segunda-feira

Lançamento do livro: Golpe. Tortura. Verdade

No próximo dia 11 de julho (quinta-feira), às 18h, na Livraria Cultura do Shopping Salvador, estarei lançando meu novo livro intitulado “Galeria F – lembranças do mar cinzento. Golpe. Tortura. Verdade”. É o meu décimo livro resgatando os horrores da ditadura militar.
Espero você lá. Um abraço.
Emiliano José
Emiliano José lança novo livro: Golpe. Tortura. Verdade.
Será no dia 11 de julho, às 18h, na Livraria Cultura do Shopping Salvador, o lançamento do novo livro do escritor e jornalista Emiliano José. A obra “Galeria F – Lembranças do mar cinzento (IV) – Golpe. Tortura. Verdade” (Caros Amigos Editora) tem prefácio do pesquisador de comunicação Venício A. de Lima, da Universidade Nacional de Brasília (UNB) e posfácio assinado por Paulo Vannuchi, integrante da Comissão de Direitos Humanos da OEA. O autor resgata fatos nacionais, como o depoimento do ex-ministro Waldir Pires nos primeiros dias do golpe militar. Também retoma depoimentos de Carlos Marighella Filho e Marco Antônio da Rocha Medeiros, presos na Operação Radar que matou duas dezenas de dirigentes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em todo o país, sob comando direto do oficial Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de ter matado na tortura pelo menos 50 militantes políticos.
É o décimo livro do autor, sendo o quarto volume da série “Galeria F – Lembranças do mar cinzento”.Neste, o jornalista resgata o trágico assassinato de Gildo Macedo Lacerda, cujo corpo até hoje não foi encontrado, como tantos outros. Relata como ocorreu a emboscada que matou o líder revolucionário Carlos Marighella e narra o calvário de Mário Alves, dirigente do PCBR, morto empalado na tortura, como na Idade Média. Ele passa pela guerrilha do Araguaia, pelo assassinato do capitão Lamarca e as homenagens prestadas a ele, mais de 40 anos depois, na Bahia. O livro relembra as ações dos religiosos que se rebelaram contra a ditadura, como dom Helder, dom Timóteo e padre Cláudio Perani. Dedica um capítulo à coragem da advogada Ronilda Noblat, defensora dos presos políticos, recupera a história do combativo Apolônio de Carvalho e de Euclides Neto, ex-prefeito cassado pelo golpe em Ipiau, mais tarde secretário da Reforma Agrária no governo Waldir Pires.
COMBATE - O autor endereça uma carta de solidariedade a Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos, durante o linchamento midiático por ocasião do lançamento do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos. Sobre Emiliano ele escreve: “Jovem militante da resistência clandestina contra a ditadura de 1964, nos quadros da Ação Popular (AP), preso político durante quatro anos e vencedor no enfrentamento desigual com os torturadores, Emiliano sobreviveu e amadureceu como um intelectual da estirpe batizada por Gramsci com o conceito de orgânico. Jornalista, professor doutor universitário, parlamentar combativo na Assembléia Legislativa da Bahia, na Câmara de Vereadores de Salvador e na Câmara dos Deputados, vem se firmando como o mais disciplinado pesquisador e memorialista daquele ciclo heróico de insurgência contra a tirania”.
PELA VERDADE - Venício A. de Lima, em sua apresentação, explica que o livro contém 42 artigos, entrevistas, resenhas, reportagens publicados em revistas, jornais e sites na Internet. Mas o núcleo central é a repressão contra muitos que resistiram à ditadura na Bahia, embora fale de heróis da luta revolucionária de outros estados e inclusive da luta dos negros contra a escravidão. “O leitor tomará conhecimento de incríveis histórias de puro horror como a tortura inconcebível perpetrada contra duas crianças – Janaína e Edson. O que une todas as histórias, entretanto, é o compromisso com o total esclarecimento da verdade naqueles tempos sombrios. “Galeria F constitui um clamor vivo, quase um lamento”ressalta Venício A. de Lima.
DITADURA NÃO - Na Nota do Autor, Emiliano José anuncia que a presidenta Dilma Rousseff comparece na obra, com sua coragem diante dos torturadores e sua altivez face a face com seus interrogadores no tribunal militar. “Ninguém imagina ser agradável tratar dos crimes da ditadura. Mas essa é uma tarefa que não se pode deixar de lado (...) como parte de uma convicção de que aquele passado não pode se repetir. Foi uma época de barbárie, governada por facínoras e torturadores que se acreditavam senhores da vida e da morte (...) e vamos dando consciência às novas gerações de que ditadura nunca mais”, finaliza Emiliano José.

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