sexta-feira

Balangandan Café no Museu Carlos Costa Pinto

Da segunda vez que fui à exposição "O Mundo de Osmundo", terminamos a visita no Balandangan Café, no terraço silencioso atrás do Museu. Dá para ouvir o canto de pássaros e ficar à sombra de uma centenária e frondosa mangueira. Era a tarde do dia 29 de dezembro, um dia antes da viagem das férias, levei meu marido a tiracolo, depois de uma tarde de compromissos burocráticos.


No cardápio do Café, tem a explicação do que é a palavra "balangandan", que é de origem onomatopéica, por reproduzir os sons dos objetos. Os balangandans, provavelmente, surgiram na Bahia. Suas peças são reunidas por um simbolismo comum e nasceram da necessidade das crioulas e negras se protegerem com amuletos, o que é usual ainda hoje.

http://www.anpap.org.br/boletins/2009/images/boletim2/figura_4.jpg

O formato do cardápio muito nos agradou. Dividia-se da seguinte forma:

1. Do Café
2. Do Chá
3. Da Bebida
4. Do Sal
5. Do Açúcar

Entre os vários chás, de frutas e flores, de maçã com canela, de morango, espumante de mate gelado, decidi pelo de laranja com especiarias. Não me arrependi. Servido em lindo bule e xícara de porcelana, inebriou nossa tarde com um aroma maravilhoso. Completei o chá da tarde com uma torta quente (muito quente) de amêndoas e pêra, essa delicadamente cortada em finas tiras, com sorvete de creme (muito gelado) e calda de café. Um dos melhores doces da minha vida, simplesmente.




L. escolheu um espresso - escrito expresso no cardápio - e bolo de queijo e goiabada cascão. Provei e também estava maravilhoso.As duas palavras estão corretas, mas como nosso país admite estrangeirismos na língua, um verdadeiro espresso é com "s". Especialmente, se a cafeteira for italiana.


O lugar é delicioso e há uma infinidade de delícias a serem contemplatadas e algumas degustadas.

A Veja também indica.

http://www.museucostapinto.com.br/balangandan_cafe.asp
Endereço: Avenida Sete de Setembro, 2490, Vitória - Salvador - Bahia - Brasil
Cep: 40080-001 / Tel: (71) 3336.6081 | Fax (71) 3336.2702
 
O Museu funciona de segunda-feira a sábado, das 14:30h às 19:00h, exceto terça-feira,
quando fecha ao público para manutenção e trabalhos técnicos.

Matinée no Museu Carlos Costa Pinto

19/01 - Tarde Demais para Esquecer
Elenco: Cary Grant, Deborah Kerr, Ricahrd Denning
Diretor: Leo McCarey
Gênero: Romance | Duração: 119 min. | Ano: 1957 | Origem: EUA
Você poderá ganhar este filme no sorteio!!!

26/01 - Fonte dos Desejos ... vencedor de 2 Oscars
Elenco: Clifton Webb, Dorothy McGuire, Jean Peters
Diretor: Jean Negulesco
Gênero: Romance | Duração: 102 min. | Ano: 1954 | Origem: EUA

Ingresso: R$ 5,00 (preço único) | Local: Auditório do Museu

Agenda Cultural Virtual

Não sabia. Adorei a novidade. Temos a Agenda Cultural no seguinte endereço:

http://www.agendacultural.ba.gov.br/

A Agenda Cultural está aberta para divulgar eventos ou trabalhos artísticos. Envie o seu material.
Contato: agendaculturalbahia@gmail.com ou telefax 71 3116 6783

Janeiro – 2012 -
Na primeira edição de 2012, a Agenda Cultural não podia deixar de falar do Verão: a Bahia se colore, as festas populares atraem multidões e os ensaios de bandas de música de carnaval se multiplicam. É esta estação que também inspira os trabalhos publicados nos espaços de Intervalo.
No mesmo clima de Verão, está o Cine-Teatro Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas, que realiza o projeto Verão no SOLAR, com 40 dias de programação diversificada. Outro destaque da temporada é o Amostrão Vila Verão, que completa 10 anos na iniciativa de fazer uma retrospectiva do que melhor passou pelo palco do Teatro Vila Velha no ano anterior.
Bel Borba inaugura a exposição Aqui, Tem 7 Elementos no Palacete das Artes, cujo destaque é uma peça feita com destroços da Fonte Nova. O Balé Folclórico da Bahia leva Herança Sagrada ao palco do TCA, depois de ter rodado o mundo com a montagem.
A região do Rio São Francisco recebe o Festival Nacional de Curtas Metragens do Vale do São Francisco, em cidades da divisa entre Bahia e Pernambuco. É também esta área geográfica que se torna foco do novo edital do programa Mais Cultura, do MinC: o Microprojetos Rio São Francisco.
Em Manifestações da Cultura Popular, conheça a Barca de Cairu, confraternização que reúne crianças e adultos em torno de uma embarcação. Já na seção Mestres da Cultura, uma homenagem a Jorge Galdino e à sua literatura.

Oficina de Férias no Museu Carlos Costa Pinto


 Museu Carlos Costa Pinto é uma instituição cultural particular, mantida através de convênio com o Governo do Estado da Bahia. Foi inaugurado em 05 de novembro de 1969. O acervo foi doado pela viúva Margarida de Carvalho Costa Pinto, para a concretização do sonho de seu marido. Criado para "conservar aspectos da antiga residência de Carlos Costa Pinto com objetos de arte colecionados por ele no século XX", tem cada vez mais consolidado e expandido a sua função como casa de cultura, tornando-se ponto obrigatório de visitação. O acervo de arte decorativa do Museu é de coleção fechada, apresentando 3.175 peças divididas em 12 coleções: Cristal, Desenho, Diversos, Escultura, Gravura, Imaginária, Mobiliário, Ordens Honoríficas, Ourivesaria, Pintura, Porcelana e Prataria. São exemplares de várias partes do mundo, dos séculos XVII ao XX, que retratam o estilo de vida da sociedade baiana colonial, imperial e republicana.

O Mundo de Osmundo

Fui duas vezes. Posso ir outras mais, e mesmo assim ficarei com a certeza de que não observei cada detalhe. "O Mundo de Osmundo" é dele e de mais ninguém. Um mundo maravilhoso, indescritível.

Depois postarei uma resenha sobre minha visita.

Onde? no Museu Carlos Costa Pinto, localizado na Avenida Sete de Setembro, 2490 - Corredor da Vitória - Salvador - Bahia - http://www.museucostapinto.com.br/ - telefone: 3336-6081.
Período de Visitação: 02 de dezembro de 2011 a 27 de fevereiro de 2012 - diariamente das 14h30 às 19h, exceto terças, domingos e feriados.

quinta-feira

Bel Borba no Palacete das Artes

Bel Borba está com exposições no Palacete das Artes. É imperdível.

Esse artista baiano nos mostra esculturas, instalações, vídeos, pinturas e tapeçarias,e nos faz refletir sobre as múltiplas e diferenciadas manifestações estéticas que estão espalhadas pela cidade de Salvador, e levam sua assinatura inconfundível. Se não fosse Bel Borba o cenário visual de nossa cidade (hoje, entregue às baratas tontas de nossa triste administração pública) poderia ser bem pior.



Nessas fotografias sobre intervenções artísticas de Bel Borba na cidade de Salvador, conseguimos detalhar 25 obras: a sereia, esculturas da água grande, iemanjá, o anjo, mosaico da escola cupertino lacerda em amaralina, casa de vinicius de moraes em itapuã, uma típica sala de estar de meados do século XX em piatã, mural e escultura em aço no centro de convenções, o cachorro no rio vermelho, mosaicos do Hospital Aliança, gradil da casa branca na Vasco da Gama, Gantois na Garibaldi, The big man e os pássaros na avenida contorno (a minha predileta), mosaicos no morro da sereia no rio vermelho, círculo com mosaico na avenida ademar de barros em Ondina, pintura em avião no aeroporto,o prédio vermelho, mosaico de bolas em itapuã, túnel de acesso à Camaçari, pássaros coloridos no retiro, dinossauro em ondina, o rinoceronte no Pelourinho, peixes coloridos no corredor da vitória, D. Quixote e o Dragão no Teatro Vila Velha, escultura de carne na feira de são joaquim.

Ele deixou sua marca. Não há dúvida alguma disso. Bel Borba é o artista plástico mais conhecido da e na cidade de Salvador. Sua obra é um presente para a "Cidade da Bahia", especialmente porque nossas ruas  estão, à cada dia, sendo degradadas de modo intenso, seja pelo congestionamento nosso de cada dia, seja pela falta de planejamento urbano, seja pelo abandono e descaso público.

O fato é que a exposição "Aqui, em sete elementos" apresenta os últimos trabalhos de Bel Borba, baseados na transmutação e no aproveitamento de materiais diversos e em processos de intervenção  performáticos. No mundo desse artista não há limites sobre os elementos e matérias-primas dos quais pode tirar inspiração. Tudo em suas mãos se transforma. Tem traço inovador e demonstra alto grau de liberdade na criação. Fiquei maravilhada com o que ele foi capaz de criar com fragmentos da demolição do Estádio Fonte Nova.



Ele diz: "os fragmentos da implosão do nosso estádio (...), a vibração da plateia deve ter impregnado cada molécula daquele concreto, a matéria tem memória". E tem mesmo. É de emocionar, especialmente quando lembramos da tragédia que manchou de sangue de torcedores, numa tarde de domingo de 2007,  o concreto da fonte nova. A Fonte Nova  foi demolida porque foi mal cuidada.  Não sei do resultado das ações de responsabilidade civil. Quem responde pela vida dos que morreram assisitindo uma partida de futebol?


Bel Borba conseguiu fazer arte dos escombros. É imensa a capacidade que a vida tem de se renovar e é incrível o poder transformador da arte e do artista.

O Diretor do Palacete das Artes Rodin, Murilo Ribeiro; Burt Sun, Curador da Exposição; Antônio Albino Canelas Rubim, Secretário de Cultura do Estado da Bahia e Paulo Darzé deixaram registradas várias impressões sobre Bel Borba. Estão lá nas paredes da exposição e merecem ser lidas:





São 11 peças que compõem "Aqui, em sete elementos". São: Esperando por Josefine Baker, Fôlego, Madame Formiga, Motocicleta, La Cobra, Rocomóvel, Cérebro, Homens, Arraia, Beijo e Pai e Mãe. Destas duas últimas, minhas preferidas, fiz essas fotos:




Adoro exposição que deixa fotografar.

Além dos fragmentos da Fonte Nova transformados em arte, ainda encontramos a exposições: azulejo da vida, que o próprio artista define como "um store board da minha passagem, do nascimento para cá. Uma derrapada intimista? Talvez. Por que não? Nesta sequência de grafismos, pintada com tinta de porcelana, fiz um quadro a quadro da minha história de vida. Um intimismo que me deu a oportunidade de um jogo de imagens que reporta experiências e emoções existenciais". Cada azulejo pintado foi filmado e você pode conferir o resultado, que ficou incrível.

Há ainda "Tapetes Voadores", com as obras Keith Haring, Olhos duplos, Trantralini, Partida e chegada, Diva Musa; Gato sobre, gato desce; Nirvana azul; Quatro cabeças pensam mais do que uma. De que tratam? Os sinais estão sempre presente, basta observá-los atentamente. Bel Borba nos faz refletir sobre religião, espiritualidade, divino, paraíso. Bem interessante, especialmente porque estamos tão próximos da data de 21 de janeiro, que representa o dia mundial de combate à intolerância religiosa.


Ele faz homenagem à sua filha Bela. Um parêntese para o nome da filha do artista: Bela. Fiquei refletindo: Bela Borba. Nome muito apropriado. O próprio Bel fala da emoção que foi ser pai aos 54 anos de idade e registrou isso numa cena muito bem pintada.

A última sala que visitei me tomou de surpresa, um misto de incredulidade e de alegria, especialmente pela frase que acompanhava as fotos "a vida lhes levou os dentes e o sorriso lhe devolveu a alma". A importância dos nossos dentes para dentista nenhum botar defeito. Fiquei pensando como ele conseguiu essas fotos? O antes e o depois : banguela e com dentes. Que mudança na fisionomia de uma pessoa.


Foi uma tarde agradabilíssima. Muitos turistas por lá. Estava com uma água na mão e com um caderno para anotação em outra, e a câmera dentro da bolsa. Obviamente, que não deu tempo para ver tudo. Uma exposição, mil olhares. Especialmente, se estamos diante de uma grande exposição.

Em tempo, informo que saiu o filme sobre a Vida de Bel Borba. Não vi ainda.

Algumas informações técnicas: a exposição ficará até o dia 23 de março de 2012 no Palacete das Artes Rodin Bahia. O evento é gratuito. O Telefone de lá: 3117.6910.

As Promotoras de Justiça e o pretenso prefeito ímprobo.

A política na Bahia fede, em Salvador mais ainda. Nossas ruas, imundas de xixi e cocô, não nos deixam mentir.

A cidade está um caos. Cheguei por essas bandas em 2004, há quase 08 anos, portanto. A cidade era outra. O Pelourinho era outro. Nesse curto intervalo de tempo, posso dizer com toda certeza, que a cidade está acabada. Descuidada. Decrépita. Suja. Mal-conservada. E poderia listar inúmeros outros adjetivos.


Já ouviram falar de má administração pública? Querem um exemplo? João Henrique em Salvador. Não sou partidária, não tenho rabo preso a ninguém.  Apenas cidadã e observadora. Não tenho como não ver e não sentir esse desabandono público.

Algum soteropolitano, ou quem mora aqui, vai ao Pelourinho? Só se tiver algum problema com a SEFAZ, que esses dias está abarrotada por causa do IPTU e os outros tributos municipais, ou se for Vereador, já que a Câmara Municipal fica por aquelas imediações. O Pelourinho é cartão-postal dessa cidade. É patrimônio histórico da humanidade.

No final de semana, houve um movimento chamado "Desocupa Ondina", em protesto aos inúmeros camarotes que já estão sendo erguidos para o Carnaval, deixando a população pobre daqui sem oportunidade alguma de ver algum bloco passar. "Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu", é coisa do passado. Quem pode ir atrás do trio elétrico? Só há espaço para as cordas dos blocos e para os camarotes elitizados dos turistas, dos globais ou dos baianos endinheirados que chegam em seus helicópteros.

As promotoras Rita Tourinho, Cristina Seixas e Eliete Viana, no início de janeiro entraram com uma   Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra 31 vereadores da capital baiana. Rita Tourinho, promotora de fibra, de quem sou admiradora , por sua luta, por sua forma de agir e não ficar calada e inerte diante desses abusos aos direitos dos cidadãos, em entrevista disse que os legisladores "afrontaram o princípio da harmonia dos poderes e a moralidade. Houve um desrespeito a uma decisão do Poder Judiciário. Essa manobra afrontou, ainda, o princípio da moralidade pública. Foi totalmente desrespeitosa. Pode ser até considerado um crime de desobediência."

O que de fato foi votado e dia 16/01/2012 sancionado por João Henrique?


O projeto do chamado PPDU da Copa, barrado na Justiça e incorporado ao Lous, promove um aumento no gabarito de altura dos novos hotéis na orla da cidade que pode ir de nove a até 54 metros, o equivalente a 18 andares, a depender da região. Também são criadas 10 áreas especiais de hotelaria onde o único limite para a altura dos prédios será a sombra que eles possam provocar na praia. Por exemplo, entre as praias da Barra à de Amaralina, incluindo o trecho conhecido por abrigar o desfile do Carnaval baiano, a sombra dos espigões pode incidir na areia até as 10h e logo após as 14h.  moralidade", disse Rita Tourinho em entrevista a Jornal local.



Questões como essas não são exploradas pela mídia. Quem está se importando com isso? Quem se importa com essa cidade? Quem se importa com os rios sendo aterrados? Com o engarrafamento da Vasco da Gama há meses? Quem se importa com a falta de metrô? Com a falta de transporte urbano? Com a situação do Centro Histórico? Com o carnaval para a elite? Salvador sediará a Copa, mil projetos foram prometidos. Estou cega, ou nada foi feito, a não ser a demolição da Fonte Nova e o andamento das novas instalações da Arena?


João Henrique sancionou a Lei de Ordenamento e Uso do Solo, desrepeitando ordem judicial. Essa sanção representa um desrespeito à harmonia dos três poderes. E o pior: desrespeito a todos nós. O que acontecerá? Fiquemos no aguardo. Desejo, de antemão, muita força para as promotoras que estão enfrentando esse embate. Espero que as melhoras e melhorias ocorram.

Entrem no site da Prefeitura de nossa São Salvador: www.salvador.ba.gov.br e vejam  matéria sobre revitalização do Pelourinho:


Revitalização
Em reunião realizada nesta quarta-feira (18), representantes da Prefeitura definiram novas estratégias para garantir a manutenção dos serviços já realizados no Centro Histórico de Salvador. O encontro, que ocorreu no escritório da Conder, no Pelourinho, contou com a participação de representantes da Limpurb, secretarias municipais da Reparação (Semur) e Obras Públicas (Sucop) e Polícia Militar.

Na ocasião, ficou decidido o reforço na fiscalização dos bloqueios, que limitam a circulação de veículos pelas ruas do Pelourinho; a proibição de estacionamento em diversos pontos, além de ações emergenciais de tapa-buraco, obra de pavimentação, mutirão de limpeza e intensificação da fiscalização do comércio, de modo a evitar os abusos daqueles que não respeitam os horários da coleta de lixo.

As estratégias fazem parte do processo de revitalização do Centro Histórico, iniciado em agosto do ano passado. Desde então, diversas ações vêm sendo realizadas na região pela Prefeitura do Salvador, em parceria com o governo do Estado. O objetivo é melhorar a estrutura do local e a oferta de serviços a baianos e turistas. Entre as mudanças já implantadas estão a melhoria da limpeza e segurança, instalação de câmeras de videomonitoramento, reativação da fonte do Largo Terreiro de Jesus, pintura dos casarões e capacitação dos ambulantes.





18/01/2012, Fonte: Secom








Workshop Projeto Gestão da Inovação

Salvador, Vitória da Conquista, Eunápolis e Teixeira de Freitas serão sede do Workshop Gestão da Inovação na Indústria, voltados para micro e pequenos empresários industriais de diversos setores.
O projeto é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no âmbito da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) que, na Bahia, é coordenado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
O objetivo é fomentar a implantação de planos de gestão da Inovação por meio de ações de capacitação e assessoria, de forma a promover o aumento da competitividade. Os eventos abordarão conceitos de inovação, apresentação das etapas dos projetos de gestão na área e cases de empresas locais com exemplos de práticas bem sucedidas.
A edição do Workshop em Salvador acontecerá no dia 07 de Março.
Para participar, é necessário fazer a inscrição através do telefone (71) 3343-1288 ou e-mail ielba_inovacao@fieb.org.br
O evento é gratuito!
Fonte: FIEB

quarta-feira

Mostra de livros raros no Pelô

Acabei de ler sobre essa mostra no site do IPAC:

http://www.ipac.ba.gov.br/site/conteudo/publicidade/index.php?codPublicidade=1652

"Além das edificações de importância arquitetônico-histórica e ruas coloniais, a temporada de verão 2012 no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador (CHS), oferece outras atrações como a exposição Obras Raras do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) aberta gratuitamente para o público até final deste mês (janeiro).

Localizada no Solar Ferrão – originário do século XVII e tombado como monumento nacional – que fica na Rua Gregório de Mattos, a mostra está instalada na biblioteca do IPAC que detém obras raras como a Notícia geral da capitania da Bahia de 1759 e A restauração da cidade do Salvador de 1847. Almanak da Bahia de Antonio Borges dos Reis de 1903, e o Tombo do Mosteiro de São Bento de 1945, são outras raridades.

Há ainda a edição fac-similar Salvador: Beneditina de 1951, e Os presidentes da província da Bahia 1824-1888, de Arnold Wildberger em 1949. A exposição fica aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados das 9h às 12h. Publicações dos séculos XVIII, XIX e XX que marcam a história da Bahia são as atrações.

O IPAC colocou o nome de Manuel Querino na biblioteca para homenagear esse intelectual e pesquisador negro e baiano que deixou importantes registros da cultura de matriz africana como o livro Costumes Africanos no Brasil, entre outras contribuições, explica a subgerente de Documentação e Memória do IPAC, Graça Lobo, setor ao qual está vinculada a biblioteca. Considerada a mais bem aparelhada biblioteca do Pelourinho, a Manuel Querino tem climatização própria para publicações antigas, computadores e ambientes para pesquisadores e estudantes.

Temos livros que se destacam pelo seu valor histórico, cultural, monetário, e até mesmo por estarem esgotados, explica a diretora da biblioteca, Sheila Ventura. Ela diz que o critério de ‘obra rara’ vai desde o histórico e cultural do livro até a presença de ilustrações produzidas artesanalmente, os materiais utilizados para a confecção do suporte na impressão, como tipo de papel, emprego de pedras ou materiais preciosos na encadernação.

O acervo da biblioteca do IPAC é especializado em História da Bahia, antropologia, arquitetura, urbanismo, arte, artesanato e sociologia, com 13 mil exemplares de livros, 300 títulos de periódicos e cerca de 80 livros antigos, solicitados até por especialistas de outros estados do Brasil. Dentre as raridades se destacam o livro Memória do Estado da Bahia de autoria de Vicente Vianna editado em 1893 e documentos do século XVIII.

Para Sheila Ventura, a exposição, além de dar ao público oportunidade de conhecer acervo do Estado, difunde princípios como preservação, diálogo público, valorização do indivíduo e ancestralidade. Ela explica que a mostra é uma das ações comemorativas dos 45 anos de fundação do IPAC, cuja programação só acabará em setembro de 2012.

Mais informações através do telefone (71) 3117.6384 ou pelo endereço eletrônico
biblioteca@ipac.ba.gov.br. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h e sábado das 9h às 12h. O acervo é disponibilizado apenas para consulta. Outros dados do IPAC no site www.ipac.ba.gov.br ou www.cultura.com.br.

Serviço:

Exposição Obras Raras - até 31 de janeiro de 2012

Local: Centro Cultural Solar Ferrão - Rua Gregório de Mattos, nº 45, Pelourinho.

Visita à exposição: segunda a sexta-feira, de 9h às 18h.

Informações: (71) 3117.6384 - Classificação: Livre - Entrada Franca

FOTOS anexas e no Flickr/SecultBA:
http://www.flickr.com/photos/secultba/6473115125/

Crédito Fotográfico obrigatório: Lei nº 9610/98

Assessoria de Comunicação – IPAC – em 06.01.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (drt-ba 1498) – (71) 8731-2641 – Texto-base: estagiária Taiane Barros - Contatos: (71) 3117-6490, 3116-6673,
ascom.ipac@ipac.ba.gov.br - www.ipac.ba.gov.br - Facebook: IPAC BAHIA  - Twitter: @ipac_ba"

Ainda não vi. Com certeza, verei.

Capitães de Areia por Henrique Wagner

Ainda não vi "Capitães de Areia", mas já li uma resenha do Henrique Wagner, no site www.expoart.com.br. Como gosto muito desse colunista fantástico e de suas colocações no terreno das artes, postarei esse texto com a promessa de que em breve verei o filme:

Capitães da Areia – um problema familiar

A família que Jorge Amado deixou, não pára de aprontar. Ela não cria, exatamente, ela apronta. Uma hora é Paloma, a filha ucraniana, publicando livros sobre a culinária na obra de Jorge. Outra hora é João Jorge Amado, publicando livros sobre os livros do pai, o mesmo Jorge. E havia ainda a Zélia, escrevendo memórias do casal e fazendo fotografias do amado, ao lado dela, por todo canto do mundo, entre uma e outra escapadinha do autor de Quincas Berro D’água.
Agora é a hora e a vez da neta de Jorge – que não era de capadócia, o coitado –, Cecília Amado, pongar na rabeta do grande escritor baiano, em sua estréia como diretora de um longa. Avô costuma ser complacente com o neto, afinal, “deixa os meninos, eles estão querendo apenas brincar”... Agora, imagina avô morto? Cecília pinta o sete, portanto, aproveitando toda uma gama de situações a seu favor: neta do dono da bola; comemorações do centenário de nascimento de Jorge Amado (a Companhia das Letras relançou a obra inteira do autor baiano, e é um dos patrocinadores do filme); a Bahia negra, mística e folclórica como tema; a experiência como continuísta e assistente de direção de diretores de cinema do Brasil midiático e de globais.
Como se não bastasse, a ação é entre amigos. Mais que amigos. Digo, porque os produtores associados são... são... Quem acertar ganha um beijo da Rosa Palmeirão... Sim, João Jorge Amado e Paloma Amado!!! E tem marido no meio: Guy Gonçalves, casado com a diretora, que também assina o roteiro, ao lado de Hilton Lacerda, é responsável pela fotografia do filme. Aliás, uma fotografia acima da média, entre Adenor Gondim e Voltaire Fraga – mais para o primeiro, infelizmente.
O filme é o filme, o livro é o livro, dizia um Chico Buarque eufemístico, mas sensivelmente decepcionado, depois da exibição de estréia do terrível Benjamim, baseado em obra homônima do compositor carioca. Jorge Amado certamente não diria isso – avô etc. Fato é que o livro, escrito por Jorge aos 24 anos de idade, é brilhante, mesmo com suas tão discutidas imperfeições. E o filme de Cecília não tem brilho algum, a não ser o do excesso de produção – vivemos em tempos de produtores, não de artistas, exatamente. Um filme disforme – as cenas parecem terminar antes ou depois do tempo devido, e a montagem não é das mais inspiradas – e sem o mínimo de ciência da composição, sem concluir o tanto que inicia, ou concluindo mal. Falta ainda ao filme a grandeza de uma história de grandes proporções, em todos os sentidos. Mas falta, por outro lado, a miudeza dos detalhes, nos momentos de pizzicato da trama, nos quais as cenas são, ou óbvias, “fáceis”, feitas a facão; ou sem o necessário miniaturismo para deixá-las protegidas da curiosidade insensível do espectador. Talvez por ser mulher, Cecília ao menos teve a sensibilidade de evitar muitas cenas de sexo, comuns em livros de Jorge e, principalmente, em filmes a partir de livros de Jorge, o Amado. Outro grande trunfo do filme é não ter imitado a montagem em Cidade de Deus, do Fernando Meirelles. Aquela montagem scorsesiana, que depois virou tarantiniana, tornou-se epidemia no Brasil, quando se trata de filme com alguma ação.
Publicado em 1937, Capitães da Areia, clássico absoluto dos livros sobre a infância abandonada, assombrou e encantou várias gerações de leitores, e há quem, hoje, jamais tenha lido um romance na vida, mas lera o mais famoso livro de Jorge. Registre-se o fato de que o livro foi apreendido e queimado em praça pública, pela polícia do Estado Novo, pouco depois de seu lançamento. Naturalmente esse acontecimento só ajudou a obra a ser ainda mais lida. Causa certa surpresa ter demorado tanto a ser adaptado para o cinema brasileiro – há uma adaptação americana, de 1971, dirigida por Hall Bartlett; o filme só fez e ainda faz sucesso na Rússia comunista; o roteiro é do próprio Jorge Amado. Cerca de 70 anos depois, entretanto, o livro nos chega pelas telas com vários anacronismos.
A história dos meninos que moram num trapiche e são talentosos batedores de carteira, passa-se numa Salvador dos anos 1940, no máximo 1950 – há divergência entre exegetas da obra. Cecília Amado, sabendo muito bem disso – ou não sabendo? Vai saber... –, enfia uma música de Arnaldo Antunes – ele, sempre ele – como fundo musical para a famosa cena do carrossel num parquinho da cidade. Ora, pelo amor de Everardo Fode-Mansinho! O que não falta é música baiana de qualidade, de ontem e de hoje, sem tanto estúdio, sotaque paulista e estilo pop chumbado. Outro anacronismo se encontra em alguns termos usados pelos personagens: termos que ainda não existiam à época.
A direção de ator é de fazer chorar ou perder a paciência. As crianças, nossas crianças, a julgar pelo filme de Cecília, não têm futuro, caro amigo Anísio Teixeira, a quem o livro foi dedicado. Jean Luis Amorim, que faz o destemido, denodado Pedro Bala, “constrói” um líder medroso, pálido, sem viço, e com uma entonação na voz, extremamente “baixa”. Por onde andava a Fátima Toledo, à época da realização do filme? Mas não é só Pedro Bala: o Sem-Pernas, vivido ou morrido Israel Gouvêa, é tão mal representado, que nos faz sentir vontade de dar umas palmadas no garoto pelo maior de seus crimes: atuar mal. Até a gente do neo-realismo italiano, ou os não-atores de Kiarostami eram e são mais convincentes. Apenas Volta-Seca, que tem participação ínfima, é bem vivido pelo jovem ator Heder Novaes. Dora (Ana Graciela), que faz par romântico com Pedro Bala, apenas convence. A grande presença física, no filme, é a do ator baiano Marinho Gonçalves, um adulto, surgido do Bando de Teatro do Olodum, de nosso Graças a Deus Ex-secretário de Cultura Márcio Meirelles. Pois bem, nosso Graças a Deus acertou, sabe-se lá como, de modo que é possível ter muito prazer diante das cenas em que o capoeirista Querido-de-Deus aparece, conversando ou lutando, ensinando capoeira aos capitães. Marinho Gonçalves, aliás, pode ser visto em Salvador na peça de teatro Alugo Minha Língua, dirigida por Fernando Guerreiro, com texto de Gil Vicente Tavares. Em cartaz no Vila Velha, salvo engano.
 A trilha sonora ficou a cargo de Carlinhos Brown – isso talvez explique a presença do tribalista de São Paulo – e é bem concebida e bem utilizada no filme. Brown é talentoso e todos sabem ou estão cansados de saber disso. Para mim era mesmo o compositor ideal para o filme. Poderíamos pensar em Gerônimo, Vevé Calazans, Waltinho Queiroz etc., mas há o mercado na jogada, é claro, e Brown é nome internacional, já há algum tempo. Há canções de guerra e canções de amor, todas eficientes e do tipo que nos levam a cantar junto.
Mas há dois grandes incômodos, quanto ao filme de Cecília Amado. Um deles é a sensação que experimentei de estar diante de personagens que são usados por jovens e sonhadores intérpretes para alavancar suas carreiras. Senti isso com outros filmes brasileiros, em que cada aparição de um ator parece o motivo da cena, como se o filme tivesse sido feito para a família do artista, cada cena a cada família. Coincidentemente, senti isso ao assistir ao filme Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, um dos piores filmes brasileiros de todos os tempos, igualmente baseado na obra de Jorge Amado.
Outro incômodo, mais sério, deu-se quando percebi que faltava mais “passado” para consolidar a história hoje, pela tecnologia de hoje. O romantismo amadiano em torno das crianças de rua precisava de uma forte, uma consistente contextualização e reconstituição de época. Era preciso deixar muito claro o tempo em que viviam os capitães da areia. Cecília entrou demais no trapiche, nos deu cenas atemporais; e o colorido da película, e a produção dos dias de hoje, e os atores ruins, tudo isso reafirma um anacronismo mais sutil, quase subjetivo, que aumenta a impressão de que o autor do livro era condescendente demais com os crimes perpetrados pelas crianças tão violentas, selvagens, desalmadas, e o seria hoje, em dias de crack e oxi. Sim, Capitães da Areia é a Revolução dos Bichos de Jorge Amado. É seu comunismo infanto-juvenil, e consegue ser tolerado em sua utopia se pensarmos nos anos 40 em Salvador, quando havia mais corpo que arma, numa refrega. O filme de Cecília, tal qual acontecera com o romance de Schnitzler, Breve Romance de um Sonho, tornado De olhos bem fechados por Kubrick, apresenta uma trama datada sem data. A Bahia antiga nos aparece e nos desaparece como se brincasse de esconde-esconde no tempo, e não no espaço.
Grata a presença de atores baianos fazendo pontas, em um dos raros filmes realizados na Bahia em que Harildo Déda não aparece, em geral na condição de balconista de mercadinho ou coisa do tipo. Jussilene Santana (cada vez mais a cara do Spencer Tracy), Caco Monteiro, Diogo Lopes Filho, Carlos Betão, Deusi Magalhães, Bertho Filho (excelente, como carcereiro), Ricardo Fagundes, Jussara Matias, Bertrand Duarte – o inesquecível superoutro, agora careca –, Franklin Menezes, Edmilson Barros, João Lima – o pior palhaço de que tenho notícia, mas que dá até aula de formação para clowns, por aqui! –, Luciana Souza, Zéu Britto e até o cineasta argentino radicado na Bahia, Carlos Pronzato.
A Bahia esteve melhor, no filme de Cecília Amado, quando baixou nos coadjuvantes, verdadeira família do tão familiar Obá Arolu Jorge Amado.

Divulgação de show

Começo divulgando um show que ocorrerá no Tamar, dia 21/01:

De volta!

Voltei.

E toda volta é um recomeço.

Nesse tempo todo das férias fiquei sem escrever no blog. Propositalmente, longe da internet e do telefone: dei-me férias totais. É bom sair desse turbilhão que é nosso dia-a-dia e esquecer dos hábitos diários de nossa era pós-moderna e dos problemas "normais" de uma cidade como Salvador.

Ficar calada, sem muito contato externo, em encontro intrínseco, faz muito bem para a paz individual. Curtir meus anjinhos e sentir a alegria que transborda em cada nascer do dia é um encontro transcendental de mim comigo mesma. Se o amor tem duas caras uma é a de Luca e outra é a de Anna. Eles são a cara do amor. E é nessa sintonia vibracional que início meu 2012.

Revigorada para reiniciar as atividades que me aguardam nesse novo ano. É bom estar de volta, mesmo sabendo que sinto falta do aconchego familiar que foi tão intenso nesse período de férias.

Esse ano prometo várias novidades no blog. Nesse momento, estou nos preparativos de um novo semestre: preparando aulas, planos de ensino, cronogramas de aulas, selecionando textos, materiais didáticos e livros, fazendo apontamentos, planejando atividades externas, lendo e mentalizando que terei os alunos mais disciplinados, mais estudiosos, mais fantásticos que uma professora pode ter.