jurídica de
Carlos.
a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo
responder, porém, pela morte de Leandro. b) Carlos atuou em
estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela
morte de Leandro.
c) Carlos
atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de
Leandro.
d) Carlos
atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve
responder pela morte de Leandro.
5. Jaime, objetivando proteger sua residência,
instala uma cerca elétrica no muro. Certo dia, Cláudio, com o
intuito de furtar a casa de Jaime, resolve pular o referido muro,
acreditando que conseguiria escapar da cerca elétrica ali instalada
e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, entretanto, não obtém
sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do mecanismo
de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o
referido ladrão falece quase instantaneamente. Após a análise
pericial, ficou constatado que a descarga elétrica não era
suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde,
mas suficiente para provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua
cardiopatia.
Nessa hipótese é correto afirmar que
6. O Código Penal
expressamente exclui a ilicitude de condutas típicas em determinadas
situações. Não há crime quando o agente pratica o fato nas
seguintes situações, EXCETO:
- a) em estado de
necessidade.
b) em legítima defesa.
c) em desconhecimento da lei.
d) no exercício regular de direito.
7. Igor é policial
civil lotado na Delegacia de Combate às Drogas. Quando participava
de uma operação realizada por sua delegacia em uma comunidade, Igor
foi recebido a tiros, que vinham em sua direção, sendo estes
disparados por um dos traficantes da localidade. Não tendo outra
alternativa a não ser repelir a injusta agressão, Igor atira contra
o traficante, vindo a feri-lo; este não resiste aos ferimentos e vem
a falecer já no Hospital.Diante deste quadro, podemos afirmar:
8. Durante um assalto a uma instituição
bancária, Antônio e Francisco, gerentes do estabelecimento, são
feitos reféns. Tendo ciência da condição deles de gerentes e da
necessidade de que suas digitais fossem inseridas em determinado
sistema para abertura do cofre, os criminosos colocam, à força, o
dedo de Antônio no local necessário, abrindo, com isso, o cofre e
subtraindo determinada quantia em dinheiro. Além disso, sob a ameaça
de morte da esposa de Francisco, exigem que este saia do banco,
levando a sacola de dinheiro juntamente com eles, enquanto apontam
uma arma de fogo para os policiais que tentavam efetuar a prisão dos
agentes. Analisando as condutas de Antônio e Francisco, com base no
conceito tripartido de crime, é correto afirmar que
- a) Antônio não
responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto
Francisco não responderá por ausência de ilicitude em sua
conduta.
b) Antônio não responderá pelo crime por ausência de ilicitude, enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta.
c) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta.
d) Ambos não responderão pelo crime por ausência de culpabilidade em suas condutas.
9)
Criança
entra na casa de José para pegar bola que passa o muro. O
proprietário, acreditando que é um ladrão, assim que vê o vulto
passa a disparar vários tiros, sem qualquer cuidado quanto à
identificação do invasor ou prévia advertência. O invasor não é
atingido. Seria possível punir a tentativa nesse caso? Trata-se de
culpa imprópria? Explique.
10)
Por equivocada identificação da vítima, Pedro atinge
pessoa diversa da pretendida. Pedro vê em João a pessoa de José. O
agente por equivocada apreciação da realidade alveja o corpo no
qual mirou, mas imagina que a vítima real é terceiro que gostaria
de atingir. Pergunta-se: o erro
quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado, isenta de pena?
Consideram-se, neste caso, as condições ou qualidades da vítima?
Explique.
Gabarito:
1.B
2. C
3. C
4. C
5. D
6. C
7. D
8.C
segunda-feira
Penal III - AP1 com gabarito
1. No tocante ao crime de homicídio, é correto afirmar que:
aa.
Inadmissível a continuidade delitiva, por ser a
vida um bem personalíssimo;
bb.
Possível o reconhecimento da chamada figura
privilegiada do delito na decisão de pronúncia;
cc. A ausência de motivos e a embriaguez completa
são incompatíveis com a qualificadora de motivo fútil, consoante entendimento
jurisprudencial;
d. Possível a coexistência entre as qualificadoras
dos motivos torpe e fútil, segundo entendimento sumulado;
Ae) A chamada figura privilegiada é incompatível com as qualificados do emprego de
meio cruel e motivo torpe.
2. Constitui homicídio qualificado o crime:
aa. Cometido contra deficiente físico;
bb. Praticado com emprego de arma de fogo;
cc. Concretizado com o concurso de duas ou mais
pessoas;
dd. Praticado com emprego de asfixia;
ee.
Praticado contra menor de idade.
3. . O agente que, para livrar sua esposa, deficiente
física em fase terminal em razão de doença incurável, de grave sofrimento
físico e moral, pratica eutanásia com o consentimento da vítima, deve
responder, em tese:
aa. Por homicídio qualificado pelo feminicídio, pois
o consentimento da ofendida nenhuma consequência gera;
bb. Por homicídio qualificado pelo feminicídio,
agravado pelo fato de ter sido praticado contra pessoa deficiente, já que o
consentimento da ofendida é irrelevante para efeitos penais;
cc. Por homicídio privilegiado, já que agiu por
relevante valor social, que compreende também os interesses coletivos, entre
eles os humanitários;
dd. Por homicídio privilegiado, já que agiu por
relevante valor moral, que compreende também seus interesses individuais, entre
eles a piedade e a paixão;
ee. Por homicídio privilegiado, pois o estado da
vítima faz com que pratique o crime sob o domínio de violenta emoção)
4. Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o seu amigo Pedro, que é auxiliar de enfermagem, e implora para que faça o aborto. Pedro, que já auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, acreditando ter condições técnicas de realizar o ato sozinho, atende ao pedido da amiga, preocupado com a situação pessoal de Maria, que não poderia assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, Maria vem a falecer, ficando apurado que na verdade, ela não estava grávida. Em razão do fato narrado, Pedro deverá responder pelo crime de:
4. Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o seu amigo Pedro, que é auxiliar de enfermagem, e implora para que faça o aborto. Pedro, que já auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, acreditando ter condições técnicas de realizar o ato sozinho, atende ao pedido da amiga, preocupado com a situação pessoal de Maria, que não poderia assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, Maria vem a falecer, ficando apurado que na verdade, ela não estava grávida. Em razão do fato narrado, Pedro deverá responder pelo crime de:
a
A) Aborto tentado com o consentimento da
gestante qualificado pelo resultado morte;
bB) Aborto tentado com o consentimento da
gestante;
c
C) Homicídio culposo;
d
D) Homicídio doloso.
5) Não se inclui dentre as qualificadoras do crime de homicídio a:
5) Não se inclui dentre as qualificadoras do crime de homicídio a:
a
A) Premeditação;
bB) Traição;
c
C) Surpresa;
d
D) Emboscada;
e
E) Asfixia.
6) Para o direito penal brasileiro, o suicídio:
6) Para o direito penal brasileiro, o suicídio:
a
A) Tem relevância, desde que praticado com o uso
de arma de fogo;
bB) Tem relevância, se praticado com uso de
explosivos;
c
C) Tem relevância, se praticado com o uso de
veneno;
dD) Não tem relevância.
7.) O aborto provocado pela gestante é crime:
7.) O aborto provocado pela gestante é crime:
a
A) Formal;
B) De mão própria;
c
C) De conduta vinculada;
d
D) De concurso necessário;
e
E) De mera conduta.
a a)
Lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas
serão aplicadas cumulativamente;
bb)
Lesão corporal seguida de morte;
cc)
Homicídio culposo qualificado pela lesão;
dd)
Homicídio doloso (dolo eventual)
ee)
Homicídio doloso (dolo indireto).
9. Tratando-se de crime de lesão corporal previsto no artigo 129, §1, inciso II (perigo de vida), assinale a alternativa correta:
9. Tratando-se de crime de lesão corporal previsto no artigo 129, §1, inciso II (perigo de vida), assinale a alternativa correta:
aa)
É figura típica exclusivamente culposa;
bb) É figura típica exclusivamente preterdolosa;
cc) O perigo de vida não deve necessariamente ser
concreto para incidência da qualificadora;
dd)
O exame de corpo de delito (pericial) da vítima
é dispensável para a caracterização da qualificadora em questão;
ee)
É hipótese que caracteriza a culpa consciente.
10. No crime de lesão corporal leve praticado no âmbito de violência doméstica (artigo 129, § 9, do Código Penal) a ação penal é:
aa)
Publica incondicionada, se a agressão se der do
marido contra a mulher;
bb) Privada, se a agressão se der de irmão contra
irmão;
cc)
Pública condicionada em qualquer hipótese;
dd)
Nenhuma alternativa está correta;
ee)Todas as alternativas estão erradas;
Bons
Estudos!
Gabarito:
11. C 2. D 3. D 4. C 5. A 6. D 7. B 8. B 9. B 10. A
quinta-feira
Exercício de Direito Penal - Turmas: Matutino e Noturno
Exercício 01 – AP2
Diferencie ação de omissão.
Qual a teoria da ação adotada na nossa legislação penal?
Quais os elementos da omissão?
Quais as espécies de delitos omissivos?
O que é a teoria da imputação objetiva?
O que é nexo de causalidade?
Diferencie o crime culposo do crime doloso.
O que é crime preterdoloso?
O crime de trânsito é crime doloso ou culposo?
Diferencie erro de tipo de erro de proibição.
O que é a teoria da equivalência das condições?
Prova de Direito Penal I - Matutino
Professora: Ezilda Melo
Disciplina: Penal I
1. O princípio da insignificância ou da bagatela exclui a:
a) punibilidade;
b) executividade;
c) tipicidade material;
d) ilicitude formal;
e) culpabilidade.
2. Examine os itens seguintes e marque o correto:
a) O princípio da culpabilidade limita-se à impossibilidade
de declaração de culpa sem o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
b) O princípio da legalidade impede a aplicação de lei penal
ao fato ocorrido antes do início de sua vigência
c) Integram o núcleo do princípio
da estrita legalidade os seguintes postulados: reserva legal, proibição de
aplicação de pena em hipótese de lesões irrelevantes, proibição de analogia in malam partem
d) A aplicação de pena aos
inimputáveis, dada a sua incapacidade de sensibilização pela norma penal, viola
o princípio da culpabilidade.
e) Os princípios da
insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos
caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.
3. O crime de dano (CP, art. 163),
norma menos grave, funciona como elemento do crime de furto qualificado pelo
rompimento de obstáculo à subtração da coisa (CP, art. 155, § 4º, I). Nesta
hipótese, o crime de dano é excluído pela norma mais grave, em função da
a) especialidade.
b) consunção.
c) subsidiariedade tácita ou
implícita.
d) subsidiariedade expressa ou
explícita.
e) nenhuma das respostas
anteriores.
4. Analise as seguintes
assertivas:
I – O Direito Penal subjetivo, o
direito de punir do Estado, tem limites no próprio Direito Penal objetivo
II – A integração da norma penal,
visando suprir lacunas da lei, apenas é possível em relação às normas penais
não incriminadoras.
III - Normas penais em branco são
disposições cuja sanção é determinada, porém, com indeterminação de seu
conteúdo.
IV - Com previsão constitucional,
o princípio da reserva legal para normas penais incriminadoras é fundamental do
Direito Penal, não admitindo exceções.
V - Ainda que decididos por coisa
julgada, a lei penal posterior aplica-se aos fatos anteriores quando, de
qualquer modo, favorecer o agente.
a) Apenas as assertivas I, III, IV e V estão corretas.
b) Apenas as assertivas I, II, IV e V estão corretas.
c) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II, III e IV estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
5. No direito brasileiro, o lugar
do crime define-se pela teoria:
6. Pode-se afirmar que o princípio
da legalidade:
a) a depender do crime, pode ter
índole constitucional ou infraconstitucional e é sinônimo de reserva legal.
b) tem índole constitucional e tem
por finalidade proteger o cidadão contra o arbítrio do poder punitivo estatal,
já que deve haver perfeita correspondência entre a conduta praticada e a
previsão legal.
c) torna possível à medida
provisória e lei delegada definirem crimes, criando tipos e impondo penas,
desde que a exceção esteja prevista na Constituição Federal.
d) torna possível a reprovação do
autor de um fato punível porque, de acordo com as circunstâncias concretas,
poderia e deveria agir de modo diferente.
7. Considerando os princípios que
regem a aplicação da lei penal, analise as afirmativas.
I – Não há crime sem lei anterior
que o defina, nem pena sem prévia imposição legal;
II – A lei penal não pode
retroagir para prejudicar o réu;
III – É vedado o uso de qualquer
tipo de analogia para interpretação das leis penais;
IV – Ninguém pode ser punido duas
vezes pelo mesmo fato.
São corretas apenas as
afirmativas:
a) II e III;
b) I e II;
c) II, III e IV;
d) I, II e IV
8. Com relação à aplicação da lei
penal, assinale a opção correta:
a) As frações de dia são
computadas como um dia integral de pena nas penas privativas de liberdade e nas
restritivas de direitos.
b) O direito penal, quanto ao
tempo do crime, considera praticado o crime no momento do seu resultado.
c) A sentença estrangeira, quando
a aplicação da lei brasileira produz as mesmas consequências, poderá ser
homologada no Brasil para todos os efeitos, exceto para obrigar o condenado à
reparação do dano.
d) Ficam sujeitos à lei brasileira
os crimes contra o patrimônio ou a fé pública do DF, de estado, de município,
de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação
instituída pelo poder público, embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente
punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro.
e) Não é aplicável a lei
brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, ainda que se achando aquelas em pouso no
território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto
ou mar territorial do Brasil.
9. Quanto ao nosso tempo do crime,
é correto afirmar:
a) Para nosso Código Penal,
considera-se praticado o crime quando o agente atinge o resultado, ainda que
seja outro o momento da ação ou omissão, vez que adotamos a teoria da
atividade;
b) Para nosso Código Penal, vez
que adotada a teoria da ubiquidade ou mista, considera-se praticado o crime
quando o agente atinge o resultado nos crimes materiais, ou no caso dos delitos
de mera conduta, no momento da ação ou omissão;
c) O adolescente Semprônio, um dia
antes de completar 18 anos, querendo ainda aproveitar-se de sua
inimputabilidade, desfere tiros contra a vítima Heráclito, que somente vem a
falecer uma semana após. Neste caso, graças à adoção da teoria do resultado
pelo nosso Código Penal, Semprônio não se verá livre de responder pelo crime de
homicídio;
d) No caso dos crimes permanentes
- exceções que são à teoria do resultado adotada pelo Código Penal -
considera-se praticado o delito no momento do início da execução;
e) Para nosso Código Penal,
considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, mesmo que ainda
seja outro o momento do resultado, vez que adotada a teoria da atividade.
10. No que se refere à aplicação
da lei penal, assinale a opção correta:
a) Considere que Carlos, condenado
definitivamente à pena privativa de liberdade de dez anos de reclusão, tenha
sido encaminhado à penitenciária, para o cumprimento da pena, às 23 h 45 min do
dia 13 de agosto de 2010. Nessa situação, deverá ser excluído do cômputo do
cumprimento da pena o referido dia, uma vez que Carlos ficará preso, nesse dia,
menos de uma hora.
b) A lei penal mais benéfica
retroagirá se favorecer o agente, aplicando-se a fatos anteriores, respeitados
os fatos já decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
c) Considere que Pedrosa,
brasileiro de trinta e quatro anos de idade, juntamente com mexicanos, tenha
tentado sequestrar, na cidade uruguaiana de Rivera, o presidente do Brasil,
quando este participava de uma convenção internacional, e que, presos ainda no
Uruguai, todos tenham sido processados e absolvidos no estrangeiro por
insuficiência de provas. Nessa situação, dado o princípio da justiça universal,
Pedrosa não poderá ser punido de acordo com a lei brasileira.
d) Suponha que João, brasileiro de
vinte e dois anos de idade, sequestre Maria, brasileira de vinte e quatro anos
de idade, nas dependências do aeroporto internacional da cidade do Rio de
Janeiro – RJ, levando-a, imediatamente, em aeronave alemã, para o Paraguai. A
esse caso aplica-se a lei penal brasileira, sendo irrelevante eventual
processamento criminal pela justiça paraguaia.
e) De acordo com o princípio da
universalidade, a sentença penal estrangeira homologada no Brasil obriga o
condenado a reparar o dano, sendo facultativo o pedido da parte interessada.
Bons Estudos.
Gabarito:
1 – C
2 – D
3 – C
4 – E
5 – C
6 – B
7 – D
8 – D
9 – E
10 - D
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