Memorial de uma condição educacional-humana
em formato de peça teatral.
Por Ezilda Melo[1]
Prólogo
Cada
pessoa tem uma história para contar, cada um sabe “a dor e a delícia de ser o
que é”. Fazer um memorial é relembrar uma trajetória, um caminho, as
escolhas... É resgatar um pouco de si. Longe de ser uma biografia de uma
personagem de grandes feitos, trata-se de uma sequência linear de fatos que
podem ser comprovados, profissional e academicamente pela via do Curriculum Lattes. Os fatos da vida
profissional, no entanto, não se dão isoladamente da pessoa enquanto sujeito
histórico e fazedor de sua história. Eis que conto um pouco de mim aqui também,
a principiar por informações pessoais, que se entrelaçam com a vida acadêmica.
Ato 01: Porque a vida é feita para
sonhar - Visão panorâmica da trajetória de
vida
“Ó,
mana, deixa eu ir. Ó, mana, eu vou só. Ó, mana, deixa eu ir para o sertão do
Caicó”. Villa Lobos e Teca Calazans
Nasci
em 09 de julho do último ano da década de 70 em Caicó, cidade do sertão do Rio
Grande do Norte, sendo a filha mais velha de um agricultor e de uma dona de
casa, Manoel Pacífico e Ana Melo, tendo residido toda minha infância na
comunidade rural, onde os avós já haviam nascido na década de 20, e meus pais
na década de 50 do século passado, e aonde somente em 1984 chegou eletricidade.
Estudei, da primeira àquarta série,dos meus cinco até os nove anos, na
escolinha da zona rural e minha única professora neste período foi D. Noêmia,
com quem aprendi a ler nos dois primeiros meses em que comecei a frequentar a
escola, e que me telefonou, anos depois, muito feliz, porque fui a sua primeira
aluna a concluir o ensino superior. Os mestres sempre se orgulham de seus
pupilos.
Meu
avô paterno dizia que a profissão mais ilustre para uma mulher era ser
professora e o sonho dele era que fosse professora da escolinha do Sítio
Manhoso, da qual fui aluna. Não fui professora de onde o vovô queria, mas realizei
seu sonho, meu também, de tornar-me professora, depois de uma caminhada de
incompreensões e de muita luta pessoal. Ter nascido mulher, querer estudar,
ler, aprender, no mundo patriarcal e com fortes tradições católicas e ibéricas
medievais no qual nasci, era um ato, por si, rebelde, mesmo sendo uma menina
franzina e coroando Maria nos terços do mês de maio na Igrejinha daquela
comunidade, onde os únicos festejos eram os católicos e as únicas músicas que
se ouvia era forró, xote, baião ou as cantorias dos violeiros e cordelistas.
Para
estudar na cidade, a partir da quinta série, foi preciso intervenção de vários
parentes, porque nem meu pai, nem meu avô queriam, preocupados com a
“depravação” que eu poderia aprender com as meninas da cidade. Guerra vencida,
especialmente por minha mãe, que queria que a filha estudasse, passei a me
deslocar do sítio para a cidade nos “carros de estudantes”, caminhonetes que
transportavam diariamente, alunos da zona rural. Com 13 anos concluí o primeiro
grau, obtendo sempre excelentes notas, e logo, em seguida, no primeiro ano do
segundo grau, passei num concurso para Estagiária do Banco do Nordeste. Com o
dinheiro do estágio do BNB, pude pagar o restante do ensino médio numa escola
privada, o Colégio Diocesano Seridoense. Ao concluir o terceiro ano, passei no
vestibular, em 1996, em dois cursos superiores, um na Universidade Estadual da
Paraíba e outro na Universidade Federal de Campina Grande. Passar nos primeiros
lugares no vestibular foi fácil, difícil foi conseguir convencer meu pai e meu
avô de que podia fazer faculdade e o pior: numa cidade em outro Estado.
Novamente as recriminações: não era possível que uma menina de 17 anos saísse
de casa e fosse estudar em outro Estado, longe de casa, longe dos olhos dos pais,
“o mundo estava mesmo perdido”.
Ato 02: Porque a vida é feita para
fazer - descrição de atividades didáticas
“Olha
pro céu, meu amor. Vê como ele está lindo. Olha praquele balão multicor como no
céu vai sumindo (...)”. “Minha vida é andar por este país para ver se um dia
descanso feliz. Guardando as recordações das terras onde andei...” Luiz Gonzaga.
Depois
de muito choro e insistência minha,meu pai e avô aceitaram que pudesse fazer a
faculdade e no primeiro semestre de 1997 mudei-me para Campina Grande, onde
morei na Residência Universitária da UFCG. Cursei concomitantemente os dois
cursos e me formei, na mesma semana, em Direito e História, aos 22 anos de
idade (foi quando recebi a ligação da minha primeira professora). Neste período, já tendo, inclusive, sido
aprovada para o Programa do Mestrado em Educação da Universidade Federal da
Paraíba, em João Pessoa, na linha de Pesquisa em Educação Popular e Novas
Tecnologias Educacionais.
Durante
o período da graduação, fui monitora, fui bolsista de programas de iniciação
científica, tendo desenvolvido pesquisa desde o segundo semestre da formação do
ensino superior. Durante dois anos participei do Programa de Apoio à
Licenciatura (PROLICEN), onde o objetivo era trabalhar metodologias educacionais
junto a professores de História do Ensino Médio. Depois, desenvolvi pesquisa
junto ao Laboratório de Desenvolvimento de Material Instrucional (LDMI), tendo
como orientador um Professor do Curso de Computação que trabalhava com
tecnologia e educação. Paralelamente à pesquisa, fui estagiária em escritório
de advocacia, da Magistratura e do Ministério Publico do Estado da Paraíba.
Participei
ativamente dos movimentos estudantis, tendo integrado o Diretório Acadêmico do
Curso de História da UFCG e do Centro Acadêmico Sobral Pinto da UEPB, sendo
também colunista do Jornal Jurídico “Factum”
do Curso de Direito da UEPB e participei da comissão organizadora de inúmeros
eventos jurídicos que nosso Diretório Acadêmico organizava. Durante toda a
graduaçãoparticipei de eventos acadêmicos onde pude apresentar trabalhos,
inclusive na SBPC e tive trabalhos aceitos para publicação em Revistas
Jurídicas, a exemplo da Consulex. Recebi premiação nacional por redação em
Direito Tributário e fiz a Monografia do Curso de História sobre a liberdade
nas escolas, usando como referencial metodológico “Vigiar e Punir” de Michel
Foucault.
Em
2003, já cursando o Mestrado em Educação, na UFPB, fui aprovada para os
concursos de Professora Substituta,
tanto no Curso de Direito para lecionar Introdução ao Estudo do Direito,
Direito Financeiro e Direito Tributário, quanto no Curso de História, para
lecionar Historia Medieval Oriental e Ocidental. Recém-formada, sem emprego
(mesmo já tendo sido aprovada na OAB), sem bolsa de estudos, sem residência
estudantil para morar em João Pessoa, sem condições financeiras para dar
prosseguimento ao Mestrado em Educação, “escolhi” trabalhar e passei um ano
como professora substituta das duas faculdades onde havia sido aluna. Foi um
aprendizado sequencial na minha formação. Aquelas duas casas que me acolheram
aos 17 anos, ainda menina, deram-me as primeiras lições da minha vida profissional
como professora, iniciada quando tinha 23 anos, portanto, há 12 anos. No início
daquele período, orientei muitos trabalhos de conclusão de curso, tive
monitores, muitos deles, sendo hoje, meus colegas docentes, dos quais tenho
imenso orgulho.
Ao
concluir um ano de experiência como Professora Substitutiva, restava-me a
possibilidade de renovar o contrato por mais um ano. No entanto, uma colega da
época da Faculdade, fez-me o convite para morar na Bahia em razão da criação de
muitos Cursos Superiores de Direito. Em junho de 2004, mudei-me para Salvador,
e dois dias depois, comecei a lecionar no Curso Preparatório JusPodivm para
Carreiras Jurídicas, a convite do Diretor à época, as disciplinas de Direito
Tributário e Direito Constitucional. No final daquele ano, deixei meu currículo
em algumas faculdades, e em fevereiro de 2005 fui convidada para lecionar na
UNIRB no Curso de Administração e fazer parte do corpo administrativo-acadêmico
do Curso de Direito, como Coordenadora-Adjunta, atividade que não tinha
experiência alguma. Junto com a Professora Roxana Cardoso Brasileiro Borges,
estivemos à frente daquele curso por um ano. Com a saída da referida professora
daquela instituição de ensino, passei a integrar sozinha a coordenação do curso
ate 2007, onde também ensinei diversas disciplinas no Curso de Direito e no
Curso de Administração e de Ciências Contábeis, tais como Introdução ao Estudo
do Direito I e II, Instituições de Direito Publico e Privado, Direito
Constitucional, Direito Tributário e Sociologia Jurídica, desenvolvendo
paralelamente atividades como visitas técnicas orientadas, júris simulados,
cafés filosóficos, seminários em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado
da Bahia e palestrando em diversos eventos jurídicos.
Em
2007 ingressei na FIB-Estácio de Sá para lecionar Direito Constitucional,
Introdução ao Estudo do Direito, Sociologia do Direito e Direito Tributário,
onde também fiz orientações de TCC´s. Também em 2007 ingressei na
Especialização em Direito Público do Curso JusPodivm e fui orientanda do Prof. Dirley da Cunha
Junior, tendo concluído a citada especialização em 2008, ano que ingressei na
FACET para fazer parte do corpo administrativo e integrar a Coordenação-Adjunta
do Curso e lecionar disciplinas como Direito Ambiental, Direito Econômico,
Direito Previdenciário, Direito Constitucional e orientando inúmeros alunos em
trabalhos de conclusão de curso.
Naquele
mesmo ano tive meu primeiro filho e, por este motivo, precisei fazer escolhas
profissionais, tendo diminuído a carga horária de trabalho, parando por um
tempo de ministrar aulas à noite, razão pela qual sai da FIB-Estácio de Sá,
onde só voltaria a lecionar novamente em 2012, em Cursos de Pós-Graduação.
Em
janeiro de 2010, ano do nascimento da minha filha, sai da FACET e passei a
integrar o corpo docente da Faculdade Ruy Barbosa para lecionar incialmente
Sociologia do Direito e Introdução ao Estudo do Direito, posteriormente tendo
lecionado também disciplinas tais como Hermenêutica Jurídica, Profissões
Jurídicas, Ética Profissional e Direito Civil – Parte Geral. Desenvolvi nos
anos de 2009 a 2013 diversas atividades administrativas como Supervisão de
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), de Pesquisa e Extensão e Atividades
Complementares do Curso de Direito, participado de comissões cientificas de
diversos eventos jurídicos (a exemplo das semanas jurídicas da Faculdade Ruy
Barbosa, da I Mostra Fotográfica: (in) justiça, da I Semana de Direitos Humanos
da Faculdade Ruy Barbosa, I Colóquio Memorial da Cultura Jurídica da Bahia –
Projeto financiado pela FAPESB, com apoio da Associação Baiana de Imprensa, do
Museu Casa de Ruy Barbosa, do Memorial Orlando Gomes, e com publicação de um
livro organizado por mim e pela Prof. Maria Helena Franca das Neves) e orientado alunos em TCC’s, desde 2010, e desenvolvido pesquisa, desde 2010 até o presente
momento, nos projetos “Contando e Recontando Ruy Barbosa”, “Célebres Juristas
Baianos”, “Direito, Memória e Verdade” e “Fractais Transdisciplinares do
Direito”. Também na Faculdade Ruy Barbosa, passei a integrar o corpo docente da
especialização em Direito Público. Desde 2010 até 2014, passei a integrar o NDE
(Núcleo Docente Estruturante) e também o Colegiado do Curso de Direito da
Faculdade Ruy Barbosa.
Desenvolvi
também, de 2012-2012, várias assessorias na área de direitos autorais e
capitaneei recursos para a produção de shows instrumentais.
Em
2012, um ano muito especial para mim, passei
no Mestrado em Direito Publico da UFBA, onde pude “casar” minha vida
profissional com minha vida acadêmica, voltando a ser aluna num período que a
reflexão jurídica já estava muito mais madura em mim, onde a importância da
formação transdisciplinar tornava-se claramente mais fecunda e onde o ambiente
acadêmico foi extremamente estimulante para a produção de novos artigos,
parcerias e novos olhares sobre o Direito. Neste mesmo ano, passei a integrar a
Faculdade Social da Bahia e lecionar Direito Constitucional, Direito do
Trabalho e Direito Empresarial.
Em
2013, filiei-me ao CONPEDI e participei dos dois eventos daquele ano, um em
Curitiba e outro em São Paulo, tendo publicado artigos em ambos, eventos onde
pude encontrar diversos alunos do Programa de Pós-Graduação da UFBA e
professores incentivadores de seus alunos, a exemplo da Prof. Mônica Neves de
Aguiar, que foi minha professora da disciplina de Bioética no Mestrado em
Direito Público.
Ainda
em 2013, gravei entrevista para o STF no Programa “Tempo e História” para
tratar da pesquisa sobre Memória Jurídica sobre Ruy Barbosa que desenvolvi
junto ao Museu Casa de Ruy Barbosa e com o Grupo “Contando e Recontando Ruy
Barbosa”, programa que contou com a participação do Prof. César Faria por ser
ele o ocupante da cadeira que outrora pertencera a Ruy Barbosa na Academia de
Letras Jurídicas da Bahia.Participei neste mesmo ano como membro da Comissão
Organizadora e como Palestrante do Evento “Colóquio Direito e Arte”, sob
supervisão dos Profs. Rodolfo Pamplona e Nelson Cerqueira; participei do evento
“Agendas do Direito Civil-Constitucional” em Recife, que teve, dentre outras
palestrantes, a Prof. Roxana Cardoso Brasileiro Borges. Participei também como
organizadora e palestrante do evento “Direito e Historicidade”, na PUC-RS e
palestrei no Evento Direito e Historicidade, organizado pelo Prof. Júlio Rocha,
na UFBA e com participação, de professores da casa, a exemplo de Heron Santana.
Sai
da FSBA e passei a integrar a Coordenação Operacional do Curso de Direito da
Faculdade Ruy Barbosa em 2014, tendo, neste mesmo ano, recebido a premiação Academic Star, uma premiação interna do
Grupo Devry de Educação para os
professores com destaque acadêmico. Passei
a integrar o Conselho Editorial da Revista “A Barriguda” e ser colunista da
mesma, onde participei do “I Congresso Brasileiro da Revista A Barriguda – um
olhar jurídico, histórico e cultural sobre as violências contra a mulher”, em
Campina Grande – Paraíba, cidade que me acolheu nos verdes anos da formação
superior e onde tenho amigos queridos. Fui convidada pela Comissão da Mulher da
OAB-BA para integrar dois seminários, um em Salvador e outro em Porto Seguro,
tratando sobre a história da violência contra as mulheres, com a temática
“Liberdade da mulher: pleno direito ao corpo?”.
Ainda
neste ano de 2014 organizei inúmeros eventos jurídicos, a exemplo das aulas
magnas dos semestres 2014.1 que versou sobre “Vidas para o consumo” com o Prof.
Marcos Catalan, da UNILASSALE-RS, e no semestre
2014.2 sobre “A teoria dos jogos complexos e o Direito”, com o Prof.
Alexandre Morais da Rosa, da UFSC; da VIII Semana Jurídica da FRB integrada à
IV Mostra de Pesquisa da Devry, com Anais publicados, quatro dias de duração e
54 palestrantes, que trataram sobre os mais diversos temas, tendo o eixo
temático de condução “A pesquisa e sua contribuição para o Direito”, onde
também houve a possibilidade das comunicações orais por parte dos alunos e
mini-curso sobre e Direito, Cinema e Ditadura e sobre a Elaboração de Lattes,
com o Prof. Gabriel Dias Marques. Criei “Cine de Beauvoir”, um Programa de
Extensão que alia o Cinema ao Direito, que contou com a participação de
inúmeros professores e alunos, inclusive da Prof. Mônica Neves de Aguiar e do
Prof. Júlio Rocha, ambos da UFBA, analisando filmes em sua perspectiva jurídica.
Fiz parte da Comissão Organizadora da X Semana Jurídica da Faculdade Ruy
Barbosa, que contou com 15 palestrantes e teve a capacidade do Auditório
Fernando Pessoa, do Hotel Pestana, lotada, comparecendo tanto alunos da
Faculdade Ruy Barbosa, quanto também alunos de outras IES de Salvador, um
evento gratuito que contou com mais de 800 participantes. Incentivei a criação
do Grupo “Direito e Arte” da Faculdade Ruy Barbosa; Criei o Projeto Social
“Troca de Livros” e participei ativamente das mostras de responsabilidade
social da Devry Brasil, organizando, inclusive palestras sobre o direito dos
quilombolas (a partir de uma situação concreta: o Quilombo dos Macacos) e sobre
tatuagens criminais nos presídios de Salvador.
Participei
de um evento internacional sobre Estética, organizado pelo Grupo de Pesquisa
Retina, sob presidência de François Soulages, onde pude apresentar dois
trabalhos com base nas pesquisas desenvolvidas durante o Mestrado e que serão
publicados em e-book. Um artigo sobre Direito e Arte saiu numa obra coletiva
sobre o fenômeno como compromisso social, e ainda nesta perspectiva
metodológica e epistemológica de compreensão do Direito, fui convidada a
participar do II Colóquio Direito e Arte na UFBA, da Semana Jurídica da FTC, da
Aula Magna da Faculdade Apoio/UNIFASS, e do “Seminário de Direito e Arte:
interfaces entre razão e sensibilidade”, promovido pela UNIFACS.
Numerando
a classificação dos títulos em acadêmicos; científicos, artísticos e
literários; didáticos; administrativos e profissionais, valho-me do seguinte
resumo para enumerar minhas atuações profissionais:
Quanto
aos títulos acadêmicos: Mestrado em Direito pela Universidade
Federal da Bahia, tendo sido aprovada com nota 10,0; Especialização em Direito Público pela Faculdade Baiana de Direito
e Curso JusPodivm, com a carga horária de 360 horas; Bolsista de Iniciação Científica do Programa de Iniciação à
Docência (PROLICEN/UFPB), com carga horária semanal de 20 horas, no período de
13 de julho de 1998 a 13 de abril de 1999, com o Projeto “O Fazer da História
no Ensino do 3°uma experiência de acompanhamento metodológico e pedagógico aos
alunos do PEC-RP); Bolsista de
Iniciação à Docência (PROLICEN/UFPB), com carga horária semanal de 20 horas, no
período de 02 de maio de 2000 a 31 de março de 2001, no Projeto “Teoria e
Metodologia no Ensino de História: um olhar sobre o Ensino de História”; Bolsista da CEAD (Coordenação
Institucional de Educação à Distância – CEAD), no período de 18 de junho de
2001 a 17 de junho de 2002; Graduação em
História, cursada concomitantemente ao Curso de Direito entre os anos de
1997 a 2002, pela Universidade Federal de Campina Grande; Bolsa de Pesquisa conferida pela Coordenação Geral da CEAD (Coordenação
Institucional de Educação à Distância), para a Área de Recursos Pedagógicos
Aplicados a Tecnologias Educacionais, nos anos de 2001-2002.
Quanto
aos títulos científicos, artísticos e
literários: Capítulos de livros publicados em editora com conselho
editorial na área jurídica ; Trabalhos Escritos apresentados em reuniões
científicas e congressos internacionais e nacionais, com publicação em anais;
Coordenação Individual de Livro publicado em editora com Conselho Editorial; Resumos
publicados de trabalhos apresentados em evento técnico-científico
internacionais e nacionais.Quanto aos Títulos
Didáticos: Atividade de ensino superior na área jurídica desde 2004;
Atividade de ensino superior na área de História – Aprovação em primeiro lugar
para Professor Substituto da Universidade Federal de Campina, lecionando as
disciplinas de História Medieval Ocidental e História Medieval Oriental;
Orientações concluídas de trabalhos acadêmicos, monografias de graduação;
Orientações concluídas de Monitorias e de bolsistas de iniciação cientifica.
Quanto aos títulos administrativos:
Atividade de Coordenação (UNIRB, FACET e Faculdade Ruy Barbosa). Quanto aos títulos profissionais: Núcleo Docente
Estruturante do Curso de Direito da Faculdade Ruy Barbosa; Direção do órgão
científico PICT – Programa de Iniciação Científica da Faculdade Ruy Barbosa; Membro Efetivo do CONSUP (Conselho Superior da Faculdade
Ruy Barbosa); Advogada desde 2003. Palestrante.
Um
epílogo em construção
“Ensinar
é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor,
assim, não morre. Jamais”. Rubem Alves
Acredito
que o Direito é um guia que deve servir de lugar de luta e que precisamos
empunhar bandeiras. Ensinar é acreditar, ensinar é professar uma crença, é
acreditar nas futuras gerações. A sala de aula é um lugar mágico, e a educação
é a possibilidade de transformação. O Direito existe porque a sociedade precisa
dele, no entanto é necessário que a educação jurídica chegue a todos. Defender a mulher, a memória jurídica, o meio
ambiente equilibrado, os direitos humanos e a arte no/do Direito são lugares da
minha resistência. Transitar por diversas áreas do Direito nunca foi nenhuma
dificuldade para mim, porque sou estudiosa da Filosofia, da Sociologia, da
História, da Hermenêutica, e entendo que a transdisciplinaridade em todas as
áreas do conhecimento ocorre complexamente e não há possibilidade de se dividir
e desmembrar nada, muito menos quando se trata de um mesmo objeto de estudo, que
neste caso é o da Ciência Jurídica.
Durante
os nove anos que tive/tenho experiência na área de gestão acadêmica, lidei/lido
com alunos e professores dos mais variados perfis, neste período pude/posso
analisar que alguns atributos para ser uma excelente profissional docente.
Atributos tais como a responsabilidade, a assiduidade, a pontualidade, a
organização, o cuidado no preparo das aulas, o cumprimento dos prazos
acadêmicos, o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento pessoal, e a ética nas
ações que estão presentes no desenvolver de atividades docentes são essenciais.
Essas características, necessárias ao exercício do magistério, reforçados
durante estes 12 anos pelas experiências profissionais, iniciadas em universidades
públicas, que faço questão de trazer comigo. Trago comigo também, em meu
coração, a poesia de acreditar...acreditar no amanhã, acreditar nos meus
alunos, acreditar que a sociedade pode ser melhor e que o Direito é um
instrumento valioso para essas mudanças.
[1] Professora Universitária. Mestra em Direito Público pela
UFBA. Especialista em Direito Público pelo Curso JusPodivm. Graduada em Direito
pela UEPB e em História pela UFCG.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7223307007394926 - www.ezildamelo.blogspot.com
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7223307007394926 - www.ezildamelo.blogspot.com
Ezilda Melo!!! Tenho imenso orgulho de ter sido sua aluna no Curso de Administração Pública na Faculdade Regional da Bahia (UNIRB) e no Curso de Direito na Faculdade Ruy Barbosa (FRB). Eu só tenho agradecer, por você ter participado da minha vida acadêmica. Muito obrigada! Ana Maria Aguiar.
ResponderExcluirTrajetória brilhante !!! Um exemplo á seguir!
ResponderExcluirAssim como eu, muitos ja te admiravam por ser uma pessoa doce e amavel, por sua dedicacao e afinco no trabalho, agora ainda mais por.sua historia de vida!
ResponderExcluirParabens por cada vitoria na sua vida!
Vc eh uma verdadeira guerreira!