Folhas em branco no meu caderno
Novas páginas? Ou ficará como está?
As letras mágicas insistem em saltar
O que é que faço se entrelaçam como em nó?
Contei coisas do passado.
Depois, rasguei. Quem se importa?
Tentei reescrever no papel amassado
Letra apressada, linha certa e escrita torta
Histórias do presente.
Sonho floral e fluorescente
Nuvem em formato de seu rosto de repente
O que farei com esse ardor crescente ?
O futuro que se mostra incerto, inusitado
Parece uma história inconclusa de mil
finais
Contos, poesias, romances de tristezas e ais
Foram felizes para sempre era o combinado
As páginas se reescreveram no amanhã
Tão belas que pareciam incríveis
Ou um sonho na cadeira do divã ?
Novos finais que pareciam impossíveis
Construíram-se quando se quis pensar
Em Kundera e nos seus amores risíveis.
Feliz Dia do Escritor – 13.10.2015
Ezilda Melo
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