sábado

Um momento pode mudar tudo

Um Momento pode mudar tudo - um filme que merece ser visto. Super sensível, mostra que a vida, apesar de não ser um parque de diversões, tem uma beleza para quem quer ver. Um frase que me marcou: reconheça as pessoas que te olham e te reconhecem como você é. Há pessoas que por mais que te olhem, nunca te verão... 15h30 no Paseo
Sinopse do filme:
Kate (Hilary Swank) é uma pianista clássica sofisticada, casada, extremamente bem-sucedida e recém-diagnosticada com ELA (esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig). Bec (Emmy Rossum) é uma estudante impertinente e aspirante a cantora de rock que mal consegue dar conta do caos que é a sua vida, tanto no aspecto romântico, quanto em outras áreas. Conforme a doença de Kate avança, seu casamento com Evan (Josh Duhamel) se deteriora. Quando Bec consegue o emprego para dar assistência a Kate, ambas passam a se apoiar em algo que se torna um laço não convencional. Como está sem objetivo, Bec está determinada a se tornar uma sombra íntima de Kate, passando por situações confusas e embaraçosamente cômicas. À medida que a cautelosa e voluntariosa Kate começa a se contagiar com o turbilhão e o espírito livre que é Bec – e vice versa – ambas acabam encarando arrependimentos, explorando novos territórios e expandindo suas ideias sobre quem realmente querem ser.

Homenagem ao Poetinha

Começo com Vinicius de Moraes, de longe meu poeta preferido. O mundo todo cabia dentro dele. Se era amor ou não, o que ele escrevia conquista qualquer pessoa (ate hoje), e era o bastante para ele ser feliz e fazer as outras pessoas felizes. Quatro poesias do poetinha, nascido sob o signo das emoções:
Poema Enjoadinho
Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
Conjugação da Ausente
Foram precisos mais dez anos e oito quilos
Muitas cãs e um princípio de abdômen
(Sem falar na Segunda Grande Guerra, na descoberta da penicilina e na desagregação do átomo)
Foram precisos dois filhos e sete casas
(Em lugares como São Paulo, Londres, Cascais, lpanema e Hollywood)
Foram precisos três livros de poesia e uma operação de apendicite
Algumas prevaricações e um exequatur
Fora preciso a aquisição de uma consciência política
E de incontáveis garrafas; fora preciso um desastre de avião
Foram precisas separações, tantas separações
Uma separação...
Tua graça caminha pela casa
Moves-te blindada em abstrações, como um T. Trazes
A cabeça enterrada nos ombros qual escura
Rosa sem haste. És tão profundamente
Que irrelevas as coisas, mesmo do pensamento.
A cadeira é cadeira e o quadro é quadro
Porque te participam. Fora, o jardim
Modesto como tu, murcha em antúrios
A tua ausência. As folhas te outonam, a grama te
Quer. És vegetal, amiga...
Amiga! direi baixo o teu nome
Não ao rádio ou ao espelho, mas à porta
Que te emoldura, fatigada, e ao
Corredor que pára
Para te andar, adunca, inutilmente
Rápida. Vazia a casa
Raios, no entanto, desse olhar sobejo
Oblíquos cristalizam tua ausência.
Vejo-te em cada prisma, refletindo
Diagonalmente a múltipla esperança
E te amo, te venero, te idolatro
Numa perplexidade de criança.
E no entanto avistava à poucos passos
Sua forma feminina que não era
Nenhuma outra forma feminina, mas a dela
A mulher amada
O DIA DA CRIAÇÃO
Rio de Janeiro , 1946
Macho e fêmea os criou.
Bíblia: Gênese, 1, 27
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado.
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado.
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.
III
Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia,
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábio
Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Pessoas, o eu e o outro.


Quem nunca conheceu uma pessoa egoísta? É impossível. Há egoísmo nas mais variadas escalas, cores, sabores, texturas. Quem não tiver egoísmo que atire a primeira pedra. O que é o egoísmo, então? Trata-se de um amor exagerado aos seus próprios interesses a despeito das vontades alheias. É colocar-se sempre em primeiro lugar, olhar somente para o próprio umbigo e ter dificuldade em colocar-se na posição do outro. O egoísmo leva `a presunção e ao orgulho. As pessoas egoístas colocam seus hábitos, opiniões, desejos, necessidades acima da dos outros. O altruísta seria exatamente o contrário: colocar o outro em primeiro lugar. Entre o altruísta e o egoísta há um abismo sem fim. Um é hipótese, o outro acontecimento. Para LÉVINAS o egoísmo, o fechamento do Eu em si mesmo, o eu que se busca em sua própria e exclusiva subjetividade, sustenta todo o pensamento ocidental, caracterizado por uma “filosofia do poder”. Para LÉVINAS, o eu-centrado-em-si-mesmo perde a chance de sair de si mesmo e enxergar a exterioridade e o Infinito, que se dá no encontro com o outro. Um encontro que não tem características investigativas meramente ontológicas, técnicas e científicas, mas de informalidade e de pessoalidade.
“Outrem, como outrem, não é somente um alter ego. Ele é o que eu não sou: ele é o fraco enquanto eu sou forte ele é o pobre; ele é a ‘viúva e o órfão’.(...) A exterioridade social é original e nos faz saída das categorias de unidade e de multiplicidade que valem para as coisas” (LÉVINAS, E., Da Existência ao Existente, Papirus, Campinas, 1998, p. 113 - edição e tradução brasileira da obra “De l’exitence à l’existant”).
O Outro para LÉVINAS é aquele que me estende a mão e me interpela com um “me dá um prato de comida”. Portanto, esta filosofia considera o outro como medida para nossas ações. O desafio é pensar a construção de uma “cultura da alteridade”, na qual a responsabilidade pelo outro seja um componente ético de nosso cotidiano. Amar é o supra sumo da alteridade, é a abertura de si e a possibilidade do infinito. Que as pessoas se amem mais!

Ezilda Melo

Quando Galeano morreu

O primeiro livro que li do Eduardo Galeano foi em 1997, "As veias abertas da América Latina". Estarrecida fiquei ao saber do grande estupro latino-americano ocorrido no massacre colonizador. Um grande titulo, uma grande obra, escrita em 1971. Galeano tomou outros rumos literários e menos historicistas e ao despedir da vida, hoje, dia 13 de abril de 2015, aos 74 anos, o famoso escritor uruguaio deixou livros encantadores que nos farão companhia por muito tempo. Conheci-o, portanto, num visão historiográfica de episódios nossos, muitas vezes desconhecidos pelos irmãos latino-americanos. O que mais me chama atenção nos escritos dele, no entanto, é a beleza e a emoção dos pequeninos momentos, das historias fugazes, das meras possibilidades de cenas inusitadas do viver. Ele tratou da memoria como algo vivo, que se transforma; algo que se inquieta e muda com o passar dos minutos. A história contada a partir de pequenos momentos, instantâneos luzidios, aqueles que sacodem a alma da gente sem a grandiloqüência dos heroísmos de gelo, mas com a grandeza da vida.
Assim é o " Livro dos abraços", dos meus livros preferidos. O que de melhor Eduardo Galeano ouviu ele transformou em livros, onde nos lembrou como são grandes os pequenos momentos e como eles vão se abraçando, traçando a vida, num emaranhado sem fim (ou com fim). Eis que continuamos falando sobre ele e a pequena Anna, de cachinhos castanhos, no amadurecimento de seus quatro anos, ao ver a mãe com olhos marejados, diz "o que foi mamãe?" E eu digo: foi o Eduardo Galeano, um dos meus escritores preferidos, que morreu. Ela consente e parece entender esse sentimento de uma perda tao longe, e ao mesmo tempo, próxima.

Poesia das seis

Nem precisamos do escudo de Athenas contra a Medusa
Ninguém olha nos olhos querendo enxergar lá dentro
É nossa caverna, é a prisão
Vê-se imagens distorcidas, ressequidas, fantasmagóricas do que projetamos ser o outro
Simulações horizontais de uma flor no quadro
Isso é uma flor? Isso é um cachimbo? Ou é o amor?
No canteiro do jardim está a realidade da tela
Eternizar na fotografia, na pintura, na poesia a visão de uma essência que não se diz, precede ao conceito e à formulação do nosso olhar
Eis que nem tudo está perdido
Porque a borboleta bate asas e constrói seu vôo
Encontra a flor e embriaga-se do néctar
E quer mais
Anseia o futuro
Faz previsões mitológicas, astrológicas, numerológicas
Tentativas de conter a inexatidão das linhas tênues de uma liquidez esfumaçante no castelo dos vampiros ancestrais
Pobre Dom Quixote, andante e solitário
Somos um retrato da incomprensão humana, tão mascarada por tatuagens que escondem a pele e a alma
E conhecer é um trajeto não-linear em um rodovia mal sinalizada...


Ezilda Melo

Dia da Poesia: 14/03. Que sempre sobre poesia...

Mar e Rio
Um ano depois, eis-me aqui. Sentindo a dor, sei o que é tristeza
Das profundezas do meu mais intimo ser
Não quero a eternidade para me conhecer
Talvez, a grande verdade é que não há beleza...
Não me diga o que quero ouvir
Entre nós existem silêncios do ouvido
Mordaças banham a tarde do esquecido
Para retumbar na cama do dormir
Nada será como antes, diz a velha amante
Nem futuro existirá
Porque você já se foi para não mais voltar
Foi cedo demais e deixou o rastro distante
Há’ um mar e um rio escuro
Noites de calor, um banho frio
Chuva, sol, gotas de suor, lagrimas... tudo sombrio
Tanta vida, tantos que não chegaram ao futuro
Maldigo os chineses e a invenção da pólvora
Como também os bancos e os cheques sem fundo
A vida é um malogro, um engano, um coração descompassado
Que bate e chora por ontem e pelo agora
Senhores de armas, engano puro
Num sábado, `a traição e na hora de Maria
Ganância. Ambição em busca do impuro ouro
É muita tristeza, é muita melancolia...
Ai, meu Deus, que angonia
Seja de noite ou de dia
Nada tira seu sangue do pensamento
Queria que você voltasse, nem que fosse por encantamento.
Ezilda Melo

Baudelaire e a sensualidade




As Jóias
A amada estava nua e, por ser eu seu amante,
Das jóias só guardara as que o bulício inquieta,
Cujo rico esplendor lhe dava esse ar triunfante
Que em seus dias de glória a escrava moura afeta.
Quando ela dança e entorna um timbre acre e sonoro,
Este universo mineral que à luz figura
Ao êxtase me leva, e é com furor que adoro
As coisas em que o som ao fogo se mistura.
Ela estava deitada e se deixava amar,
E do alto do divã, imersa em paz, sorria
A meu amor profundo e doce como o mar,
Que ao corpo, como à escarpa, em ondas lhe subia.
O olhar cravado em mim, como um tigre abatido,
Com ar vago e distante ela ensaiava poses,
E o lúbrico fervor à candidez unido
Punha-lhe um novo encanto às cruéis metamorfoses.
E sua perna e o braço, a coxa e os rins, untados
Como de óleo, imitar de um cisne a fluida linha,
Passavam diante de meus olhos sossegados;
E o ventre e os seios, como cachos de uma vinha,
Se aproximavam, mais sutis que Anjos do Mal,
Para agitar minha alma enfim posta em repouso,
Ou arrancá-la então a rocha de cristal
Onde, calma e sozinha, ela encontra pouso.
Como se a luz de um novo esboço, unidade eu via
De Antíope a cintura a um busto adolescente,
De tal modo que os quadris moldavam-lhe a bacia.
E a maquilagem lhe era esplêndida e luzente!
- E estando a lamparina agora agonizante,
Como na alcova houvesse a luz só da lareira
Toda vez que emitia um suspiro faiscante,
Inundava de sangue essa pele trigueira.

Spleen e Ideala – As Flores do Mal
BÊNÇÃO
Quando, por uma lei das supremas potências,
O Poeta se apresenta à platéia entediada,
Sua mãe, estarrecida e prenhe de insolências,
Pragueja contra Deus, que dela então se apiada:
"Ah! Tivesse eu gerado um ninho de serpentes,
Em vez de amamentar esse aleijão sem graça!
Maldita a noite dos prazeres mais ardentes
Em que meu ventre concebeu minha desgraça!
Pois que entre todas neste mundo fui eleita
Para ser o desgosto de meu triste esposo,
E ao fogo arremessar não posso, qual se deita
Uma carta de amor, esse monstro asqueroso,
Eu farei recair teu ódio que me afronta
Sobre o instrumento vil de tuas maldições,
E este mau ramo hei de torcer de ponta a ponta,
Para que aí não vingue um só de teus botões!"
Ela rumina assim todo o ódio que a envenena,
E, por nada entender dos desígnios eternos,
Ela própria prepara ao fundo da Geena
A pira consagrada aos delitos maternos.
Sob a auréola, porém, de um anjo vigilante,
Inebria-se ao sol o infante deserdado,
E em tudo o que ele come ou bebe a cada instante
Há um gosto de ambrósia e néctar encarnado.
Às nuvens ele fala, aos ventos desafia
E a via-sacra entre canções percorre em festa;
O Espírito que o segue em sua romaria
Chora ao vê-lo feliz como ave da floresta.
Os que ele quer amar o observam com receio,
Ou então, por desprezo à sua estranha paz,
Buscam quem saiba acometê-lo em pleno seio,
E empenham-se em sangrar a fera que ele traz.
Ao pão e ao vinho que lhe servem de repasto
Eis que misturam cinza e pútridos bagaços;
Hipócritas, dizem-lhe o tato ser nefasto,
E se arrependem pó haver cruzado os passos.
Sua mulher nas praças perambula aos gritos:
"Pois se tão bela sou que ele deseja amar-me,
farei tal qual os ídolos dos velhos ritos,
e assim, como eles, quero inteira redourar-me;
E aqui, de joelhos, me embebedarei de incenso,
De nardo e mirra, de iguarias e licores,
Para saber se desse amante tão intenso
Posso usurpar sorrindo os cândidos louvores.
E ao fatigar-me dessas ímpias fantasias,
Sobre ele pousarei a tíbia e férrea mão;
E minhas unhas, como as garras das Harpias,
Hão de abrir um caminho até seu coração.
Como ave tenra que estremece e que palpita,
Ao seio hei de arrancar-lhe o rubro coração,
E, dando rédea à minha besta favorita,
Por terra o deitarei sem dó nem compaixão!"
Ao céu, de onde ele vê de um trono a incandescência,
O Poeta ergue sereno as suas mãos piedosas,
E o fulgurante brilho de sua vidência
Ofusca-lhe o perfil das multidões furiosas:
"Bendito vós, Senhor, que dais o sofrimento,
esse óleo puro que nos purga as imundícias
como o melhor, o mais divino sacramento
e que prepara os fortes às santas delícias!
Eu sei que reservais um lugar para o Poeta
Nas radiantes fileiras das santas Legiões,
E que o convidareis à comunhão secreta
Dos Tronos, das Virtudes, das Dominações.
Bem sei que a dor é nossa dádiva suprema,
Aos pés da qual o inferno e a terra estão dispersos,
E que, para talhar-me um místico diadema,
Forçoso é lhes impor os tempos e universos.
Mas nem as jóias que em Palmira reluziam,
As pérolas do mar, o mais raro diamante,
Engastados por vós, ofuscar poderiam
Este belo diadema etéreo e cintilante;
Pois que ela apenas será feita de luz pura,
Arrancada à matriz dos raios primitivos,
De que os olhos mortais, radiantes de ventura,
Nada mais são que espelhos turvos e cativos!".
O INIMIGO
A juventude não foi mais que um temporal,
Aqui e ali por sóis ardentes trespassado;
As chuvas e os trovões causaram dano tal
Que em meu pomar não resta um fruto sazonado.
Eis que alcancei o outono de meu pensamento,
E agora o ancinho e a pá se fazem necessários
Para outra vez compor o solo lamacento,
Onde profundas covas se abrem como ossários
E quem sabe se as flores que meu sonho ensaia
Não achem nessa gleba aguada como praia
O místico alimento que as farás radiosas/
Ó dor! O tempo faz da vida uma carniça,
E o sombrio Inimigo que nos rói as rosas
No sangue que perdemos se enraíza e viça!
O AZAR
Castigo assim tornar tão leve
Somente a Sísifo se cobra!
Por mais que mão se ponha à obra,
A Arte é longo e o Tempo é breve.
Longe dos túmulos famosos,
Num cemitério já sepulto,
Meu coração, tambor oculto,
Percute acordes dolorosos.
- Muito ouro ali jaz sonolento
em meio à treva e ao esquecimento,
esquivo à sonda e ao enxadão;
E muita flor exala a medo
Seu perfume como um segredo
Nas mais profunda solidão.

Alteridade

Há um tipo de pessoa que tenho muita dificuldade em me relacionar: aquela que não sabe se colocar no lugar do outro. Por outro lado, adoro as pessoas prestativas, cuidadosas, atenciosas, especialmente com a dor do outro. Hoje, uma conhecida me pediu um apoio numa situação difícil pela qual está passando, mas que envolve diversos setores. Ao entrar em contato com amigos, logo pudemos oferecer uma assistência. Às vezes, uma simples orientação a uma pessoa, uma simples palavra de conforto numa situação traumática, podem trazer benefícios que são imprescindíveis para continuar... ‪#‎alteridade‬

Eventos Importantes: de 04 a 08 de maio - fiquem atentos!!!









XI Semana Jurídica da Faculdade Ruy Barbosa - de 04 a 05 de maio

VI Mostra de Pesquisa Devry Brasil: de 04 a 08 de maio - Faculdade Ruy Barbosa

Lançamento de Livro da Prof. Marília Muricy: 08/05 - Livraria Cultura - Shopping Salvador


Ser(tao) bom!

Ser cada dia melhor é:
Não ter medo de recomeçar,
Fazer o bem sem olhar a quem;
Amar a família e os amigos;
Dar proteção aos filhos;
Ser gentil e atenciosa com as pessoas;
Não guardar rancor, raiva ou mágoa;
Ter Deus no coração!!!



Ezilda Melo

O Fazer das Ciências Sociais


O Fazer das Ciências Sociais  - Revista Preludios

VI Mostra de Pesquisa Devry - Programação do dia 08/05



Linhas de Pesquisa aprovadas para o Edital PICT 2015.2-2016.1 - Faculdade Ruy Barbosa

Linhas de Pesquisa aprovadas para o Edital PICT 2015.2-2016.1 - Faculdade Ruy Barbosa:
Linhas de Pesquisa para o Edital PICT 2015.2-2016.1
Psicologia
1.Violência, Depressão e Suicídio – Vanessa Vasques
2.Psicologia e Trabalho – Telma Mascarenhas
3.Avaliação Psicológica e Psicometria – Fernanda Landeiro
Cursos de Tecnologia
1. Modelagem Computacional do Conhecimento - Prof.
2. Inovação Sistemática - Prof.
Administração
1. Planejamento da Capacidade de Instalação Portuária – Prof. Ademar Nogueira do Nascimento
Direito
1. Direito e Memória – Dra. Maria Helena Franca das Neves
2. Famílias Contemporâneas: Interfaces e Conexões - Teresa Cristina Ferreira de Oliveira
3. Teorias da Justiça e Democracia: dimensões políticas do acesso à justiça - Homero Chiaraba
4. Direito e Novas Tecnologias – Mateus Abreu
5. O novo Código de Processo Civil no Processo do Trabalho: em busca de uma unidade sistêmica - Guilherme Levien Grillo
Arquitetura:
1. Cultura, Memória e Patrimônio – Nelson Naelson
Gastronomia:
1. Novas Tendências da Gastronomia Brasileira - Larissa Costa
Engenharia de Produção:
1. A Engenharia de Produção no Século XXI - Prof.
Para todas as áreas:
1. A transdisciplinaridade nas ciências - Prof. Ezilda Melo

Sobre o massacre dos professores

Professor merece amor
Deve ser tratado como uma flor
Ensina-nos mesmo com sua dor
Mais escolas, menos prisões, por favor!

Ezilda Melo

Primeiro de Maio: dia de comemorar?



Ontem foi Primeiro de Maio, dia histórico que simboliza o dia do trabalhador. Trabalhar é importante na constituição do sujeito histórico, disto todos sabemos. Alguns já foram escravos formalmente, hoje a escravidão continua do seu modo peculiar. Um projeto de lei que piora a condição do trabalhador para simplesmente aumentar o lucro das empresas (assistam "The Corporation" para saber como essa história começou) e professores massacrados diariamente são situações suficientes para saber que ontem não foi dia de comemoração... E o lucro? continua nas mãos de poucos. E as reservas naturais? Estão acabando. Os donos do poder têm, no primeiro de maio e nos demais dias do ano, muito a comemorar. Com Champagne Gout de Diamants (cada garrafa custa €1,2 milhões e é adornada com um gigantesco cristal Swarovski). Porque esbanjar é lembrar que muitos passam fome...

sexta-feira

O Amor Debênture

O Amor Debênture
Pior que o vazio epistemológico é o vazio existencial.
Pior que o mau humor é a falta de delicadeza.
Bocas bonitas e grilhões de aspereza.
Não esqueça: sorrir é essencial!
Sabores não são iguais; podem ser parecidos.
As pessoas que te ouvem são as mesmas que falarão.
Quando o olhar sentir medo, as pernas te levarão.
Na memória, os amores esquecidos...
Se te tratar como qualquer uma, mande pastar
Porque merece achar qualquer outra
Tenha cuidado com ególatra
Isso é um bom conselho: pode acatar
Pensamentos insones, deixe-os dormir...
Não ha mal que perdure
Nem fortuna que dure
Corra. Tente se distrair
A vida é um acaso, deixe-a ir
Ha quem aposte no amor como se fosse debênture
Ezilda Melo

Anais da VI Mostra de Pesquisa Devry - Faculdade Ruy Barbosa - Campus Rio Vermelho e Pituba

COMUNICACOES ORAIS - AREA DE CONCENTRACAO: DIREITO
DATAS: 05/05 – VESPERTINO – ANFITEATRO – 13h-15h;  07/05 – MATUTINO – ANFITEATRO – 10H11; 07/05 – VESPERTINO – ANFITEATRO – 13h-16h

Direito – 05/05 – 13h
Bullying nas Escolas Privadas – Carla Presidio de Oliveira

Direito – 05/05 – 13h10
Tributação às filias de empresas nacionais no exterior -
Juliana Manciola Mascarenhas Guerra

Direito -05/05 – 13h20
Precatórios: criação, desenvolvimento e perspectivas jurídicas a partir da decisão do STF nas Adis n 4357 e 4425 -   Priscila Peixinho Maia
Direito-05/05 – 13h30





O acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural na crise da propriedade intelectual – Ezilda Melo




COMUNICACOES ORAIS - AREA DE CONCENTRACAO: DIREITO
DATAS: 05/05 – VESPERTINO – ANFITEATRO – 13h-15h;  07/05 – MATUTINO – ANFITEATRO – 10H11; 07/05 – VESPERTINO – ANFITEATRO – 13h-16h
Direito – 07/05 – 13h

Hannah Arendt e o Direito -
Carla Estela dos Santos Rodrigues

Direito – 07/05 -13h10
Na Contramão da Verdade Real está a Vitimização Secundária: o que fazer com o Estado agressor? -
Andreu Sacramento Luz
Direito – 07/05 - 13h20
A Selvageria do Direito Antropofágico: a ciência da adequação -
Andreu Sacramento Luz

Direito – 07/05 – 13h30
A Quebra de paradigma no positivismo cristão: o castigo como reparação -
Andreu Sacramento Luz

Direito – 07/05 – 13h40h
Direito e Arte: Da Divina comédia de Dante ao Direito processual. O jogo começou! -  Andreu Sacramento Luz

Direito – 07/05 – 13h50
Aborto Paterno e a tentativa de relegar a mulher à categoria de segundo sexo
Rosangela Oliveira Souza
Direito – 07/05 – 14h
Dimensão jurídica do poder: um olhar com enfoque nas relações intersubjetivas -  Ítalo Victor de Aviz Lisboa

Direito – 07/05 – 14h10
Entre o Passado e o Futuro -
Carla Estela dos Santos Rodrigues

Direito – 07/05 – 14h20
Memórias da Ditadura -
Carla Estela dos Santos Rodrigues

Direito – 07/05 – 14h30
Entre a “Flor e a Náusea”: um debate sobre manifestações populares e “ciberdemocracia” na conjuntura política brasileira após julho de 2013 -
Wendel Machado de Souza

Direito – 07/05 – 14h40
Direito pra que(m)?: A identidade nacional para compreensão do Direito
Maísa Conceição Lobo
Direito – 07/05 – 14h50
Gestalte e a formação do convencimento do juiz -
Silvia Monique Santos Cesar

Direito – 07/05 – 15h


Direito Fundamental à Água?  Quando o Brasil vivencia “Vidas Secas” e a água não brota das leis - Wendel Machado de Souza

Direito – 07/05 – 15h10


Direito ao corpo: A arte da subjetividade no discurso jurídico -
Gabriel Lopes de Andrade


COMUNICACOES ORAIS - AREA DE CONCENTRACAO: DIREITO
DATAS: 05/05 – VESPERTINO – ANFITEATRO – 13h-15h;  07/05 – MATUTINO – ANFITEATRO – 10H11; 07/05 – VESPERTINO – ANFITEATRO – 13h-16h

Direito – 07/05 – 10h
Immanuel Kant – Vários alunos
Direito – 07/05 – 10h10
A Importância dos Cientistas Políticos Clássicos - Vários alunos
Direito – 07/05 – 10h20
Poder e Soberania na concepção de Locke - Vários alunos
Direito – 07/05 – 10h30
Poder e soberania na concepção de Michel Foucault - Vários alunos
Direito
07/05 – 10h40
Poder e Soberania em Hobbes - Vários alunos





















A importância de Hannah Arendt para Ciência Política[1]
Ana Carine de Souza Melo
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
anacarinesmelo@gmail.com
Ana Rafaela dos Santos
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
anarafaela03@hotmail.com
Daniele Matos França
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
danieleteatro@gmail.com

FabriziaKâmila Tomaz Reis
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
fabriziaktr@gmail.com
Sintia Santos Silva
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
sinthiassilva@hotmail.com

Victória Silva Levi
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
levivictoria@hotmail.com


O presente trabalho tem por objetivo analisar a contribuição da filosofa Hannah Arendt para a ciência política, destacando sua visão sobre o poder e a soberania. Por meio da análise da obra de Arendt, “Condição humana”, e de outras produções científicas acerca da autora procuramos identificar seu ponto de vista sobre o poder do estado. Esse estudo tem sua relevância, pois apresenta a visão crítica e distinta da autora. Nascida na Alemanha em 14 de outubro de 1906, Arendt pertencia a uma família judia. Dentre os anos de 1924 a 1929 foi o período em que teve sua formação acadêmica. Nos anos de 1930 residiu em Berlim e participou do movimento sionista. Acabou sendo presa em 1933 e depois de recuperar sua liberdade fugiu para França. Arendt viveu na França até 1941 quando escapou de um campo de refugiados e refugiou-se nos Estados Unidos na cidade de Nova Iorque, onde adquiriu a cidadania norte americana e manteve suaatividade acadêmica e viveu até o fim de sua vida. Hannah Arendt vivenciou os anos das duas Guerras Mundiais isso influenciou em seu pensamento ela buscava compreender o totalitarismo. A autora compreende que poder deve ocorrer através do consentimento e não na violência. Esse consentimento seria instituições que sustentam no apoio do povo que é importantíssimo. Poder é uma obediência que deve ser obediente as leis em vez de aos homens. O poder é “todos contra um”, e a violência é “um contra todos”, em termos de relação de proporcionalidade em vista da qual quanto mais poder menos violência e quanto mais violência menos poder. Só existe poder quando os homens agem juntos e desaparece a partir de quando os homens se dispersam. Em uma palavra, trata-se de caracterizar as inúmeras distinções conceituais propostas por Arendt ao longo de sua obra pensando-as sempre em seu caráter relacional, nesse sentido, não há espaço público sem a pressuposição do espaço privado e, modernamente, do espaço social; não há liberdade sem necessidade; não há poder sem violência; não há política sem economia e vice-versa, de modo que a própria exigência arendtiana por estabelecer distinções implica o reconhecimento de que, na vida política cotidiana, o limite jamais é absoluto, mas sempre delicado e sujeito à contaminação e ao deslocamento.
A soberania quando referida ao indivíduo sempre será ilusória, pois tenta negar a pluralidade, só sendo alcançada quando a soberania estende sobre todos os outros homens, ou seja, não há como controlar totalmente o inesperado ou mesmo a ação humana ao longo do tempo, e, portanto, essa pretensão da soberania será sempre ilusória, a menos que seja a soberania do grupo que de algum modo não procura suprimir a ação. A autora dizia que soberania contradiz a própria condição humana da pluralidade. O homem não pode ser soberano, pois a Terra não é habitada por um único homem. A filosofa fala de soberania como independência nas relações de poder, ou seja, o não se sujeitar a outro ente seja quanto à hierarquia, força ou poder, podendo constituir problema a ação, pois tende a limitar o espaço da política, desconfiando da divergência e da diferença.

A Quebra de paradigma no positivismo cristão: o castigo como reparação[2]


Andreu Sacramento Luz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: andrew_luz@hotmail.com







Resumo: Já está assentado na doutrina da fé cristã que Cristo não veio ao mundo para revogar as leis já postas, mas sim para garantir a sua aplicabilidade plena. Em outros termos, a imagem de Cristo refletida na cruz é o pleno sinal da abertura da salvação, isto é, a aplicação do princípio da saisine dando início à sucessão cuja herança divina esta consubstanciada aos eventos futuros e incertos. O escrito bíblico que fundamenta a doutrina cristã e parte da doutrina judaica apresenta-se como um sistema positivado que alicerça a moral posta na sociedade ocidental, mas que outrora mantinha a segregação e a desordem. Nas páginas da história da salvação, o Deus distante da humanidade e excessivamente cruel, punia aqueles que desrespeitassem os seus dogmas, daí a desobediência acarretar na punição sobre o próprio corpo. Aproximando-se dos ideais elencados por Nietzsche, Cristo ou “quase-homem”, nasce de uma mulher, afastando a alguns passos a misoginia cristã, apresenta uma versão humana e divina de Deus. Destarte, nas próximas linhas se faz necessário apresentar a ordem da salvação cristã: Quando Nietzsche afirma que a vingança sempre esteve presente no meio social, ele quer dizer que nos olhos dos homens sempre estivera presente a ânsia por sangue.  O castigo configura-se como o meio pelo qual aquele que explora, coage o explorado, condicionando a ação faltosa à uma punição cuja experiência só será vivida em outros extremos. Neste sentido, a vinda de Cristo, instaurando o Novo Testamento, quebra com todo o paradigma do antigo livro. Se naquele prega-se a justiça direta e cruel, neste há remissão de pecados e convite a salvação. Não se pode deixar de olvidar, que a legislação mosaica (entendida além do decálogo) quando comparada a lei de cristo, torna-se defasada. Outro ponto que ainda toma destaque é o fato das teorias e acertamentos judaico-cristão que influencia a sociedade atual, sem que haja um distanciamento do sentido laico do Ocidente. Como bem salienta Nietzsche todas as origens são inventadas e, ousamos dizer, que são montadas para compor a história do mundo e do homem, a embasar a filosofia de vida de toda uma comunidade não pensante, mas que querendo inebriar a todos, pertencentes ou não, acaba por influenciar. Hoje, numa sociedade cujos valores são fluidos, o dogmatismo deve ser afastado. Há uma constante quebra de paradigmas que, alcançando o mundo jurídico, torna o seu discurso insuficiente, isto é, necessitam-se buscar nos demais campos de pensamentos, respaldos a fundamentar o nosso discurso. Por fim, cumpre ainda salientar, que ao apresentar a insuficiência do discurso jurídico, não se acarreta ao mesmo o status da “loucura”, pois, segundo Foucault, na sua obra A Ordem do Discurso, ao utiliza-se desses argumentos, busca-se deslegitimar o discurso posto por apresentar aversão ao desenvolvido pelo ouvinte. Neste caso, reconhece-se a legitimidade a seriedade do discurso jurídico, entretanto o mesmo apresenta-se, em muitos dos casos, como insuficiente. E em se tratando de uma obra aberta, nos dizeres de Umberto Eco, buscar-se-á fazer as múltiplas associações, desde que mantendo a natureza do discurso originário. 

Palavras-chaves: (Paradigma. Cristão. Castigo. Reparação)



Na Contramão da Verdade Real está a Vitimização Secundária: o que fazer com o Estado agressor?[3]


Andreu Sacramento Luz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: andrew_luz@hotmail.com







Resumo:Em comunhão com o berço da filosofia, estamos nós a nos assentar nos primeiros caminhos do conhecimento na Grécia Antiga, quando, por volta dos anos 624 a.C., Tales de Mileto, afirmava ser verdade que tudo era feito de água. Se o incomodo surgir por desacreditar na existência dos mesmos, há outros cantos da história que também apresentam a verdade, a exemplo da tradição cristã, pautada no livro do Gêneses, que demonstra a harmonia da criação e a definição da verdade divina. O que deve ser salientado é que durante toda a história antes e depois das grandes civilizações, houve questionamentos acerca do que é a verdade. Não obstante, nos dias atuais, o mesmo questionamento está por vigorar, especificadamente no Direito. Dentro da sistemática do Direito Processual Penal, há um princípio norteador que define que o processo está condicionado a buscar a verdade real acerca da ocorrência do ato tipificado como ilícito. Em outros termos, o veículo probatório tem que ser o suficiente a provar, no transcorrer da instrução penal, a verdade real. O que estamos para analisar é a aplicação desse princípio em alguns crimes cuja prova invade a seara pessoal, subjetiva e psíquica da vítima, como nos casos dos crimes contra a dignidade sexual, principalmente do estupro de vulnerável, ao qual daremos um destaque. Há que salientar que muitos desses crimes ocorrem dentro do seio familiar e por pessoas que a vítima teme por ser ascendente, descendente ou parente colateral, a ponto das mesmas não informarem das agressões. Em se tratando de comunicação ou flagrante, a vítima vai iniciar a sua via dolorosa, submetendo-se a exames, testes, interrogatórios dentre outros meios necessários a encontrar a verdade real. Dentro desse “caça ao tesouro” a vítima é utilizada como mera prova, fundamental, entretanto não importante. O Estado, responsável por estas outras agressões, não sensibilizado, continua a explorar crianças e adolescentes, vítimas de dois agressores: o primário, qual seja o agressor e o secundário, que é o Estado. Tomando como paradigma o direito comparado amoldado nas características destes crimes, encontra-se legislação de outros países que determina o acompanhamento da vítima por profissionais técnicos, hábil o suficiente para retirar da vítima os fragmentos necessários a embasar a persecução penal, entretanto o trabalho não é limitado a um prazo especifico, podendo, a depender do caso concreto, levar meses e/ou anos. O que se deve buscar é a manutenção da integridade psíquica da vítima. Há, neste mesmo limiar teórico, a conotação do termo paixão no seu sentido epistemológico, ou seja, daquele que sofre a ação, que neste caso é a agressão. No caminho do calvário, está a vítima, a ser apresentada no pavimento como prova da existência do fato, levada ao Gólgota para sofre a paixão que salva e liberta o Estado da culpa original, qual seja: a de não manter a harmonia social. Destarte, já caminhando em direção à conclusão, ainda é tempo de salientar a ausência do Estado na manutenção social e psicológica do ofendido. Tendo sido a vítima de um algoz legitimo, está o corpo maculado a vagar sobre as teclas dos pianos da vida.


Palavras-chaves: (Estupro. Processo. Verdade. Crime)
A Selvageria do Direito Antropofágico: a ciência da adequação [4]


Andreu Sacramento Luz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: andrew_luz@hotmail.com







Resumo:Como movimento surgido para enaltecer o consumo da cultura local e de origem, o ser antropofágico invade o âmago social causando-lhe grandes perturbações: seria o Direito uma ciência antropofágica? Sem sombras de duvidas responde-se positivamente a este questionamento, tendo em vista que como uma ciência social, compete ao Direito adquirir, resguardar e nutrir a cultura. Trata-se de três verbos, ou seja, três ações que expressam em si a paixão do Direito. Neste sentido o direito, sofrendo a paixão, sofre as ações vindas da sociedade, consubstanciadas na cultura, reverberando cultura e arte (substrato do que é cultural) em todas as suas extremidades e instituições. Buscando referencia nos estudos da Introdução ao Estudo de Direito, bem como no instituto da sociologia e filosofia jurídica, e ainda nas lições de Paulo Nader, encontra-se as definições acerca da adequação social, isto é, a necessidade do homem viver em sociedade. A convivência social apresenta, no magistério de Nader, dois requisitos básicos, quais sejam: a necessidade de submeter-se às leis da natureza e a criação do mundo cultural pelo homem. Neste limiar teórico apresento mais um requisito necessário para a convivência em sociedade que é o respeito às normas oriundas do contrato social estabelecidos entre os indivíduos. Segundo Rousseau, a sociedade nasce a partir do momento do início da propriedade privada e, mesmo sendo uma corrupção do homem, o contrato social torna-se necessário para a manutenção do bem estar social. Neste sentido, Aristóteles afirma que a vivencia do homem fora da sociedade o transformaria em um “bruto ou em um Deus”. Diga-se de passagem, ser a teoria de Aristóteles fundamento do pensamento de São Tomás de Aquino, quando questionado sobre a matéria, embora tenha respondido em um sentido não laico do termo, pois a divindade cristã é una, além de ser uma teoria cujo extremos perpassa entre o profano e o divino. Destarte, surge a ideia da adequação interna, que é aquela desenvolvida pelo organismo de todo o ser vivo, cuja dependência é meramente biológica, sendo irrelevante a vontade do homem. Já a adequação externa está pautada na manutenção que o homem faz na extensão da natureza. Nada mais que o complemento da limitação imposta pela natureza, cujo fundamento, no nosso magistério, sofrerá influência do ser natural. Consubstancia-se no produto social, ou, em outros termos, na produção cultural de toda a sociedade. O Direito, enquanto mantenedor da paz social e devorador da cultura, deve se moldar a cada nova instituição criada pelo homem, assim como as instituições devem se moldar a cada sociedade. Isto quer dizer que, sendo a cultura alimento devorado pelo Direito, havendo uma modificação do fato social, acarretará também uma mudança do Direito. Não se pode deixar olvidar que se trata de uma cultura a ser nutrida de forma laica, aplicando-se, neste caso, a teoria do niilismo de Nietzsche. Quanto à mudança das instituições jurídicas, advoga-se na tese que sendo os fatores sociais computados em números quase infinitos, cabe ao direito seguir o fluxo da modernidade liquida. Cabe ao Direito devorar, como um selvagem, toda a cultura da sociedade que está inserido.  

Palavras-chaves: (Direito. Antropofagia.Cultura. Adequação)


Direito e Arte: Da Divina comédia de Dante ao Direito processual. O jogo começou![5]


Andreu Sacramento Luz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: andrew_luz@hotmail.com







Resumo:Iniciando a peregrinação divina em torno da obra de Dante Alighieri, qual seja a Divina Comédia(escrita por volta do século XIV), entretanto, invertendo e apresentando a figura do Anjo Caído, que nas telas de Salvador Dalí (em pedido especial do governo italiano) foi retratado com o corpo totalmente aberto, por gavetas vazias, repouso que este trabalho buscará, em face da insuficiência do discurso jurídico, respaldo na arte, principalmente na obra de Dante e nas telas de salvador Dalí, para apresentar os argumentos a seguir. Trata-se da caminhada Divina, vivida por Dante, cujo ponto inicial é o Inferno. Sendo o Inferno os outros, como bem nos afirma Sartre, o caos, motivador da ordem social, ou pelo menos do início da desordem individual, segue o fluxo do estreio da lide que vem a ser o veículo condutor para a prestação jurisdicional do Estado. Em sua inércia, mesmo ciente do inferno existente, o Estado permanece passível de provocação, cujo objeto imediato será a prestação jurisdicional. A contraprestação do Estado só existirá na ocorrência das condutas tipificadas como ilícitas e enumeradas no rol dos anéis do inferno de Dante. O purgatório, espaço de transição, onde há o contraditório e ampla defesa (princípios norteadores do Direito Processual), individualizado no julgamento particular do indivíduo, será o momento de toda a instrução processual onde, havendo levantamentos de provas, constará dos autos as suas respectivas informações e, como bem nos apresentou Santo Agostinho, em sua obra Confissões será feito o levantamento dos ilícitos cometidos durante toda a vida (ousa-se a dizer que desde o nascimento até o momento da morte – o filtro do pecado lava a alma daqueles que ali estão prostrados). Por fim, chegando ao Paraíso, será Dante recebido pela bela e maravilhosa mulher, símbolo de uma sociedade menos misógina, cuja coroa será concedida, ora por ter suportado o ônus do processo (ou da peregrinação), ora por ter vencido a parte que demandava no polo contrário. A sentença, decisão que põe “fim” a lide, apresenta-se como final da jornada e início de uma vida mais tranquila, cuja harmonia e paz social foram restabelecidas, por intermédio daquele que não deveria fazer faltar, qual seja o Estado. A glória eterna da salvação do mundo: autor, réu e Deus cujo pseudônimo é “juiz”. Vejamos que o Estado, interventor ou não, mas responsável pela manutenção da paz social, é o principal interessado na seara do Direito Processual. É como se o “nome” do Estado estivesse em “xeque”, como no Xadrez, cuja Rainha, deve se encurvar o rei e toda a sua corte. Como em um jogo de tábua, o Direito Processual está para quem mais sabe jogar. Seria Dante um grande jogador? Ou seria o sonho o maior vilão da história? Em Alice, o real e o imaginário se confundem na perpetuação dos interesses da decisão final. Ou ainda seria “Os Sapatos” de Van Gogh o maior símbolo da luta no “octógono” do processo? Sem lutas, sem mãos, sem luvas, estamos nós a despir o corpo nu da “Neguinha” do poeta popular.

Palavras-chaves: (Divina. Comédia. Direito. Processo)

Aborto Paterno e a tentativa de relegar a mulher à categoria de segundo sexo [6]


Rosangela Oliveira Souza
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
rosangela.ssa@gmail.com







Resumo: Sabe-se que atualmente há diversos pontos de discussões acerca da legalização do aborto (frisa-se não tratar o assunto apenas pela situação de estupro e fetos anencéfalos), e, pelo que pode-se perceber, há uma forte pressão da bancada evangélica no congresso nacional para que tal projeto não seja aprovado. Nota-se a forte presença dos dogmas cristãos e a tentativa de mais uma vez impor sua conduta cerceadora na liberdade da mulher. Vê-se também a mulher ainda hoje enquanto ser desprovido de liberdade para decidir sobre seu futuro. Levando em consideração, que, ainda que estejamos em pleno século XXI, é a mulher objeto-alvo da política retrógrada e misógina da moral cristã (que busca paulatinamente definir o certo e o errado, o bom e o ruim, o belo ou o feio, o justo ou injusto), podemos fazer uma comparação bem simplista: enquanto se discute sobre o fato da mulher poder ou não decidir se vai levar em frente uma gestação indesejada, há por outro lado, de acordo com dados divulgados pela Unesco,  5,5 milhões de crianças sem o nome do pai no registro civil. Então o cerne da questão é: se a mulher deve ser obrigada a levar em frente uma gravidez contra a sua vontade porque o Estado-juiz a impede de interromper esse processo, qual é o sentido de não criminalizar também o abandono afetivo e na maioria das vezes financeiro a que os pais submetem seus filhos? Não seria esse abandono um aborto paterno, uma vez que este abriu mão de ser figura presente na criação deste ser desde a sua concepção? Pelo que parece, ao homem cabe apenas o papel de provedor, caso ele se disponha a exercer esse papel, tornando assim extremamente natural o fato de que este não assuma nenhuma responsabilidade de uma criança por saber que não sofrerá nenhuma sanção penal, levando em consideração que o bem tutelado pelo estado é a vida, não estaria o pai, ao se isentar da sua parcela de responsabilidade sobre essa cria dificultando o cumprimento das garantias fundamentais estabelecidas pela nossa Carta Magna (artigo 5º, I) e ferindo o artigo 4º  do Estatuto da Criança e do Adolescente? Curiosa postura misógina pode ser observada que enquanto à mulher que pratica o aborto é imputada uma pena baseada no artigo 124 do Código Penal Brasileiro, ao homem que não assumiu legalmente a paternidade de um ou mais filhos apenas há campanhas para estimular o exercício da paternidade, como que se houvesse um ato de bondade no fato do homem deliberadamente ter assumido uma responsabilidade que é intrinsecamente sua. Para Simone Beauvoir, embora a mulher tenha conquistado sua liberdade, “a estrutura social não foi profundamente modificada pela evolução da condição feminina; este mundo, que sempre pertenceu aos homens, conserva ainda a forma a que lhes imprimiram.” (BEAUVOIR, 2009). Tomando como base estas afirmações, percebe-se que embora estejamos em pleno século XXI a mentalidade permanece ainda influenciado por costume medievais onde, pela forte influência do cristianismo, a mulher ocupa posições inferiores, o que poderia ser explicado pelo simples fato de ter sido gerada de uma costela.  


Palavras-chaves: (Mulher. Aborto. Direito.)

A Gestalt e a formação do convencimento do juiz

Silvia Monique Santos Cesar
Faculdade Ruy Barbosa - Salvador/BA
silviamcesar@hotmail.com

Resumo: No curso de Direito é buscada uma construção de conhecimento a partir  da curiosidade dos alunos no âmbito das questões relacionadas a como ocorrem os processos e as respectivas sentenças. Com o estudo do comportamento humano e trabalhos realizados com a finalidade de conhecer e aprofundar os fundamentos da teoria da Gestalt deu-se o início às primeiras descobertas de um refinado diálogo entre a formação da percepção e o cruzamento de informações das ciências. Tendo em vista que tais conhecimentos são estudados de maneira paralela e que a primeira vista parece tão distintos, foi possível vislumbrar a compreensão de além de entender também como funciona o princípio do livre convencimento judicial motivado, através da convergência de temáticas que estão abordadas, com vistas a respeitar as especificidades de cada objeto. A questão central proposta este estudo é analisar a jurisdição a partir do seu conceito, com vistas a compreender a formação do convencimento do juiz, tendo a teoria da Gestalt como aliada e corroborara para a formação da percepção acerca do caso concreto. Para cumprir com este objetivo, em um primeiro momento, fizemos o levantamento bibliográfico da categoria (em âmbito geral) de Jurisdição, em seguida, procuramos identificar na teoria da Gestalt com as suas peculiaridades e a sua relação no percurso para a formação da percepção – convencimento – do juiz acerca da lide. Quanto à abordagem da pesquisa, enquadra-se como sendo teórica. O desenvolvimento da pesquisa consiste na leitura de autores que desenvolveram pesquisas que perpassam a temática em estudo, a fim de embasar teoricamente toda a pesquisa. Desta forma, o presente trabalho buscou analisar os componentes estruturais que no atual momento acentuam a relação dialética entre a jurisdição e a teoria da Gestalt. A pesquisa é de natureza qualitativa do tipo bibliográfica já que consiste no estudo da teoria da Gestalt que servirá como alicerce para fundamentação da compreensão da formação da percepção da matéria e do convencimento do Juiz. A partir daí foram construídos sistematicamente comentários, citações e observações pessoais úteis para o desenvolvimento do trabalho acadêmico com consulta a teoria em questão. O trabalho está organizado da seguinte forma: A introdução seguida de três subtemas e as considerações. Na introdução estão localizadas as motivações e problemática “O que é jurisdição”? “O que é Gestalt?” “Como ocorre?” “Qual a relação da Gestalt nas atividades jurídicas forenses?” “Como a Gestalt está presente no desenvolvimento do convencimento do magistrado na aplicação do direito, como também as perspectivas e possibilidades de contribuição acadêmica do estudo em aportar discussões em torno da relação fundante entre a Jurisdição e a Gestalt, segundo subtema; no subtema posterior, uma explanação geral de Jurisdição bem como no terceiro subtema sobre a Gestalt. Enquanto no quarto é o que podemos chamar do olhar curioso que preferimos intitular de “ Formação do Convencimento do Juiz”. Os estudos também apontaram que a jurisdição é, em suma, sob a égide da perspectiva humana, fruto de múltiplas variantes no sentido comportamental. Tendo em vista a grande relevância dessa relação dialógica entre o Direito e a Psicologia (jurisdição e Gestalt), diante do estudo realizado, ainda não conseguimos encontrar nenhum estudo no âmbito dessa discussão, o que provocou uma inquietação e grande ansiedade em buscar maiores informações acerca das temáticas abordadas. Concluindo com as considerações na compreensão de que o estudo está começando.

*Palavras-chaves:  Jurisdição; Gestalt; convencimento do juiz; percepção.







Agencias Reguladoras: desafios e perspectivas


Silvia Monique Santos Cesar
Faculdade Ruy Barbosa (Rio Vermelho) – Salvador/BA
silviamcesar@hotmail.com
Autor 2
Instituição – Cidade/UF
Email
Autor 3
Instituição – Ciade/UF
Email


Resumo:  O Tema central proposto para este estudo é Agência Reguladora. A finalidade é  Investigar as atribuições das agências reguladoras, especificamente analisando o perfil e a atuação, os desafios que lhes são postos e conhecer as qualificações e competências que lhes são exigidas, bem como os desafios em tornar efetivas as funções (atribuições) às quais elas se propõem e compreender o seu caráter político. Trata-se, portanto, a pesquisa de natureza qualitativa do tipo bibliográfica, já que consiste no estudo dos conceitos, da natureza jurídica e do perfil de atuação das agências reguladoras, que servirão como alicerce para a compreensão e contextualização dessas agências na contemporaneidade, bem como em quais aspectos esses órgãos têm apresentado ou não o resultado esperado, e o porquê, apresentando os desafios e dificuldades atuais. Por fim apresentaremos, através da perspectiva política, como consiste a formação do corpo de gestores dessas agências reguladoras e a maneira como os mandatos são regidos. Utilizaremos o método dialético em sua inter-determinação. Quanto à abordagem da pesquisa, enquadra-se como sendo teórica. O desenvolvimento desse estudo consiste na leitura de autores que desenvolveram pesquisas que perpassam a temática em análise, com o intuito de apresentar fundamentação teórica para todo o estudo. A fase seguinte terá a preocupação voltada para uma leitura cuidadosa. A partir de então poderemos construir sistematicamente, por meio de apontamentos, comentários, citações, resumos e observações pessoais úteis para o desenvolvimento do trabalho acadêmico com consulta à Constituição Federal, à lei que rege as agências reguladoras, e ao entendimento de alguns magistrados e doutrinadores, nossos juristas que se debruçam ao estudo dessa matéria, a obra "Curso de Direito Administrativo" do autor Celso Antônio Bandeira de Melo e artigos científicos sobre o tema produzidos no Brasil durante os últimos anos, especificamente em sítios da internet. Para tanto e com o intuito de respeitar o objeto do estudo, inicialmente os artigos referentes à temática abordada foram pesquisados no banco de dados das bibliotecas eletrônicas SciELO com o enfoque das seguintes palavras-chaves: agências reguladoras, atribuições e competência, e qualidade. A organização deste estudo apresenta-se no seguinte formato: a introdução sequenciada de três subtítulos que servirão como encadeamentos das ideias  principais e as considerações. Na introdução procuramos esboçar com tranquilidade as nossas motivações e os problemas de investigação que nos levaram ao estudo da temática de vastos olhares e enfoques; os subtítulos seguintes reservamos para expor as primeiras compreensões acerca das Agências Reguladoras, em seguida no subtítulo de número três trataremos da historicidade e dos fundamentos das agências reguladoras  no âmbito do Direito Administrativo (público); o último item ficou encarregado de tratar das questões de cunho prático como: o perfil das Agências Reguladoras, atribuições, e exigências. Em caráter de conclusão do contexto no qual este estudo ora se apresenta, finalizaremos com as considerações, conscientes de que tal estudo tem muitas questões a serem analisadas e investigadas.  Nota-se ai a relevância acadêmica dessa pesquisa, pois a interpretação das categorias, significados e finalidades revela-se na importância de refletir criticamente o mundo e as relações sociais em que vivemos e questionar a estrutura econômico-político-social e cultural onde nos encontramos. Além da relevância acadêmica, encontra-se também a pessoal em aportar discussões em torno da relação estudo-pesquisa e construção do conhecimento. *Palavras-chaves: agências reguladoras; atribuições e competência; qualidade






Silvia Monique Santos Cesar
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
silviamcesar@hotmail.com



Resumo: O presente trabalho procura analisar os principais aspectos da estrutura do sistema recursal do Código de Processo Civil em vigor, dos atos processuais e seus prazos, e compará-la com a nova proposta legal, com vista a identificar os avanços ou retrocessos no âmbito da celeridade processual. Dentre os objetivos específicos estão: verificar a eficiência das novas ferramentas em tornar célere a tramitação dos processos, cotejar os diplomas processuais de 1973 e 2015, os respectivos prazos, analisando se estes novos intrumentos trarão a celeridade esperada aos processos na fase recursal. O cenário atual em que este estudo é desenvolvido revela o comprometimento e a autorresponsabilidade dos estudantes -  orientados por seus professore - que são oriundos das matrículas vigentes nas faculdades de Direito onde foram estabelecidas que o ensino do componente curricular Direito Processual Civil seria baseado no código de 1973. Trata-se então de uma busca e interesse comum de otimizar o tempo presente para realizar um estudo de caráter dúplice - aprender os códigos vigente e o novo -. A  construção crítica sobre o Sistema Recursal do CPC vigente e o novo CPC e as principais mudanças constituem grande relevância no âmbito acadêmico, pois a interpretação das categorias, significados e finalidades revela-se na importância de refletir criticamente o mundo e as relações sociais em que vivemos e questionar a estrutura político-social  onde nos encontramos. a relevância pessoal emerge no campo das reformulações tanto no campo da aprendizagem e da construção.  Para isso buscamos empregar metodologia de pesquisa qualitativa, que se caracteriza pela qualificação dos dados coletados durante a análise do problema com o intuito de ampliar os conhecimentos, fundamentando-se no estudo de referenciais teóricos, tendo empregado onde os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social; as contradições se transcendem dando origem a novas contradições que requerem soluções. No ponto de vista dos objetivos metodológicos deste estudo, escolhemos o tipo de pesquisa que é exploratória com vista a proporcionar maior familiaridade com um problema em razão de escolhermos para procedimentos técnicos da investigação o levantamento bibliográfico, com consultas ao Código de processo civil de 1973; Código de processo civil de 2015; Novo CPC - fundamentos e sistematização - Humberto Theodoro jr. e artigos acadêmicos em sites da internet por permitir construir sistematicamente apontamentos, após as leituras cuidadosas das diferentes fontes, tecer comentários de caráter sólidos e selecionar citações, construir resumos e observações pessoais úteis para o desenvolvimento do trabalho acadêmico. Em linhas gerais, o estudo busca identificar no novo Código de Processo Civil avanços e recuos na busca em tornar os procedimentos mais céleres. Atenta para o fato de que tal estudo é complexo para estudante do quinto semestre do curso de Direito, e desafiador no que se refere a apresentação do olhar de quem tem muito a saber, procuramos construir o trabalho de investigação na seguinte estrutura: CPC atual versus O novo CPC - Breve histórico do contexto, proposta de mudança; o Sistema Recursal no Novo Cpc e finalizaremos com as ponderações finais, fruto do estudo e da interpretação.*Palavras-chaves:  sistema recursal; CPC/73; CPC/2015








Carla Presidio de Oliveira

Resumo: Dentre tantas possibilidades para apresentar estudos sobre as vertentes do Direito do Consumidor, esta pesquisa teve sua delimitação no Bullying nas Escolas Privadas. Isto posto, é válido ressaltar que o estudo dos Artigos 6° e 14° e seus parágrafos do Código de Defesa do Consumidor é de fundamental importância para melhor compreensão do presente trabalho.Diante do cenário acerca do Direito Previdenciário, decidi delimitar o presente estudo no critério objetivo da miserabilidade para a concessão do benefício assistencial, já que existem pessoas com renda per capita mensal um pouco acima de ¼ do salário-mínimo e ainda assim vivem condições miseráveis. No entanto, a lei determina que para a concessão do benefício de prestação continuada o idoso ou o deficiente deve preencher o requisito de ter renda per capita inferior a ¼ do salário-mínimo. Tendo em vista que a Constituição Federal de 1988 garante expressamente em seu art.1º, III, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, optei pesquisar sobre o referido tema porque acredito que o critério da miserabilidade analisado sob o aspecto da renda mensal familiar inferior a ¼ do salário-mínimo deveria ser relativizado, visto que a análise taxativa deste critério pode afastar tantas pessoas que sejam idosos de 65 anos ou deficiente físico ou mental que também vivem condições miseráveis com renda per capita um pouco superior a ¼ do salário-mínimo. Após diversas pesquisas realizadas foi possível perceber que o critério da miserabilidade como requisito para a concessão do benefício assistencial de prestação continuada ainda acarreta várias discussões na área acadêmica. De um lado, a defesa de possível relativização do critério da miserabilidade, do outro, a aplicação taxativa da Lei nº 8.742/93 por parte do INSS. Neste sentido, é preciso juntar mais vozes para que o debate seja ampliado e assim se expandir no meio acadêmico. Palavras-Chave: bullying – escolas privadas - direito














Dimensão jurídica do poder: um olhar com enfoque nas relações intersubjetivas.

Ítalo Victor de Aviz Lisboa
Faculdade Ruy Barbosa - Salvador/BA
Italolisboa.ja@hotmail.com


Resumo: Os seres humanos enquanto indivíduos desenvolvem sua consciência sobre as necessidades em um dado meio social e grande parte delas são satisfeitas através desse meio. Entretanto, todo ser humano possui particularidades, dassa forma, seus desejos pessoais precisarão ser alcançados individualmente. Tendo em vista que o homem via de regra tentará satisfazer primeiramente seus desejos, não medirá esforços para conseguir tal feito. Em face das muitas relações e dos muitos conflitos que ocorrem todos os dias, Calmon de Passos afirma que “o direito não é texto escrito, nem os códigos, nem as leis, nem os decretos, nem as portarias. Tudo isso é silêncio, são apenas possibilidades e expectativas. O direito somente é enquanto processo de sua criação ou de aplicação no caso concreto da convivência humana”. Segundo Aristóteles “O homem é por natureza um animal social”, logo, não existe homem, sim o homem convivente, a sociedade dos homens, a espécie humana. Desta forma, o ser humano é moldado a partir do meio em que vive. No espaço social é que realizamos nossa condição humana, essa condição é inerente a todos os indivíduos. Os homens se organizam para conviver, não simplesmente se juntam, essa organização leva a uma hierarquização na sociedade, tal hierarquização coincidirá na existência de um centro de poder. Para Calmon de Passos existem três tipos de poder, o poder político, econômico, e ideológico. A interação desses três poderes se faz necessária para a existência de uma ordem social. A ordenação das relações humanas encontrarão sua matriz nos conflitos do caso concreto em sua interação com os fatos econômicos. A partir do momento que os homens se organizam como sociedade, precisam de parâmetros morais e éticos que possam nortear seus comportamentos para os outros. A ética é dividida em quatro searas, a transcedência – servidão do homem a outros homens em nome de Deus que, a existir, seria acessível a todos os homens e atuante a todos eles -, a imanência – servidão a uma natureza que, de tão desmaterializada, se faz sobrenatureza-, a ahistórica, transcedente ou transcedental, que tem seu fundamento no jusnaturalismo rousseaniano, no empirismo de D’Alembest e na teoria que versa sobre os homens se relacionarem com o mundo através de sensações. E por último, a ética intersubjetiva, onde os próprios homens podem interagir comunicativamente uns com os outros. A teoria normativa da democracia deliberativa de Habermas, se baseia nas condições comunicativas nos quais pode ocorrer uma formação discursiva da vontade e da opinião de um público formado pelos cidadãos de um Estado. Habermas retoma o projeto histórico-filosófico da modernidade , atribuindo a opinião pública a função de legitimar o domínio político por meio de um processo crítico de comunicação sustentado nos princípios de um consenso racional motivado. A linguagem é concebida como garantia de democracia. Calmon de Passos se utiliza de uma metáfora para explicar o direito, dizendo que o direito é medicamento com que procura-se restabelecer a saúde da convivência social. Feliz é a sociedade que precisa de poucos médicos assim como também feliz é a sociedade que precisa de poucos juristas.



Palavras-chaves: Ética, poder, direito, intersubjetividade.


Título do trabalho: Direito ao corpo: A arte da subjetividade no discurso jurídico[7]


Gabriel Lopes de Andrade
Universidade Federal da Bahia – Salvador/BA
gabriel.lopes.andrade@hotmail.com






Resumo: Eu sou. Eu fui. Eu vou. Eis o pensamento racionalista que efervesceu no âmago social durante o precioso Século das Luzes, conhecido também como Iluminismo. O movimento da racionalização que permite ao homem um desenvolvimento indeterminável causou e causa em todos os núcleos da sociedade um grande alvoroço, sobretudo no que tange o surgimento de u movimento antropocentrista em oposição ao teocentrismo. Numa comunidade ideologicamente judaico-cristã, os homens, antes alienados nas crenças divinas prometidas por meio dos escritos bíblicos, rompem com suas “crenças” e passam a se posicionarem no centro de toda e qualquer manifestação. Sendo o homem o centro, isto é, eixo central do qual depende toda a rotatividade das coisas, há também a marcha em direção à quebra dos paradigmas que “dignificam” o seu corpo. Eis então que o corpo do homem começa a tomar proporções outras, distanciando-se da moldura definida pelo cristianismo, devidamente sustentada por Santo Agostinho, mas que outrora fora objeto do magistério de Platão. A velha bula que definia o corpo como prisão da alma, perde lugar para a maximização do corpo enquanto palco onde ocorrem as grandes manifestações do mundo e do homem. O corpo passou a ser a representação do alter ego do homem, isto é, o Corpo é o próprio homem. Em outros termos, passou o corpo a não ser mais receptáculo da alma e sim o veiculo que proporciona a sua manifestação física, a carne é parte fundamental do homem. Até porque alma sem corpo é alma vaga, incoerente e inconseqüente. Neste sentido, embasados na liquidez da modernidade e nas construções subjetivas dos sujeitos aborda-se o direito ao corpo. O corpo e as suas diversas faces nos diversos contextos sociais, e sendo o Direito abrangente e tangente a todas as experiências sociais, como ele aborda o corpo? O Século XX, segundo Merleau-Ponty foi o grande cenário no qual desapareceu a linha divisória entre corpo e alma, embora no âmbito das ciências humanas, essa divisão ainda se faz latente, o Direito ainda apresenta-se dentro de um positivismo científico traço característico do paradigma emergente. Segundo Boaventura Santos, a pós-modernidade é abraçada pelo paradigma emergente, no qual a ciências sociais terão grande influência sobre as ciências naturais, portanto é de suma importância que o exercício do Direito, reconheça o corpo dentro dessa perspectiva filosófica e social de completude dos sujeitos. Eis então que no palco da vida, surge a figura do corpo andrógeno. O corpo definido como “alienígena”. Fala-se do corpo não padrão que faz da sua alma a letra e do seu corpo a realização do espetáculo seja ele bom e/ou ruim numa abordagem Nietzschiana. Trazendo centro o corpo desfigurado, aquele que não se encaixa nas definições e parâmetros sociais, percebe-se que a própria sociedade que anseia por liberdade não se habitua aos frutos da mesma. Nos dizeres do poeta popular, é o corpo móvel da neguinha. Ou ainda, o corpo híbrido da zombaria e sexualidade de Orlan. Nesta esteira discursiva, pensa-se o corpo das performances, ao mesmo tempo subjetivas, sociais e políticas no cenário social e jurídico brasileiro.

Palavras-chaves: Corpo. Subjetividade. Arte.


Entre a “Flor e a Náusea”: um debate sobre manifestações populares e “ciberdemocracia” na conjuntura política brasileira após julho de 2013.[8]

Wendel Machado[9]
Fac. Ruy Barbosa – Salvador/Ba
wendelmsouza@hotmail.com


Resumo: Embora, o ato de manifestar-se esteja presente em vários momentos da história pátria, há a disseminação de certo senso ordinário que perpetua uma imagem de apatia política por parte dos brasileiros. Entretanto, preciso se faz recordar que, especialmente após a redemocratização do país, nossa história política foi marcada pela presença de manifestações populares empregadas como veículo da expressão das insatisfações sociais.  Assim ocorreu com o movimento “Diretas-Já” na década de 80, objetivando o fim das eleições indiretas; também com os “Caras Pintadas” nos anos 90, que culminou na destituição do Presidente Collor de Mello; bem como com os protestos de Julho de 2013, ocasionados primariamente pelos aumentos nas tarifas de transporte, mas que agregou uma multiplicidade de causas outras.  Não obstante haja muito em comum entre os movimentos citados, as manifestações de julho de 2013 se diferenciaram por ter se originado primeiro nas redes sociais, depois ganhando as ruas. Estas pautas se inserirem, então, em um novocontexto do homem político: experiência social pelo emprego das mídias digitais.A popularização do acesso à rede mundial de computadores incluiu os brasileiros no que foi denominado por Pierre Levy como “cibercultura”, ou seja, a vivência universalizada da sociedade no espaço virtual. A atividade política também é realizada nesse ambiente e se reveste de uma característica expansão da participação do cidadão na coisa pública pelo emprego das tecnologias da comunicação, de forma a possibilitar ummodus operandi diferenciado pelo maior grau de ativismodireto nos processos decisórios e de fiscalização, instando, na quebra com a lógica da apatia, no sentido maximização da efetividade participativa. Pretende-se, então, traçar reflexões sobre as manifestações populares instrumentalizadas pelos meios virtuais, bem como cogitar acerca do possível desenvolvimento de uma ciberdemocracia na política brasileira após os protestos de julho de 2013, partindo dos conceitos elaborados por Pierre Levy, Dalmo Dallari, Alvin Toffler, entre outros. Para tanto, também será estabelecido um paralelo literário com a obra “A Flor e a Náusea” de Carlos Drummond de Andrade, transladando este poema, escrito no período da segunda guerra mundiale publicado pela primeira vez em 1945 no livro “A Rosa do Povo”, para o momento em estudo, isso porque, de acordo com o pensamento de Umberto Eco, a obra de arte aberta em si ganha novos sentidos a partir de cada relação fruitiva que estabelece com o observador e não é, portanto, estanque ao tempo em que foi produzida. Seguidamente, o estudo realiza, ainda, uma breve explanação sobre as ferramentas, os elementos necessários para isso, bem como a sua viabilidade jurídica. Por fim, espera fomentar cogitações através do dialogo intertextual e transdisciplinar com literatura de Drummond, utilizando das categorias filosóficas de realidade e possibilidade para refletir, numa acepção metafórica, sobre a práxis política atual simbolicamente expressa pela “náusea”, debater as manifestações populares por meio ciberdemocracia e se esta poderia vir a tornar-se “flor” capaz de romper a o asfalto da náusea traduzida como indiferença do povo e dos governantes em face de uma sociedade gravada por heterogeneidades em vários campos, (des)construindo os conceitos democracia e de vontade geral nos tempos hodiernos.

*Palavras-chave:Política, Ciberdemocracia,Manifestações Populares.





Direito Fundamental à Água?  Quando o Brasil vivencia “Vidas Secas” e a água não brota das leis. [10]

Wendel Machado[11] - Fac. Ruy Barbosa – Salvador/Ba- wendelmsouza@hotmail.com

Resumo: A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 traz imediatamente em seu artigo primeiro, como princípio fundamental do Estado, dentre outros: “a dignidade da pessoa humana”. A partir desse mandamento, uma ampla ramificação de direitos e garantias se desenvolveu no texto constitucional brasileiro, de forma a modular um complexo jurídico capaz de possibilitar o cumprimento do conteúdo axiológico aí expresso.  Nessa direção, se encontram estabelecidas as diversas gerações de Direitos Fundamentais, que são caracterizados, nos dizeres de Karl Loewenstein, como “[...] princípios superiores à ordem jurídica positiva, ainda quando não estejam formulados em normas constitucionais expressas. Em sua totalidade, estas liberdades fundamentais encarnam a dignidade do homem”, isso porque, são plenamente afetos à própria existência humana, guardando estrita relação de essênciacom Direitos Humanos, que, como afirma Dirley Cunha Jr., pretende conferir “a todos, universalmente, o poder de existência digna, livre e igual”, diferindo um do outro na doutrina no que tange a natureza interna dos Direitos Fundamentais e internacional dos Direitos Humanos. A veemência das ciências naturais em categorizar a água como bem indispensável à manutenção da vida humana não possibilita hermenêutica outra senão o entendimento de que a água constitui espécie dessa categoria de direitos essenciais fundamentados na dignidade do homem. Ainda que se possa chegar a tal conclusão com tamanha celeridade, quase a beirar a obviedade ou o senso ordinário, o reconhecimento dessa premissa é envolta em incertezas e controvérsias que se perpetuaram de maneira atávica por muitos anos sem chegar a um consenso pacífico, pois seja no campo internacional ou interno, não há a clara e inequívoca definição da água como direito essencial. Conquanto já se tenha havido tentativas de emenda à Constituição para que fosse inserto ao eminente rol dos direitos e garantias fundamentais, por meio das PEC’s n° 39/2007 e n° 231/2012 (apensada à primeira), até o presente momento não se concretizaram tais intentos, de tal modo que sua existência é derivada por inferência de leitura extensiva do direito social à saúde e correlatos. Recorda-se, assim, que há um caráter adjetivo a ser observado: água digna, ou seja, de boa qualidade, potável, própria para o consumo humano, num sentido plural. Igualmente, não se pode furtar a percepção de que, como um bem sujeito a escassez, a água tem valor econômico e, por isso, está submetida aos ditames da propriedade e do mercado. De tal modo que o seu reconhecimento como Direito Fundamental, tem implicações tantas que poderia, sem risco de equívoco, mesmo dizer que há uma função social da água. Hodiernamente, o tema voltou a ganhar relevância pela crise hídrica que incide sobre a região sudeste do Brasil, mas que é conhecida do semiárido nordestino desde tempos longínquos. Mesmo que a gênese de tal colapso tenha explicações geográficas, assumir a acepção de bem econômico aduz à crítica de estes necessitam de gestão e mais, de que o Direito tem se mostrado insuficiente para a garantia da universalidade de tal direito. Assim, com a estiagem de água onde antes havia abundância, de água e de poder econômico, o problema se generaliza e se torna comum a todos: todo o país vivencia a aridez que escancara a infertilidade jurídica para a defesa de virtudes primárias, enquanto a legislação se embriaga na mera proliferação de textos legais, a falta do Direito para além da letra da lei não garante acesso à água por parte da população. Destarte, o presente trabalho pretende utilizar da obra literária “Vidas Secas” de autoria de Graciliano Ramos para estabelecer relações entre a crise hídrica e defesa de direitos fundamentais, considerando o aspecto de dignidade da pessoa humana e as implicações teóricas e práticas do pleno reconhecimento da água como Direito Fundamental. Para tanto, se utilizará de uma análise dos textos Constitucional e legal para dimensionar a extensão do direito a água no ordenamento jurídico brasileiro, confrontando-o com dados históricos e estatísticos que possam demonstrar a situação do acesso à água por parte da população brasileira nas regiões afetadas pela seca, a fim de suscitar debate sobre a eficácia social da defesa dos direitos fundamentais no combate a crise hídrica.

*Palavras-chave:Água, Direitos Fundamentais, Crise Hídrica, Vidas Secas
Direito pra que(m)?: A identidade nacional para compreensão do Direito[12]

Maísa Conceição Lobo - Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA -maisaclobo@gmail.com
Resumo: Equivocado é o pensar que ignora o Direito como uma manifestação essencial à busca d’um reconhecimento do povo brasileiro enquanto um povo diverso que constitui uma nação. O Brasil, por ser um país genuinamente mestiço devido ao processo histórico-invasivo que se deu na sua fundação, atualmente encontra-se num paradigma social sobre o reconhecimento da sua verdadeira identidade enquanto povo. A sua dimensão continental, a relevância dada à determinada região em detrimento das outras, e a imagem herdada dos europeus em relação ao nosso povo determinou veementemente a visão holística de um indivíduo nascido em solo brasileiro sobre sua condição de cidadão nativo. Após a decaída do regime ditatorial de 1964 a 1985, pairou-se sob a sociedade brasileira a necessidade de uma nova ordem jurídica que regesse o Estado frente ao recente temor de um novo governo ditatorial e repressivo. Assim, desde que instaurada a nova constituinte após longas crises no cenário jurídico-social na nossa sociedade, o Estado Democrático de Direito restaurou a segurança social e impôs sob a égide constitucional todos os cidadãos brasileiros à tutela jurisdicional desta. O Direito, assim, obteve o ápice na sua mais plena aplicabilidade, o papel do Estado fez-se relevante para a garantia dos Direitos afirmados na Carta Magna. Tal papel que deu vazão a uma responsabilidade institucional aquém de uma capacidade político-social, uma capacidade para admitir que aqui no Brasil as leis não possuem a mesma função preventiva/repressora à todos os cidadãos deste território nacional. Nesse inteire, renasce aqui um Direito, herdado da aspiração ao bem estar social por um ideal filosófico advindo da Grécia concretizado com o povo helenístico, e por aqueles que tinham como ideal a aplicabilidade das aspirações sociais numa prospecção baseada na “práxis”, na execução do poder-regular do Estado Romano. Destarte, este Direito encontrou no território brasileiro não só a dificuldade na eficiência dos instrumentos jurídicos constitucionalmente assegurados cabível às instituições, como também, na garantia da tutela jurídica baseado no verdadeiro ideal de Justiça independente dos aspectos sócio-culturais (raça, credo, gênero, idade, classe social, religião, profissão, etc.), aspectos políticos (pluralismo partidário, posição no espectro político, participação em movimentos sociais), e aspectos intrínsecos à imagem do nosso povo enquanto povo, entre outros. Ressalvo este último, em que a grande importância está no seu campo de atuação. Ou seja, quando há falha ou omissão por parte do Estado em relação á efetiva proteção jurídica que todo Estado Social Democrático deve tutelar a todos, revelado estará um ideal cínico de Justiça, e uma falácia institucional que incorre numa distorção grave do verdadeiro valor da Justiça e da confiança nesta incutido no subconsciente coletivo. Assim, o princípio da igualdade estar-se-á dissolvido pelos que possuem poder e privilégios em razão daqueles que são mais alvo da característica repressiva da lei do que tutelados pelas garantias constitucionais. No Brasil, ao contrário dos aspectos acima citados, o Direito tem nome, sobrenome e lugar de morada. Por mais políticas públicas que sejam sancionadas pelo Executivo, por ações e medidas judiciais favoráveis à compensação das discrepâncias sociais, por mais que busquemos sanar os litígios nas relações horizontais (particular X particular) ou verticais (particular x Estado) intermediados pelo Judiciário, não deverão ser o bastante para provocar o povo brasileiro a reconhecer- ainda e principalmente no campo moral- sua identidade como um povo que carrega em si uma semelhança geneticamente originada, sumo de uma história compartilhada e sofrida (pelos negros, índios) juntamente com os imigrantes que pra cá vieram construir um povo heterogêneo culturalmente, mas homogêneo na sua miscigenação. Por encerrar, concluso estará nos autos: o Brasil é um só. A política infere a todos os representantes e representados, a Administração regula o Estado e todos os administrados, faz-se necessário a Justiça ser aplicada a todos. Uma justiça sem predicados intencionalmente atribuídos, sem sujeitos privilegiados, que façam jus à fenda da Deusa Diké. E como seus olhos tapados se façam os nossos, para que não nos enxerguemos mais como “um simples reflexo da cosmovisão européia, que considerava os povos coloniais racialmente inferiores [...] resultado de um processo colonizador que não se limitava a cultivar somente terra, mas também uma cultura. Que teve um sentido: cultivar, além terra, seres humanos”. (LIXA, Ivone Fernandes Morcilo. 2010).  
*Palavras-chaves: Direito. Identidade Nacional. Aplicabilidade da lei.
Hannah Arendt: Poder, Liberdade, Direito Penal Brasileiro e os Direitos Humanos[13]


Carla Estela Rodrigues
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
carla.estela_@hotmail.com




Resumo: Hannah Arendt possuía uma personalidade extraordinária, teve como poucos pensadores a característica de provocar qualquer pessoa que se aproximasse de suas obras. Em seu itinerário intelectual causou diversas polêmicas, não só pelo teor de suas posições maduras, mas, sobretudo, pela originalidade do seu modo de pensar e expor suas ideias.  A filosofa, jornalista, poetisa, teórica política e professora universitária foi responsável por diversas obras que se destacam pelo universo de indagações sobre o querer, o pensar, e o julgar, tais como: “O Conceito de Amor em Santo Agostinho”, “A Condição Humana”, “Eichmann em Jerusalém: Um relato Sobre a Banalidade do Mal”, “Sobre a Violência” e “A Vida do Espírito”.  Neste sentido, ao deixar um fervoroso legado intelectual e humanista, Hannah Arendt é considerada como uma das mais importantes pensadoras do século XX. As suas obras analisadas no presente estudo, convidam o leitor a refletir sobre a política, o totalitarismo, a responsabilidade, a verdade, o mal, a justiça, o estar e compartilhar o mundo e principalmente sobre a violência. Outrossim, faz-se necessário ressaltar que os seus escritos ultrapassam a fronteira do tempo e merecem ser analisados, posto que continuam a dialogar com os pensamentos e questões contemporâneas, a exemplo do paralelo a ser realizado entre o termo “banalidade do mal”, introduzido pela primeira vez no livro “Eichmman em Jerusalém: Um relato Sobre a Banalidade do Mal” com o recente linchamento da dona de casaMaria de Jesus, de 33 (trinta e três) anos, no bairro do Guarujá, em São Paulo. Oportuno esclarecer que, é inegável que na contemporaneidade a violência se estabelece cada vez mais como uma constante. Nas ciências humanas, em geral, figuram uma série de estudos em torno do crime e da criminogênese em seu caráter de elemento social, inerente às relações entre os homens. No entanto, é lastimável que ao percorrer um catálogo de biblioteca, encontramos poucos trabalhos que se dedicam a pensar e discutir a violência, enquanto fenômeno historicamente efetivado. Destarte, a presente pesquisa se torna relevante para compreender e se aproximar através dos pensamentos de Hannah Arednt, de um modelo de política criminal que tenha efeitos positivos para a sociedade brasileira e que interprete a violência como um fenômeno histórico, a fim de assegurar efetivamente o bem maior do ser humano: a vida.


*Palavras-chaves: Hannah Arendt – obras – violência











Entre o Passado e o Futuro: A ruptura da Tradição com o Mundo Moderno[14]


Carla Estela Rodrigues
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
carla.estela_@hotmail.com




Resumo: Entre o Passado e o Futuro é uma obra extraordinária da filósofa Hannah Arednt, o livro aborda a ruptura entre o mundo antigo e a época moderna, tendo como principal reflexão a ideia de que a crise existente na idade contemporânea é de natureza política. Neste sentido, Hannah Arendt aponta quais foram as causas do rompimento da tradição com a modernidade, assim como quais foram as consequências que esta ruptura trouxe para a nossa sociedade. Outrossim, faz-se necessário esclarecer que, o livro é dividido em oito capítulos, os quais convidam o leitor a realizar uma análise crítica do mundo antigo, passando pelos pensamentos de Platão, Aristóteles, até chegar nas ideias de Marx, Nietzsche e Kiekergaard. Diante do exposto, o presente estudo tem como finalidade trazer um dos pontos mais emblemáticos da obra Entre o Passado e o Futuro, qual seja: a crise que perfaz a cultura e a educação na idade moderna, uma vez que para Hannah Arendt quando a política começou a preocupar-se com a esfera privada, a cultura e a educação passaram a ser um mero instrumento de mobilidade social. A filósofa afirma que, a educação e a cultura estão cada vez mais desvalorizando-se; afinal, são vistas pela sociedade moderna como meros objetos funcionais, e cuja função é garantir o processo vital da sociedade, ou satisfazer as necessidades desta mesma sociedade. Essa desvalorização da cultura, da educação e a ambição pela ascensão do status social gerou uma sociedade competitiva de consumo, onde, segundo Hannah Arendt, o homem tornou-se apático e hostil em relação à vida pública. Destarte, ao analisar os escritos clássicos da filósofa iremos perceber que o rompimento entre o passado e o futuro ocasionou uma grave crise na modernidade e uma crise nos obriga a pensar, podendo ter uma reflexão com ideias novas ou até mesmo antigas, o importante é a oportunidade por ela proporcionada à refletir.


*Palavras-chaves: Hannah Arendt– passado – moderno – educação - cultura

















Memórias da Ditadura: O Caso Jurídico Emiliano José x Átila Brandão[15]


Carla Estela Rodrigues
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
carla.estela_@hotmail.com




Resumo: A Consolidação de políticas que resgatam a memória e a verdade durante o atual governo são reflexos da necessidade de repensar a autenticidade do processo de redemocratização do Brasil. Com isso, este trabalho teve como objetivo demonstrar a importância de restaurar o nosso passado buscando revelar as diversas violações aos Direitos Humanos, ocorridas entre os anos de 1964 a 1985 no país. Para tanto, a nossa pesquisa iniciou-se revelando as memórias de um passado bárbaro com relatos autobiografados e finalizamos com o estudo doemblemático caso jurídico Emiliano José x Átila Brandão. Oportuno esclarecer que, no dia 13 de Janeiro de 2013, o Escritor e ex-preso político Emiliano José da Silva construiu de forma poética o texto A Premonição de Yaiá, mais uma história sobre vítimas algozes e fatos da ditadura militar que lhe rendeu uma ação por danos morais e diversas queixas-crime movida pelo pastor Átila Brandão, no sentido de calar a memória documentada pelo ex-preso político. Destarte, o presente estudo questionou qual a verdade que a memória pode resgatar? E o que pode ser dito sobre o período militar? Imperioso ressaltar que, este caso ganhou grande destaque na sociedade por colocar o poder judiciário em uma situação singular e muito complexa. De um lado, entendemos que o poder judiciário não tem autonomia para calar ninguém que já sofreu com as torturas; do outro, tem a função de não permitir que se diga que qualquer pessoa foi torturador. Sem dúvidas que, a prova testemunhal e documentos ligado a época trouxe a solução da lide, resguardando ao jornalista Emiliano José da Silva o seu direito de liberdade de imprensa. Outrossim, salientamos que é inegável que a implantação de um regime político repreensivo ocasionou no Brasil um rompimento total da nossa Constituição. Afinal, foram vinte e um anos de torturas, sequestros, estupros, assassinatos, ocultações de cadáveres, entre outros crimes cometidos por militares em nome do próprio Estado. Contudo, diferente do que ocorreu no Paraguai (1954), na Argentina (1966), no Chile (1973), e no Uruguai (1973); o Brasil é o único país-membro da operação Condor no Cone Sul a não punir os crimes da ditadura. Neste prisma, questionamos onde se insere o sentido de justiça no resgate à memória e a verdade sobre o que ocorreu de fato durante o governo militar? Assim, o presente trabalho trouxe inúmeras reflexões a respeito da falta de punição para com os torturadores do governo ditatorial. Mais que uma reconstituição, a memória e a verdade devem estar acompanhadas da pratica de justiça. Afinal, tem-se no testemunho de uma vítima que: quando as feridas do passado não são fechadas, os males voltam.


*Palavras-chaves: Memória – ditadura – direitos humanos – Emiliano José – justiça






O acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural na crise da propriedade intelectual.[16]

Autor 1
Ezilda Claudia de Melo – Salvador-Bahia
Email: ezildamelo@gmail.com



Resumo:  As tentativas de regulamentação jurídica da Internet no Brasil culminaram com a aprovação da Lei 12.965/2014, Marco Civil da Internet, que dispõe sobre princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em relação à matéria. De acordo com o artigo 4º da Lei 12.965/2014, a disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a promoção: dentre outros, do direito de acesso à internet a todos e o acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução dos assuntos públicos. Pergunta-se: a Lei 12.965/2014 dá prevalência ao direito à informação em detrimento do direito da propriedade intelectual? Em afirmativo, isso representa algum impacto à eficácia dos direitos fundamentais nas relações sociais? Com a omissão da proteção ao direito da propriedade intelectual na Lei 12.965/2014 existe um prejuízo ao direito do auto? Há eficácia do direito fundamental à propriedade intelectual nas  relações sociais a partir do binômio direito do autor x direito à informação, tomando como base discursiva a análise do que preceitua a Constituição Federal em seu artigo 5º, XXVII; a Lei dos Direitos Autorais (Lei 9.610/1998) e a Lei do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014)? Estas questões serão discutidas na apresentação sobre essa temática.

*Palavras-chaves: Direito; Marco Civil; Direitos Autorais























Precatórios: criação, desenvolvimento e perspectivas jurídicas a partir da decisão do STF nas Adis nº 4357 e 4425.[17]

Autor: Priscila Peixinho Maia
Instituição – Cidade: Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/ Ba.
Email:priscilapeixinho@yahoo.com.br



Resumo:  O tema deste estudo é: “Precatórios: criação, desenvolvimento e perspectivas jurídicas a partir da decisão do STF nas Adis nº 4357 e 4425”. Trata-se de uma análise do instituto, sua alteração normativa ao longo dos anos, e a nova roupagem/perspectiva jurídica a ser dada à sistemática de pagamento dos débitos estatais a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado de constitucionalidade.  Para tanto, o caminho seguido parte da criação dos precatórios até os contornos de sua previsão normativa hoje. Para percorrer o referido caminho, fez-se necessária a divisão do estudo em cinco capítulos principais. No capítulo 2, denominado “Precatório: Análise ontológica e histórica”, procurou-se responder três questões básicas, quais sejam: O que é precatório, quem o inventou e por qual motivo. As respostas da primeira e última pergunta indicam a essência e teleologia do instituto. A resposta da pergunta intermediária é de cunho histórico, não menos fundamental para complementação do que se entende por “essência” (o que) e “motivo” (por que) dos precatórios.  Os capítulos 3 e 4 se voltam a uma análise científica do regime jurídico-constitucional dos precatórios. No capítulo 3, denominado “O regime de precatórios na Constituição Federal de 1988: Tratamento original e primeiras modificações.” são comentadas a disciplina do instituto na sua previsão original, logo após promulgada a Constituição, disposta no texto do artigo 100, além do artigo 33 do ADCT. Ademais, verificadas foram, descritivamente, as principais modificações produzidas sobre a originalidade do texto pelas Emendas Constitucionais nº 20 de 1998, nº 30 de 2000 e nº 37 de 2002. O capítulo 4, denominado “As modificações trazidas pela Emenda Constitucional nº 62 de 2009”, na mesma linha do anterior, descreve, com maior enfoque, as alterações trazidas pela citada Emenda tanto ao texto do artigo 100, quanto com a inclusão do artigo 97 ao ADCT. Fez-se, nos capítulos 3 e 4, análise científica, contudo, da leitura é possível interpretar o que era, deixou de ser e, também, passou a ser precatório com as mudanças no texto da Constituição. As ações, voltadas contra vários dispositivos trazidos pela Emenda Constitucional nº 62 de 2009, tiveram analisas – genericamente – suas causas de pedir e pedido. Em seguida, verificou-se de que forma o Supremo decidiu, no mérito, pela inconstitucionalidade da Emenda, e quais os argumentos “temperados” ou divergentes a esta inconstitucionalidade.  Em seguida, e de modo reflexo às supracitadas modificações, centrou-se o trabalho, no capítulo 5 nas principais causas de pedir e pedido das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4357 e 4425, impetradas contra vários pontos da EC nº 62/2009, bem como no desfecho dado ao STF na análise de mérito das Ações. O último capítulo, de número seis, denominado “A decisão do Supremo Tribunal Federal nas Adis nº 4357 e 4425 e perspectivas”, adota postura interpretativa (construtiva) do que é precatório ou deve significar sê-lo. Parte-se, para isto, da interpretação dada ao posicionamento firmado pela preponderância da tese vencedora na decisão de mérito do STF. Tal capítulo fixa o entendimento do estudo pela Inconstitucionalidade da Emenda. Por fim, teceu-se crítica à possível preponderância desta inconstitucionalidade – com uma espécie de declaração apenas “formal” – a depender do tempo despendido pelo STF na modulação dos efeitos temporais do decidido nas Adis.


*Palavras-chaves:

Constitucional; Execução; Fazenda Pública; Precatórios; Emenda Constitucional nº 62 de 2009.






Juliana Manciola Mascarenhas Guerra


Resumo:  O tema abordado envolve a bitributação, para essas empresas, realizada pelo Brasil do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Em tempos de ajustes fiscais a fim de equilibrar as contas do governo federal, a tributação está sendo o carro-chefe para alavancar nossa economia e atinge diretamente à população e às empresas. E como todo empresário almeja o aumento do lucro, alguns arriscam levar a sua empresa para o exterior. Além de encontrarem barreiras culturais e econômicas, esbarram em tributações cobradas nos países onde se origina e onde se instala, desestimulando, muitas vezes, a expansão da empresa no exterior ou a sua manutenção no país estrangeiro. O que influencia no não cumprimento da função social empresarial pelo o Estado. O objetivo desse Projeto é adquirir informações sobre essa bitributação realizada pelo Brasil a essas empresas a fim de demonstrar a carga tributária exigida a elas, interpretar a visão da União e do empresariado genuinamente nacional e opinar sobre o que pode ser feito para amenizar ou subtriar essa tributação.   A metodologia utilizada é a exploratória, descritiva bibliográfica, pois é um tema em voga entre os tributaristas nacionais que analisam a tributação imposta a essas empresas que atuam no exterior e que pesquisam uma forma de modificar esse meio de arrecadação financeira da União a fim de incentivar o desenvolvimento da empresa nacional. Após esse levantamento bibliográfico, a acadêmica tornar-se-á apta a responder se a bitributação realmente existe a essas empresas e em que proporção afeta em seu desenvolvimento e se é necessária ou se a bitributação poderá ser extinta ou diminuída demonstrando que a União com intuito de arrecadação ultrapassa a barreira constitucional que lhe compete à cobrança.

























COMUNICACOES ORAIS - AREA DE CONCENTRACAO: PSICOLOGIA
DATAS:  07/05 das 13h-14h e das 15h-16h – Auditório da Faculdade Ruy Barbosa
Psicologia – 07/05-13h
A relação de adolescentes homossexuais com suas famílias em Salvador -
Carlos Henrique Pereira Franco

Psicologia – 07/05 – 13h10
PSICOLOGIA DAS MULTIDÕES: A ALEMANHA SOB O DOMÍNIO DO FÜHRER E A VULNERABILIDADE DAS MASSAS NOS DIAS ATUAIS -
RAFAEL LUZ MELO

Psicologia – 07/05 – 13h20
Violência sexual contra crianças e adolescentes: as políticas públicas como estratégias de enfrentamento -
Priscila Tambuque Simas

Psicologia – 07/05 – 13h30
A investigação das neoformações e da atividade-guia em idosos -
Nathalia Rios Cordeiro

Psicologia – 07/05 – 13h40

Construção de um Protocolo para Avaliação do Desenvolvimento do Jogo em Crianças -  Camila Borges Santos Carvalho

Psicologia – 07/05 – 13h50
VIOLENCIA CONTRA MULHERES - UMA PROBLEMA DE SAÚDE PUBLICA -
Larissa Costa Ferreira

Psicologia – 07/05 – 15h
Caso Pelant: Uma análise comportamental da psicopatia -
Lara Rejane Gomes

Psicologia – 07/05 – 15h10
CAPS e Família: uma aproximação possível -
Maurício Alcântara Dias

Psicologia – 07/05 – 15h20
Dependência Tecnológica e seus impactos sociais -
Laura Augusta Barbosa de Almeida
Psicologia – 07/05 – 15h30
A atuação do psicólogo no contexto do SUS: avanços e desafios -
Renata Lima Alves
Psicologia – 07/05 – 15h40
As representações dos docentes acerca da pesquisa como instrumento no processo de ensino-aprendizagem universitário -
Suzameri Souza Rodrigues
Psicologia – 07/05 – 15h50
Ser Pai - Vanessa Cristina Conceição Dias

Psicologia – 07/05 – 16h
A atuação do GEDEM junto a Rede de Enfrentamento à violência conta a mulher e a atuação do Coletivo Mulheres do Calafate - Shirley Evelyn Vasconcelos da Silva

Psicologia – 07/05 – 16h10
Travesti: um diálogo sobre identidades de Gênero - 
Gabriel Lopes de Andrade
Psicologia – 07/05 – 16h20
Mulheres: A luta pela igualdade de gênero -
Maiane Santos Sauer









































Nathália Rios Cordeiro
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
nathaliarioscordeiro@yahoo.com.br
Jamile Bittencourt Chastinet
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
jamilebc@yahoo.com.br
Autor 3
Instituição – Cidade/UF
Email
Autor 4
Instituição – Cidade/UF
Email
Autor 5
Instituição – Cidade/UF
Email
Autor 6
Instituição – Cidade/UF
Email


Resumo: Baseando-se no fato de que a abordagem histórico cultural não dispõe de teorização suficiente sobre a periodização do desenvolvimento do idoso, bem como nos dados trazidos por Reis (2011) e que, diante dos dados demográficos, que apresentam o envelhecimento dos países como um fenômeno cotidiano, o intuito deste trabalho é buscar um aprofundamento teórico sobre o período da terceira idade, descobrindo suas características chaves (a situação social do desenvolvimento, a atividade-guia, as neoformações e a linha geral do desenvolvimento) para que assim, possa se planejar melhores formas de avaliações e intervenções e, consequentemente, possibilitar uma melhor qualidade de vida para a população idosa.



*Palavras-chaves: Neoformações; Periodização do desenvolvimento; terceira idade

























A relação de adolescentes homossexuais com suas famílias em Salvador [18]


Carlos Henrique Pereira Franco
Faculdade Ruy Barbosa Devry/Brasil – Salvador/BA

 Darlane Silva Vieira Andrade (orientadora)
Universidade Federal da Bahia   – Salvador/BA






Este estudo é um recorte da pesquisa intitulada “Sexualidade e Adolescência: práticas e sentidos entre adolescentes homossexuais em Salvador”, desenvolvida no Programa de Iniciação Cientifica (PICT) da Faculdade Ruy Barbosa Devry/Brasil. Para esta Mostra serão apresentados dados referentes à relação familiar de adolescentes que se identificaram como homossexuais e que frequentam a Praça do Campo Grande em Salvador, trazendo reflexões sobre as interações desses adolescentes dentro do contexto familiar, contemplando diversos arranjos familiares. A pesquisa foi qualitativa e teve caráter exploratório, fazendo uso de entrevistas individuais como método principal combinado com observações de campo, visando construir dados à medida que se conversa com os sujeitos em lócus sobre suas vivências em torno da sexualidade e informações sobre as redes de relações que estes adolescentes fazem parte, o que inclui as relações familiares. As observações da interação social de adolescentes na Praça do Campo Grande foram registradas em Diários de Campo e as entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo. Participaram do estudo 16 adolescentes de ambos os sexos, que se identificaram como homossexuais, com idades variando entre 15 a 18 anos, com idade média de 16,4 anos. Todos os participantes residiam em bairros populares de Salvador, frequentavam escolas públicas e viviam com famílias de configurações diversas (famílias monoparentais, residência com avós, etc.). Os resultados apontaram que boa parte dos(as) adolescentes entrevistados(as) relatou ter dificuldade em lidar com sua família devido a não aceitação da homossexualidade, ou seja, ao fato destes adolescentes não atenderem o ideal de sexualidade e comportamento de gênero esperados por seus pais e familiares. Desta forma, convivem com conflitos e situações de isolamento. A não aceitação da homossexualidade dos adolescentes cria condições favoráveis para o preconceito, que, consequentemente, engendra atitudes e atos de discriminação, reforçando o estigma social associado às práticas sexuais não alinhadas ao padrão heterossexual.  Por outro lado, alguns adolescentes relataram que há uma boa convivência com familiares mesmo depois da revelação da homossexualidade como parte de sua prática socioafetiva e da identidade. O estudo mostra a importância do diálogo entre pais/cuidadores e filhos/as, principalmente na adolescência, para que estes(as) adolescentes sejam respeitados(as) e acolhidos(as) em suas diferenças.
Palavras-chaves: Adolescência, Família, Homossexualidade.
As representações dos docentes acerca da pesquisa como instrumento no processo de ensino-aprendizagem universitário.[19]

Autora: Suzameri Souza Rodrigues
Faculdade Ruy Barbosa DeVry Brasil – Salvador/BA
suzameri@msn.com
Orientadora: Stella Maria de Sá Sarmento
Faculdade Ruy Barbosa DeVry Brasil – Salvador/BA
stellasa@gmail.com
Resumo: O estudo teve como objetivo principal compreender as práticas e construções de sentidos das representações dos docentes do curso de graduação em psicologia acerca da pesquisa como instrumento no processo de ensino-aprendizagem. Vale salientar que, atualmente o processo de ensino-aprendizagem nas faculdades ainda valoriza mais a teoria do que a prática. Neste sentido, a pesquisa é uma relevante forma de romper com a supervalorização da teoria e auxiliar a formação das atitudes e valores para a representação dos profissionais, pois através da mesma, o aluno compreende a prática e ressignifica a teoria. Deste modo, é de suma importância que o professor possibilite a emancipação individual dos alunos e também a consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e da dominação política através do rompimento com o ensino transmissivo e experimentando práticas pedagógicas construídas da relação de poder compartilhado. De modo mais específico, o estudo buscou: a)Investigar sobre as representações dos docentes do curso de graduação em psicologia da acerca da pesquisa na IES; b) Inquirir sobre o interesse pela pesquisa como instrumento no processo de ensino-aprendizagem entre docentes; e c) Conhecer os efeitos percebidos da realização ou não de pesquisas na formação de alunos. Para a operacionalização dos objetivos, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, tendo as falas dos participantes gravadas em áudio e transcritas. Desta forma, participaram da pesquisa, 12 docentes do curso de graduação em Psicologia que lecionavam na Faculdade Ruy Barbosa DeVry Brasil, que foram acessados através da rede de contato social da pesquisadora, sendo dois docentes de cada eixo estruturante dentro dos seis eixos estruturantes exigidos para o curso de graduação em Psicologia conforme dispõe o Art. 5° da Resolução n° 5/2011 do Conselho Nacional de Educação. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, com categorização das respostas de acordo com os objetivos do estudo e com o conteúdo emergente. Esta apresentação traz dados preliminares, como fruto do estudo que está sendo desenvolvido no Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (PICT) da Faculdade Ruy Barbosa. Os resultados preliminares apontaram que: quando inquiridos(as) a respeito da metodologia que utilizavam para lecionar suas disciplinas, quatro participantes destacaram o termo “metodologia ativa”, definida pela conexão entre teoria e prática; no que tange ao questionamento acerca dos métodos mais eficazes para promover aprendizagem entre os(as) alunos(as), quatro participantes enfatizaram a utilização de estudo de casos; em relação ao questionamento sobre métodos mais eficazes para incentivar os(as) alunos(as) a desenvolverem um pensamento autônomo e critico, sete participantes informaram o “estudo de caso” como uma forma de fazer o aluno refletir e dar a sua opinião diante de uma situação concreta; ao serem arguidos sobre o papel da pesquisa na formação em Psicologia, todos os participantes reconhecem a relevância da pesquisa apesar de um participante, a despeito de lecionar uma disciplina do eixo estruturante Procedimentos para a investigação cientifica e a prática profissional, declarou a atual ênfase em pesquisa como sendo uma certa moda e que a pesquisa na graduação retira o foco do conteúdo profissional/profissionalizante. quanto à questão se o(a) docente inclui a realização de pesquisa por estudantes entre os seus métodos de ensino na disciplina que está sendo questionado, sete participantes disseram que não utilizam a pesquisa como um instrumento de ensino-aprendizagem; quando questionados a respeito das condições que a Faculdade Ruy Barbosa DeVry Brasil proporciona para o docente fazer pesquisa na instituição, três sujeitos declararam que ainda é incipiente, muito pouco e que sentem falta desse apoio da instituição alegando que a faculdade ainda não conseguiu ter uma dimensão da importância da pesquisa, três participantes declaram que nunca buscaram fazer pesquisa na instituição e por isso não sabem o que a faculdade proporciona, dois participantes responderam que a faculdade não oferece nenhuma condição para o docente realizar a pesquisa na instituição e quatro participantes responderam acerca das condições oferecidas pela faculdade; e ao serem inquiridos se a Faculdade Ruy Barbosa DeVry Brasil proporciona condições para o estudante realizar pesquisa, onze participantes mencionaram o PICT, mas disseram que o número de 10 bolsas para todos os cursos da faculdade é muito pouco em relação ao número de alunos inscritos. Palavras-chaves: pesquisa, docente.

CAPS e Família: uma aproximação possível

Maurício Alcântara Dias
Resumo: O movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil, originada em meados da década de 1970, possibilitou grandes mudanças na assistência à saúde mental, excepcionalmente quando desinstitucionaliza os sujeitos em sofrimento psíquico, facilitando o tratamento dos mesmos em instituições abertas e perto da família. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foram uma dessas instituições abertas que, desde então, vem tentando manejar dificuldades e aprimorar seu fazer prático segundo os preceitos da reforma, principalmente na que tange à inclusão da família no tratamento em saúde mental. O presente trabalho tem como objetivo analisar e refletir criticamente algumas estratégias usadas pelo CAPS no manejo das dificuldades sua e dos familiares em lidar com os sujeitos em sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais, em tratamento no serviço. Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica em artigos científicos, sites oficiais e livros técnicos; Supõe-se que o manejo das dificuldades, entendidas aqui como resistência, são as ações adotadas pelo serviço, através dos profissionais e seus referenciais teórico-metodológicos, para contornar os obstáculos à prática profissional e à continuidade do tratamento dos sujeitos. A resistência deve ser entendida como reações de um sujeito cujas manifestações, no contexto do tratamento, promovem obstáculos à sua evolução ou desenvolvimento. Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID-10), transtorno mental é conceituado como “um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais”. Vale destacar que a psiquiatria e a psicanálise são as áreas do saber que, historicamente, mais se ocuparam do campo da saúde mental; Diante de tais conceitos e do cenário atual em que se organiza o CAPS o que se nota é a imensa dificuldade e o grande desafio à proposta da inclusão e a adesão das famílias no tratamento dos sujeitos com transtornos mentais nos serviços; Por parte da família as dificuldades se dão pela “sobrecarga”, conceito que explica a dificuldade da família em lidar com um ente adoecido no seio familiar.  O preconceito da família quanto a possível doença, a ociosidade do sujeito, sua perda de autonomia e a infantilização provocam alterações na rotina de trabalho e de vida da família e geram encargos econômicos, físicos e emocionais. A sobrecarga, além de outros fatores, dificulta as possibilidades dos familiares buscarem o serviço como um aliado para dividir a carga e aliviarem o sofrimento. As dificuldades podem se apresentar como uma inabilidade no manejo dessas dificuldades como, por exemplo, a baixa adesão e distanciamento da família com o serviço. O CAPS, como modelo para algumas iniciativas de aproximação entre família e serviço e vice-versa, vem promovendo avanços nas suas tecnologias de intervenção. No entanto, os esforços indicam uma insuficiência para superar a lacuna entre o cuidado que se tem e o que se almeja. Dentre algumas tecnologias empregadas, as visitas domiciliares, a participação em eventos do município, grupos terapêuticos de familiares, atendimento individual, busca ativa de familiares pouco presentes no serviço e outras, duas se destacam: o acolhimento e a escuta qualificada. É a partir da qualidade prática dessas duas últimas que se pode pensar efetivamente na melhora da relação serviço-família-sujeito. Infere-se que as tecnologias são bem estruturadas teoricamente, mas dúvidas aparecem quando se questiona “como” estão sendo empregadas na prática e por que não têm o alcançado o sucesso desejado. Conclui-se que é papel do serviço, como representante de um estado protetor, através de seus profissionais, continuar firmando um papel político atuante nas reivindicações de melhoria das condições de trabalho, refletir sobre as bases teórico-metodológicas das práticas profissionais, investir mais ainda no trabalho interdisciplinar, na criatividade e inovação das tecnologias de intervenção, principalmente o acolhimento e a escuta qualificada, estratégias que já são feitas com os sujeitos em tratamento e que devem se voltar um pouco mais para a família, como meio de reforçar sua relação com o serviço.
Palavras-chaves: Reforma Psiquiátrica, CAPS, família e saúde mental.






Caso Pelant: Uma análise comportamental da psicopatia.[20]


Autor 1
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
lalararejane@hotmail.com


Resumo:

Este trabalho pretende apresentar resultados parciais da pesquisa Caso Pelant: Uma análise comportamental da psicopatia, do edital PICT Ruy Barbosa 2014/15. Através da análise das descrições caracteristicamente topográficas presentes no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM acerca do Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS), ressaltou-se principalmente questões a respeito do comportamento violento e identificou-se a predominância de um olhar neuropsicológico diante o tema. A proposta da pesquisa se apoia no interesse de aproximação do Behaviorismo e do modo que o transtorno de personalidade antissocial tem sido abordado, para uma análise das possíveis contribuições dessa abordagem para o tema. As questões inerentes a esse debate perpassam a discussão acerca da etiologia do transtorno, filogenia e a ontogenia. O que acontece primeiro? A alteração fisiológica que desencadeia o modo que o humano se comporta ou o seu ambiente modifica o modo que o seu fisiológico responde à determinadas interações e acontecimentos? Para finalidade do presente trabalho, as conclusões obtidas através da revisão bibliográfica, serão utilizadas para análise de sete episódios de um personagem fictício de nome Pelant, com um diagnóstico de personalidade antissocial. Pensando primeiramente no que se entende por psicopatia, trazendo a discussão da filogenia e ontogenia atrelada a conceitos presentes na Análise do Comportamento. Discorrendo sobre como se estabelece um repertório, abordando como a psiquiatria e a psicologia tem abordado este tema em termos de intervenção, pensando em quais contribuições esta pesquisa pode trazer para o cenário atual.



*Palavras-chaves: Psicopatia, análise do comportamento, estudo de caso.






Construção de um Protocolo para Avaliação do Desenvolvimento do Jogo em Crianças


Camila Borges Santos Carvalho
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/ BA
camilaborges93@gmail.com
Caio Pereira Gottschalk Morais Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/ BA
morais_caio@yahoo.com.br


Resumo:
Nessa comunicação serão abordados os principais conceitos que fundamentam a pesquisa, cujo tema central é o papel do jogo no desenvolvimento infantil, sendo este considerado em sua amplitude e dinamicidade a partir de contribuições teórico-metodológicas da psicologia histórico-cultural, da teoria da atividade e do desenvolvimento mental por etapas. O intuito é apresentar e discutir sobre as características das idades psicológicas e as correspondentes etapas do jogo, ressaltando suas contribuições para o desenvolvimento da criança. Essas idades constituem formações globais e dinâmicas que determinam a importância de cada etapa do desenvolvimento, a partir de seus componentes: atividade guia, neoformações, situação social e linhas do desenvolvimento. As etapas do jogo, que aqui se relacionam são cinco: jogo de manipulação inespecífica, jogo objetal, jogo simbólico, jogo de papéis e jogos com regras. Para tanto, serão discutidas não somente as características de cada jogo, como também o próprio conceito dessa atividade, sendo esta o modo pelo qual a criança se apropria da realidade circundante do modo que lhe for possível, através de ações objetivas que se dirigem a objetos e pessoas em suas relações com as outras. Assim, partindo do pressuposto de que o jogo, é a atividade guia da criança, em grande parte do curso de seu desenvolvimento, e de que as neoformações, que resultam de cada etapa desse processo, são de extrema importância para sua preparação para a escola, surge o interesse pela construção de um instrumento que seja capaz de avaliar a dinâmica desse processo. O Protocolo de Avaliação do Desenvolvimento do Jogo, elaborado pelos pesquisadores, terá sua estrutura apresentada, assim como serão detalhados os objetivos de cada etapa proposta na avaliação, bem como sua forma de condução. Será apresentada a proposta qualitativa delineada para o instrumento construído, o qual pretende ser capaz de indicar possíveis atrasos, conformações ou condutas avançadas para a idade, atendendo à faixa etária de zero a dez anos. Essa avaliação poderá ser conduzida por psicólogos, psicopedagogos, professores e demais profissionais a quem tal temática interesse, visto que o importante é detectar, o mais cedo melhor, as possíveis dificuldades que venham a ocorrer no desenvolvimento da criança, de modo a traçar programas de intervenção, cujo fim visa à diminuição ou desaparecimento do problema apresentado. Para tentar garantir que o instrumento cumpra com seu propósito, ele será submetido à análise de dois especialistas na área de psicologia do desenvolvimento. Como resultado, será emitido um parecer que deve propor as mudanças e adequações necessárias, as quais serão aplicadas ao Protocolo, em seu formato original. Para averiguar os ajustes e a coerência do instrumento como um todo, três novos pareceristas serão requisitados, os quais indicarão a aplicabilidade ou não do Protocolo.  

*Palavras-chaves:desenvolvimento; jogo; protocolo.












Dependência Tecnológica e seus impactos sociais


Laura Augusta Barbosa de Almeida
Faculdade Ruy Barbosa- Salvador /BA
laura.augusta@outlook.com
Alanna Vilanova Miranda
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador -BA
Miranda.vilanova.alanna@gmail.coom


Resumo:
O uso excessivo da internet tem sido um assunto delicado a ser estudado e discutido pois se encaixa nas varias esferas sociais da vida humana. A tecnologia se aprimora de forma crescente assim também como a sua obsolescência. Esses produtos que atualmente fazem parte intimamente da nossa vida, tem tomado espaços do diálogo e convívio social tradicional. A questão da dependência tem se tornado mais latente pois é claramente visível as consequências desse uso excessivo no desempenho acadêmico, vida profissional e social dos indivíduos. Ainda existem muitas questões em aberto para chegarmos a um consenso de patologia desse comportamento, porém este tem sido cada vez mais reforçado pela industria tecnológica e pela sociedade consumidora. O objetivo dessa pesquisa é encontrar dados que revelem as influencias do uso excessivo e indiscriminado da tecnologia entre os jovens e suas influencias no cenário social e suas consequências, pois Observa-se a nitidez da relação simbiótica entre o Sujeito e a Tecnologia e a frequência do uso compulsivo desta nas diferentes áreas da vivência humana atual. Não somente este fato, como também as consequências desse uso indiscriminado em sua fisiologia e também em sua subjetividade. A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica e levantamento documental, passando pelo conceito de dependência e apresentando que Muitos estudos confirmaram a existência do uso compulsivo da tecnologia e as sérias consequências desse uso, porem ainda existem muitas perguntas a serem respondidas com relação a essa nova nosologia e seus efeitos. Os fatores psicológicos básicos que explicam a natureza adictiva de internet se aplicam bastantes a essas tecnologias inter-relacionadas como os smartphones tablets/PDA, Ipods . Uma vez que a área da internet e da tecnologia se atualizam, fica claro que quando falamos de internet incluímos todas essas tecnologias. Apresento alguns fatores relevantes , que chamamos de fatores de reforço , pois dentre a infinita gama de conteúdos da internet, muitos destes não são exclusivos da rede. Os aspectos mais adictivos da internet atualmente são os conteúdos sexuais e os jogos de vídeo/computador. O uso excessivo destes não é algo restrito da internet , porém existe um processo de sinergia que aumenta o potencial de dependência. Quando o conteúdo é consumido virtualmente através de outras tecnologias de mídia digital é como se fosse a matéria prima psicoativa da dependência tecnológica. E concluímos apresentando muitas questões que ainda estão em aberto e deixando claro que existe espaço para um uso moderado e que atualmente é inviável pensar em abstinência da tecnologia. E é esta porta de uso saudável que abre a oportunidade de pesquisas não apenas no funcionamento dessa dependência, mas também na criação de sistemas de redes terapêuticas e programas de redução de danos. A discussão do assunto não é relativamente nova porém a visão de dependência e as consequências negativas dessa categorização é recente e cabem muitas discussões, com relação aos fatores de conteúdo e se realmente essa dependência é da internet em si ou de conteúdos específicos. A ampliação dessas pesquisas resultará numa possibilidade maior de visar uma reabilitação e uma medida de uso moderado da tecnologia, visto que a produção de novas tecnologias cada vez mais portáteis e com mais potenciais reforçadores é potencialmente crescente. A intenção dessa pesquisa não é macular o objetivo para o qual a internet foi criada e sim apresentar o modo abusivo que o criador desta tecnologia cultivou a ponto de ser controlado por sua criatura. É a partir desta visão que nasce o interesse por essa revisão bibliográfica e abre possibilidades para novas perspectivas e olhares.


*Palavras-chaves: (dependência, tecnologia, internet)



Título do trabalho: Travesti: um diálogo sobre identidades de Gênero[21]


Gabriel Lopes de Andrade
Universidade Federal da Bahia – Salvador/BA
gabriel.lopes.andrade@hotmail.com





Resumo: “Totalmente Terceiro sexo, terceiro mundo, carne nua...” O que é ser homem? O que é ser Mulher? E o não é nem homem e nem mulher? Baseando-se em reflexões literárias, filosóficas, antropológicas e sociológicas, utilizando da linguagem artística, discutimos o corpo travestido como uma contradição social dotando de uma subjetividade própria que vai contra aos princípios da heteronormatividade e, elencando, sobretudo as travestis, ou seja, os homens que transvestem-se de mulher, como protagonistas de uma desconstrução do machismo impregnado no pensamento da sociedade moderna. Logo quando uma criança nasce ou até mesmo antes, para ser mais preciso a partir do momento que é descoberto o sexo, a criança já é enquadrada em padrões predeterminados pela sociedade, por exemplo, questiona-se por qual motivo uma criança por possuir o órgão sexual masculino deverá obrigatoriamente usar roupas azuis ou verdes, sentir-se atraído sexualmente pelo sexo oposto, ou até mesmo gostar de futebol, pois a sociedade determina que tudo isso é “coisa de homem”. Faz-se necessário entendermos que sexo biológico, definido pelo órgão genital; interesse sexual, que aparecerá, segundo a biologia na adolescência no fenômeno conhecido por puberdade, que é quando surgem os desejos sexuais; e gênero que nada mais é do que uma construção social. Destarte, na sociedade Ocidental, influenciada pelas heranças ideológicas judaico-cristãs, o corpo ainda é visto por uma ótica divinizada, sendo este sinônimo de mera caixa de detenção de algo maior, ou mesmo, como mero subordinado da alma, ou de um ente maior. Nesta esteira discursiva, pensa-se o lugar da travestilidade através da representação desta performance ao mesmo tempo subjetiva, social e política no cinema, especificamente em Elvis e Madona (2010), filme do diretor Marcelo Laffite. Tomando o corpo travestido como antagônico à expectativa social da predominância do sexo biológico em razão de afirmação de gênero, pode-se elencar a necessidade de repensarmos os conceitos e/ou definições acerca da identidade de gênero impostas no âmbito social. Portanto, as travestis surgem na modernidade explorando e expressando no corpo os seus próprios discursos, adequando-se de maneira quase perfeita à liquidez. A partir do momento que as feminilidades são evidenciadas em um corpo classificado biologicamente como masculino, fere os princípios deterministas da sociedade em que vivemos.  É perceptível em nossa sociedade que o corpo masculino travestido reelabora as feminilidades escondidas pelas masculinidades biológicas, gerando um incômodo social, sobretudo por parte de sujeitos ideologicamente machistas. Faz-se necessário esclarecer que a travesti não representa um gênero ou não se encaixa nos moldes em que a organização social lhe oferece e busca uma produção do diferente, exibindo subjetividades. Destarte, problematiza-se o diálogo social desse corpo que se reinventa, que foge da “normalidade” esperada pela sociedade manipulada. Portanto, a identidade de gênero, hoje, se mostra uma construção subjetiva influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos ao eu - corpo. Como a protagonista do filme ora mencionado, as travestis, expandem-se além dos conceitos limitados impregnados em um imaginário social, moralmente manipulado. Dentro desse universo pluralmente singular, a identidade de gênero travesti é matéria inalcançável. Enfim, em se tratando de pós-modernidade que nos dizeres de Bauman é “liquida”. Pode-se comparar a obra de arte corpo com as reflexões obtidas da leitura da “Obra Aberta” de Umberto Eco, assim como as telas de Salvador Dalí quando, em releitura da Divina Comédia configura o anjo caído, de corpo híbrido e aberto às modulações do homem. Direito ao corpo livre.    
Palavras-chaves: Travesti. Corpo. Gênero. Identidade.


Mulheres: A luta pela igualdade de gênero[22]


Maiane Santos Sauer
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
maianesauer@outlook.com
Ricardo Henrique Gonçalves de Moura
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
ricardoeternity@hotmail.com




Resumo: Este trabalho visa apresentar elementos que investigam o processo sócio-histórico da luta de classes vividas pela mulher. A busca pela igualdade é uma antiga batalha da mulher, desde o século XIX, época da burguesia, na qual, há a luta pela conquista de um espaço igualitário na sociedade, pela mesma independência e liberdade dos homens, para perceber e assumir sua sexualidade sem repressão. Tem-se como objetivo identificar as dificuldades enfrentadas pela mulher no processo de conquista da igualdade de gênero na sociedade atual. Observa-se que alguns estudiosos, procuram em suas pesquisas contextualizar a construção dos conceitos de masculino enquanto sexo superior e feminino como inferior. Através dos indexadores Scielo e Google acadêmico, e de literatura especifica, essa revisão bibliográfica irá perpassar questões da nossa sociedade, como gênero, diversidade sexual, feminismo e sexualidade. Foi possível identificar variáveis como origem, conceitos e determinadas características que se associam com a construção dos papeis de gênero.Como se deu a evolução dos direitos femininos desde a sociedade burguesa até a contemporaneidade? É possível desmistificar a mulher como sexo inferior? Criticar os diferentes papéis designados ao gênero feminino e masculino é fundamental, pois para perceber a importância do papel da mulher na sociedade moderna é necessário conhecer o seu papel através do tempo.Observa-se que vários estudiosos, procuram em suas pesquisas contextualizar a construção dos conceitos de masculino enquanto sexo superior e feminino como inferior, mas de onde será que vem essa forma tão diferente de lidar com o masculino e o feminino? Entende-se por gênero, um conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade biológica em produtos da atividade humana e na qual estas necessidades sexuais transformadas são satisfeitas. Rubin (1975). Assim, estes arranjos são responsáveis por enquadrar as pessoas, com base em seu órgão genital, construindo papéis para caracterizar e diferenciar masculino e feminino. Para ser conquistado a igualdade de gênero, é preciso desmistificar a relação entre sexo e gênero, pois o sexo, refere-se a genitália (pênis e vagina) que por sua vez é biológica e o gênero, que é construído pelo ser humano durante a vida, durante as suas interações sociais. Para Butler (2003), aceitar o sexo como um dado natural e o gênero como um dado construído, determinado culturalmente, seria aceitar também que o gênero expressaria uma essência do sujeito. Percebe-se que os papéis de gênero são construídos de forma sócio-histórica, classificando e diferenciando as pessoas em gêneros masculino e feminino, afim de hierarquizar e fortalecer o capitalismo, voltados para os modelos familiares conservadores, patriarcais e hetenormativos. Ao patriarcado foi atribuída a gênese da opressão de gênero e, daí, a violência contra as mulheres Millet, (1970) apud Narvaz (2006); Koller (2006).

Foi possível identificar variáveis como origem, conceitos e determinadas características que se associam com a construção dos papeis de gênero, uma vez que o termo gênero passou a ser utilizado pelas feministas, que segundo (Oliveira, 1969, p.424 apud Nogueira), é um movimento social cuja finalidade é a equiparação dos sexos relativamente ao exercício dos direitos cívicos e políticos, sendo este para questionar a naturalização e romper com os estereótipos, dentro do movimento social, ao lutar pela igualde de direitos e pela liberdade em relação aos padrões opressores do gênero feminino. Essa pesquisa fundamenta-se em trabalhos anteriores no campo da psicologia que serão descritos conforme necessidades nas áreas tecno-científica e ética.

*Palavras-chaves:Gênero, diversidade sexual, feminismo, sexualidade.




































Ser Pai: uma reflexão sobre o sentimento da paternidade[23]


Flávia Sheila Lima Duarte
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
flaslimas@gmail.com
Geovana Carolina Ferraz de Andrade
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
geovanacarolina@hotmail.com


Lorena Cruz da Silva
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
lorenacruzs07@hotmail.com
Vanessa Cristina Conceição Dias
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
nessacristinadias@gmail.com



Resumo

Quando o tema é gestação, muito se fala da mãe e do filho e pouco se enfatiza a relação ou vínculo afetivo necessário entre o pai e filho, principalmente quando este filho não nasce em um “ninho” formado por pai e mãe, e não se configura numa relação estável. Frente a este fato, este estudo objetiva retratar a subjetividade de homens, “pais de primeira viagem”, que se tornaram pais de filhos não esperados, identificando os sentimentos que emergem e o que se altera em suas vidas nesse período de transição, e também perceber como se estabelece a relação afetiva, identificando qual o conceito de pai na contemporaneidade. A pesquisa foi desenvolvida com viés da Psicologia Social, sob abordagem qualitativa e enfoque de gênero e identidade, sendo os dados produzidos por meio de entrevistas semiestruturadas. A amostra foi constituída por homens que tinham idade igual ou inferior a 30 anos, quando os filhos nasceram, e, que, não estabeleceram relacionamentos conjugais estáveis com as respectivas mães. Estes pais foram contatados mediante a rede social das pesquisadoras. Pode-se perceber através dos relatos dos entrevistados, que a fase de transição em que estes homens deixam de ser filho e se tornam conscientes de que serão pais é bastante conflituosa e, que, por não acompanharem o período da gravidez, o sentimento da paternidade só emerge fortemente com o nascimento de seu filho e com o primeiro contato físico propriamente dito. Então, a partir deste momentoé que para alguns destes pais nasce o sentimento de responsabilidade por aquela criança.A partir desse momento surgeo pai que se interessará em cuidar, proteger, assistir financeiramente e dá todo o amor aos seus filhos, mesmo não residindo na mesma casa e não acompanhado toda a rotina diária. E, para isto, buscam,incessantemente, estabelecer uma relação amigável com a mãe deste filho. Então, mesmo havendo uma preocupação com o vínculo afetivo, a presença e o interesse em participar da vida do filho ainda estão atrelados à visão do pai tradicional. Nesta perspectiva o pai deve manter economicamente a prole. Gradativamente estes pais vêm abandonando o paradigma da paternidade apenas como o provedor do lar, para vislumbrar um “novo pai” que é dotado de sentimentos e afetos e que não mais necessita está encoberto pelo papel social do homem másculo e viril, nem do pai-marido que estabelece um relacionamento “amoroso” com a mãe da criança.Após a análise das entrevistas nota-se que pelo fato da gravidez ter ocorrido de forma não planejada e indesejada foi necessário para esses jovens pais, acionarem uma urgência no tocante as responsabilidades advindas dos cuidados com a criança, nascendo um discurso de proteção, cuidado, renúncia e dedicação. E criaram o espaço para a preocupação, o carinho e o amor, reconhecendo a importância do afeto e da relação mais próxima entre eles e seus filhos. Desta forma, surge a concepção de que ser pai vem tomando novos formatos, enfatizando seu novo conceito, no qual a figura paterna não irá se preocupar apenas em ser o provedor de recursos, mas também estará envolvido na criação da sua prole e se preocupa em estabelecer laços afetivos com os mesmos.

Palavras-chaves:Paternidade; Gênero; Identidade; Psicologia Social.


































Direito ao corpo: A arte da subjetividade no discurso jurídico[24]


Gabriel Lopes de Andrade
Universidade Federal da Bahia – Salvador/BA
gabriel.lopes.andrade@hotmail.com






Resumo: Eu sou. Eu fui. Eu vou. Eis o pensamento racionalista que efervesceu no âmago social durante o precioso Século das Luzes, conhecido também como Iluminismo. O movimento da racionalização que permite ao homem um desenvolvimento indeterminável causou e causa em todos os núcleos da sociedade um grande alvoroço, sobretudo no que tange o surgimento de u movimento antropocentrista em oposição ao teocentrismo. Numa comunidade ideologicamente judaico-cristã, os homens, antes alienados nas crenças divinas prometidas por meio dos escritos bíblicos, rompem com suas “crenças” e passam a se posicionarem no centro de toda e qualquer manifestação. Sendo o homem o centro, isto é, eixo central do qual depende toda a rotatividade das coisas, há também a marcha em direção à quebra dos paradigmas que “dignificam” o seu corpo. Eis então que o corpo do homem começa a tomar proporções outras, distanciando-se da moldura definida pelo cristianismo, devidamente sustentada por Santo Agostinho, mas que outrora fora objeto do magistério de Platão. A velha bula que definia o corpo como prisão da alma, perde lugar para a maximização do corpo enquanto palco onde ocorrem as grandes manifestações do mundo e do homem. O corpo passou a ser a representação do alter ego do homem, isto é, o Corpo é o próprio homem. Em outros termos, passou o corpo a não ser mais receptáculo da alma e sim o veiculo que proporciona a sua manifestação física, a carne é parte fundamental do homem. Até porque alma sem corpo é alma vaga, incoerente e inconseqüente. Neste sentido, embasados na liquidez da modernidade e nas construções subjetivas dos sujeitos aborda-se o direito ao corpo. O corpo e as suas diversas faces nos diversos contextos sociais, e sendo o Direito abrangente e tangente a todas as experiências sociais, como ele aborda o corpo? O Século XX, segundo Merleau-Ponty foi o grande cenário no qual desapareceu a linha divisória entre corpo e alma, embora no âmbito das ciências humanas, essa divisão ainda se faz latente, o Direito ainda apresenta-se dentro de um positivismo científico traço característico do paradigma emergente. Segundo Boaventura Santos, a pós-modernidade é abraçada pelo paradigma emergente, no qual a ciências sociais terão grande influência sobre as ciências naturais, portanto é de suma importância que o exercício do Direito, reconheça o corpo dentro dessa perspectiva filosófica e social de completude dos sujeitos. Eis então que no palco da vida, surge a figura do corpo andrógeno. O corpo definido como “alienígena”. Fala-se do corpo não padrão que faz da sua alma a letra e do seu corpo a realização do espetáculo seja ele bom e/ou ruim numa abordagem Nietzschiana. Trazendo centro o corpo desfigurado, aquele que não se encaixa nas definições e parâmetros sociais, percebe-se que a própria sociedade que anseia por liberdade não se habitua aos frutos da mesma. Nos dizeres do poeta popular, é o corpo móvel da neguinha. Ou ainda, o corpo híbrido da zombaria e sexualidade de Orlan. Nesta esteira discursiva, pensa-se o corpo das performances, ao mesmo tempo subjetivas, sociais e políticas no cenário social e jurídico brasileiro.

Palavras-chaves: Corpo. Subjetividade. Arte.





Travesti: um diálogo sobre identidades de Gênero[25]


Gabriel Lopes de Andrade
Universidade Federal da Bahia – Salvador/BA
gabriel.lopes.andrade@hotmail.com





Resumo: “Totalmente Terceiro sexo, terceiro mundo, carne nua...” O que é ser homem? O que é ser Mulher? E o não é nem homem e nem mulher? Baseando-se em reflexões literárias, filosóficas, antropológicas e sociológicas, utilizando da linguagem artística, discutimos o corpo travestido como uma contradição social dotando de uma subjetividade própria que vai contra aos princípios da heteronormatividade e, elencando, sobretudo as travestis, ou seja, os homens que transvestem-se de mulher, como protagonistas de uma desconstrução do machismo impregnado no pensamento da sociedade moderna. Logo quando uma criança nasce ou até mesmo antes, para ser mais preciso a partir do momento que é descoberto o sexo, a criança já é enquadrada em padrões predeterminados pela sociedade, por exemplo, questiona-se por qual motivo uma criança por possuir o órgão sexual masculino deverá obrigatoriamente usar roupas azuis ou verdes, sentir-se atraído sexualmente pelo sexo oposto, ou até mesmo gostar de futebol, pois a sociedade determina que tudo isso é “coisa de homem”. Faz-se necessário entendermos que sexo biológico, definido pelo órgão genital; interesse sexual, que aparecerá, segundo a biologia na adolescência no fenômeno conhecido por puberdade, que é quando surgem os desejos sexuais; e gênero que nada mais é do que uma construção social. Destarte, na sociedade Ocidental, influenciada pelas heranças ideológicas judaico-cristãs, o corpo ainda é visto por uma ótica divinizada, sendo este sinônimo de mera caixa de detenção de algo maior, ou mesmo, como mero subordinado da alma, ou de um ente maior. Nesta esteira discursiva, pensa-se o lugar da travestilidade através da representação desta performance ao mesmo tempo subjetiva, social e política no cinema, especificamente em Elvis e Madona (2010), filme do diretor Marcelo Laffite. Tomando o corpo travestido como antagônico à expectativa social da predominância do sexo biológico em razão de afirmação de gênero, pode-se elencar a necessidade de repensarmos os conceitos e/ou definições acerca da identidade de gênero impostas no âmbito social. Portanto, as travestis surgem na modernidade explorando e expressando no corpo os seus próprios discursos, adequando-se de maneira quase perfeita à liquidez. A partir do momento que as feminilidades são evidenciadas em um corpo classificado biologicamente como masculino, fere os princípios deterministas da sociedade em que vivemos.  É perceptível em nossa sociedade que o corpo masculino travestido reelabora as feminilidades escondidas pelas masculinidades biológicas, gerando um incômodo social, sobretudo por parte de sujeitos ideologicamente machistas. Faz-se necessário esclarecer que a travesti não representa um gênero ou não se encaixa nos moldes em que a organização social lhe oferece e busca uma produção do diferente, exibindo subjetividades. Destarte, problematiza-se o diálogo social desse corpo que se reinventa, que foge da “normalidade” esperada pela sociedade manipulada. Portanto, a identidade de gênero, hoje, se mostra uma construção subjetiva influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos ao eu - corpo. Como a protagonista do filme ora mencionado, as travestis, expandem-se além dos conceitos limitados impregnados em um imaginário social, moralmente manipulado. Dentro desse universo pluralmente singular, a identidade de gênero travesti é matéria inalcançável. Enfim, em se tratando de pós-modernidade que nos dizeres de Bauman é “liquida”. Pode-se comparar a obra de arte corpo com as reflexões obtidas da leitura da “Obra Aberta” de Umberto Eco, assim como as telas de Salvador Dalí quando, em releitura da Divina Comédia configura o anjo caído, de corpo híbrido e aberto às modulações do homem. Direito ao corpo livre.    
Palavras-chaves: Travesti. Corpo. Gênero. Identidade.






Larissa Costa Ferreira e outros

RESUMO: O estudo dessa temática é importante porque no Brasil temos um grande índice de mulheres vítimas de diversas formas de agressão, dentre essas muitas vem a óbito. A violência comumente ocorre no âmbito intrafamiliar, os principais agentes das agressões são os maridos ou parceiros das mulheres vitimadas. A Lei Maria da Penha caracteriza cinco principais tipos de violência. Violência física entendida como ações que promovem danos corporais e que colocam em risco a integridade física da mulher, a exemplo de murros, chutes e queimaduras; violência psicológica ocorre quando a vítima sofre humilhação, constrangimento, ameaça, ridicularização, insultos; violência sexual se constitui em intimidação, chantagens, ameaças e praticas sexuais sem o consentimento da mulher; violência patrimonial quando há subtração, retenção de objetos, bens e valores; violência moral condutas que configuram injurias, calunia, difamação e que comprometem a reputação da mulher. Os objetivos do presente trabalho são: 1) Caracterizar os principais tipos de violência sofrida pelas mulheres; 2) Identificar os principais danos e agravos à saúde; 3) Analisar as possibilidades de intervenção da/o psicóloga/o junto às mulheres que sofreram alguma forma de violência. Foi realizada revisão bibliográfica em artigos científicos de periódicos indexados no scielo, em sites oficiais do governo a exemplo da Secretaria de Politicas para Mulheres (SPM), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Resoluções e Escritos do Site do Conselho Federal de Psicologia. A violência é um grave problema que afeta as mulheres de diversas formas, entre as mais comuns estão a violência psicológica, a violência física e a violência sexual. Assim, diante dessas experiências é possível identificar danos e agravo à saúde das mulheres vítima de violência que são afetadas por fatores que levam a diversas formas de sofrimento psíquico, a saúde mental da mulher vitimada é muitas vezes comprometida, pois interfere na sua autonomia, e o aspecto traumático pode gerar sentimentos de incapacidade e desvalorização. Esses sentimentos podem se apresentar em uma constante, fazendo com que seja levado em consideração outro aspecto nesse mesmo contexto, que é o surgimento da depressão. A depressão deve ser entendida, nesse caso, como um estado reativo a violência e pode acarretar sentimentos de insegurança e impotência, isolamento social, baixa autoestima e estados constantes de tristeza. Além da depressão, a violência pode influenciar o aparecimento de pânico, estresse pós-traumático e comportamento e ideias destrutivas ou mesmo suicidas.  Uma das premissas principais do profissional de psicologia é construir estratégias de enfrentamento para o sujeito, desmitificando a naturalização da violência, cooperando para assegurar seus direitos fundamentais, a fim de auxiliar a mulher a desenvolver condições de impedir ou superar a situação de violência. Visto que o profissional de psicologia possui um papel de suma importância na rede de serviços de atenção à mulher em situação de violência a proposta é proporcionar o acolhimento da vítima oferecendo a escuta qualificada e encaminhá-la aos serviços especializados. No entanto, o trabalho da avaliação de riscos deverá ser feito junto com a vitimada, para que seja possível identificar as situações de maior vulnerabilidade com intuito de propor estratégias preventivas de atuação.
Palavras-chave: Violência contra a mulher; Dano Psicológico; Depressão




COMUNICACOES ORAIS – TEMATICA: GASTRONOMIA

Gastronomia
Segurança alimentar: Desmistificando mitos do senso comum construídos na cozinha.
Gastronomia
Benefícios de uma dieta sem glúten para não portadores de doença celíaca.
Gastronomia
Introdução a Alimentação Funcional na Gastronomia
Gastronomia
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E VALOR CALÓRICO DAS SEMENTES DE GERGELIM (PRETO E DOURADO) COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE SALVADOR








































Benefícios de uma dieta sem glúten para não portadores de doença celíaca.

Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: brunobrito.corretor @gmail.com
Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: acruz@frb.edu.br
Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lcosta7@frb.edu.br
Fernanda Escariz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: fernanda.escariz@gmail.com
Ana Valéria S. de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: anavaleriasantos.2011@hotmail.com
Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lalima8@hotmail.com

Os estudos da relação entre o consumo da proteína do trigo (glúten) e o agravamento nos quadros de diversas alterações neurológicas remontam ao período subsequente à 2ª Guerra Mundial. Francis Curtis Dohan foi o primeiro a formalmente estabelecer a relação entre o consumo do trigo e a esquizofrenia, ao observar que o número de internações decorrentes da moléstia decaíram em um período de escassez de pão em países como EUA e Canadá, ao passo que, recuperadas as economias dessas nações e normalizado o abastecimento do pão, voltou a crescer o número de internações. Em novo estudo realizado na Nova Guiné, onde o povo vivia à base de dieta pobre em carboidratos refinados, a esquizofrenia era praticamente inexistente. A colonização europeia, ao introduzir novos hábitos alimentares, em especial o consumo de derivados do trigo, deu início à multiplicação do número de casos naquela região. Tais observações foram replicadas pela Penn University, Sheffield (Inglaterra) e Duke University, onde foram relatados casos de remissão total da doença. William Davis, em seu Wheat Belly recentemente, voltou a abordar o tema, ponderando, entretanto, que embora pareça improvável que a exposição ao trigo seja a causadora da esquizofrenia, inegável, contudo, que seu consumo está associado a um agravamento mensurável dos sintomas. O autismo é apontado como outra condição da mente vulnerável ao trigo. O estudo clínico mais abrangente já realizado até os dias atuais evidenciou melhora no comportamento autístico de 55 crianças dinamarquesas após a eliminação do glúten em suas dietas. Pesquisas recentes, ainda em discussão, ponderam que uma parcela substancial de crianças e adultos portadores do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDA/H) também pode reagir à eliminação do trigo.  O Dr. William Davis considera improvável que o trigo seja a causa de tal transtorno, mas, como no caso da esquizofrenia, parece estar associado à exacerbação dessa condição. Há de se questionar, então, o que existe nesse cereal que piora a psicose e outros comportamentos anormais? Pesquisadores do National Institutes of Health (NIH), em especial a Dra. Christine Zioudrou e seus colaboradores, o glúten, principal proteína do trigo, a um processo digestivo simulado. O resultado da exposição do glúten à pepsina e ao ácido clorídrico resultou numa mistura de polipeptídios que vieram a ser isolados e administrados em cobaias. Como resultado concluiu-se que tais polipeptídios possuem a peculiar capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica (cuja função primordial é a de proteger o sistema nervoso central) e, em seguida, de se ligarem aos receptores de morfina, exatamente os mesmos aos quais se ligam as drogas opiáceas. Tais polipeptídeos foram, por essa razão, denominados “exorfinas”, compostos exógenos semelhantes à morfina, distintos, assim, das endorfinas. A mais importante das exorfinas foi denominada “gluteo-morfina”, principal responsável, segundo os pesquisadores, no agravamento dos sintomas observados em pacientes esquizofrênicos nos diversos estudos precursores. Ainda mais destaque merece o fato de que os efeitos desencadeados por esses polipeptídios são bloqueados com a administração da mesma droga utilizada em quadros de overdose de heroína, a naloxona. A ingestão de derivados do trigo, destarte, leva à liberação de compostos no organismo semelhantes à morfina, que se ligam aos receptores opiáceos do cérebro, desencadeando uma sensação geral de prazer, de recompensa beirando a euforia em alguns casos. Quando interrompida a ingestão desses alimentos um grande número de pessoas apresenta sintomas de abstinência.  Em conclusão há de se salientar que o trigo moderno é um dos poucos alimentos que conseguem alterar o comportamento de quem o consome, provocar prazer e gerar uma síndrome de abstinência ao ser removido da dieta, fato que só veio a ser descoberto após a observação de sua ação no organismo de pacientes esquizofrênicos. Diante do exposto é possível chegar à conclusão de que não apenas portadores da doença celíaca podem se beneficiar de uma dieta sem glúten, mas, em verdade, também os portadores de esquizofrenia, TDA/H  e pessoas com tendência ao consumo compulsivo de carboidratos refinados.

Palavras-chaves:  trigo; glúten, esquizofrenia.

Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.





































INTRODUÇÃO A ALIMENTAÇÃO FUNCIONAL NA GASTRONOMIA
FernandaKuhimEscariz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: fernanda.escariz @gmail.com
Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: brunobrito.corretor@gmail.com
Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: acruz@frb.edu.br
Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lcosta7@frb.edu.br
Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: lailima8@hotmail.com
Ana Valéria Santos de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
Email: anavaleriasantos.2011@hotmail.com


A gastronomia funcional baseia-se na criação de pratos saudáveis, nutritivos e saborosos. Através desta, é possível unir princípios da gastronomia clássica aliados a alimentação funcional, resultandoem preparações que favoreçam a saúde e o bem-estar e, porque não dizer também, aumentar a longevidade do indivíduo. Sendo assim, o foco em questão é a influênciaque determinados alimentos terão no organismo do indivíduo, respeitando alergias e intolerâncias, com ênfase é no seu bem estar e na sua saúde. Portanto, alimentação funcional baseia-se no consumo de alimentos naturalmente enriquecidos ou adicionados de vitaminas, minerais e fibras que produzam benefícios à saúde, além de sua função nutricional básica. Na década de 1920  houve um grande desenvolvimento da tecnologia de alimentos, surgindo então os primeiros alimentos nutricionalmente modificados, entretanto o processo de desenvolvimento dos alimentos funcionais tomou forma no Japão, em 1993, quando foi criado uma nova categoria de chamada FOSHU (em inglês Food for Specific Health Use, em português Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos). A alimentação funcional ganhou força no Brasil há cerca de 3 anos com o aumento da expectativa de vida da população e o aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, câncer, hipertensão, etc. Sendo assim, a utilização dos alimentos funcionais na gastronomia apenas terá resultado se aliada à uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares, uma vez que, por exemplo, para um portador de uma doença crônica relacionada ao colesterol, a ingestão de alimentos funcionais tais como aveia, alho, azeite de oliva, etc. só trará resultado positivo se aliado a uma dieta pobre em gordura saturada e exercícios físicos. Logo, é recomendado o consumo de alimentos frescos e orgânicos com consequente redução no consumo de carne de vaca, farinhas brancas, embutidos cárneos,além da eliminação do consumo de refrigerantes, frituras, açúcares refinados, sal e cafeína. A atuação da alimentação equilibrada na saúde despertou o interesse dos estudiosos da área com o intuito de comprovar a veracidade da atuação de determinados alimentos na prevenção de doenças. Ainda assim, a qualidade alimentar dos alimentos funcionais ainda é muito discutida por especialistas pois há uma descrença relacionada aos benefícios reais do consumo dos mesmos por parte dos estudiosos. É importante salientar que, os ditos produtos funcionais industrializados, na verdade, não são capazes de produzir os benefícios alegados pois seria necessário um alto consumo dos mesmos para adquirir tais benefícios. Nos Estados Unidos e Europa, os alimentos funcionais industrializados são alvos dos órgãos reguladores devido à falta de evidências que comprovem os benefícios alegados. O consumo dos alimentos funcionais, aliado a uma dieta equilibrada e exercícios físicos deve ser regular para que os benefícios sejam alcançados. Tem-se como exemplo desses alimentos, a soja, a aveia integral, o alho e o vinho tinto, como redutores de colesterol. Como redutor de risco de doenças cardiovasculares temos o peixe e a maçã. O vinho tinto aparece novamente na lista como estimulador do sistema imunológico, se consumido 1 taça/dia. Além disso, temos os ácidos graxos dos óleos de linhaça, nozes, castanha e azeite de oliva, que se consumidos corretamente tem ação imunológica e anticancerígena. Essa lista ainda engloba o tomate e a goiaba com ações antioxidantes e redutoras de risco de câncer de próstata, dentre tantos outros alimentos milenares.
*Palavras-chaves:alimentos funcionais, gastronomia, consumo

[1] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.



























COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E VALOR CALÓRICO DAS SEMENTES DE GERGELIM (PRETO E DOURADO) COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE SALVADOR1

Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: brunobrito.corretor@gmail.com
FernandaKuhimEscariz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: fernanda.escariz@gmail.com
Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lailima8@hotmail.com

Ana Valéria Santos de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: anavaleriasanto.2011 @hotmail.com

Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: acruz@frb.edu.br

Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lcosta7@frb.edu.br

O gergelim (Sesamumindicum L.) é classificado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como uma semente de alto valor nutricional atribuído a quantidades significativas de vitaminas, principalmente do complexo B e vitamina E (poderoso antioxidante), além de minerais como cálcio, ferro, fósforo,potássio, magnésio, sódio, zinco e selênio. As sementes fornecem também óleo rico em ácidos graxos insaturados, incluindo ooléico (47%) e linoléico (41%) e alfa-linolênico (0,5%), além devários constituintes secundários como sesamol, sesamina, sesamolina e gamatocoferol que determinam sua elevada qualidade, em especial a estabilidadequímica em decorrência da resistência à rancificação por oxidação,propriedade atribuída ao sesamol. O ácido graxo ômega 6, presente em maiorquantidade, auxilia no controle de colesterol total e LDL (ruim), podendoaumentar o bom colesterol (HDL) quando consumido em grandes quantidades.Neste contexto, o gergelim pode caracterizar um produto em potencial para ser introduzido na dieta, através do consumo de sementes in natura e em diversas preparações alimentícias. Assim, o objetivo do presente estudo foi determinar a composição centesimal das sementes de gergelim, de colorações preta e dourada, obtidos no comércio varejista de da cidade de Salvador-BA. As sementes foram avaliadas quanto aos teores de umidade, cinzas, proteínas, lipídios, fibra alimentar e carboidratos. Inicialmente, as amostras foram pulverizadas em moinho para a obtenção da granulometria de 20 mesh. As farinhas foram acondicionadas em embalagens de polietileno, identificadas e armazenadas em temperatura ambiente por prazo máximo de uma semana. A composição centesimal das amostras foi determinada em triplicata segundo os métodos oficiais da AssociationofOfficialAnalyticalChemists (AOAC). Os carboidratos foram determinados pela diferença entre o total da amostra (100%) e os teores de umidade, cinzas, proteínas, lipídios e fibras. O valor calórico total foi calculado a partir dos coeficientes de Atwater, de 4 kcal g-1 para carboidratos e proteínas, e de 9 Kcal g-1 para lipídios. Dos parâmetros avaliados, a umidade é uma das determinações mais importantes utilizada no controle de qualidade, pois seu conteúdo está relacionado com a estabilidade e a qualidade do produto alimentício. Dos resultados obtidos, verifica-se que gergelim preto e dourado apresentaram5,10% e 4,55% de umidade, sendo94,90% e 95,45% de matéria seca, respectivamente,indicativo de que as sementes podem ser armazenadas à temperatura ambiente sem qualquer problema de estabilidade. As cinzas indicam o resíduo inorgânico (cálcio, ferro, magnésio, fósforo, sódio, selênio e outros compostos minerais) remanescente da queima da matéria orgânica que é transformada em CO2, H2O e NO2. No gergelim dourado foi encontrado4,19% de minerais, enquanto o gergelim preto apresentou teor superior (4,72%). Com relação aos macronutrientes, os teores de proteínas, lipídios, fibra alimentar e carboidratos, para os variedadespreto e dourado, foram de 18,37% e13,44%; 46,28% e 55,09%; 21,23% e16,08%; 5,14%6,12%, respectivamente. O gergelim preto e douradofornecem aproximadamente76,6 Kcal/15g e 86,1 Kcal/15g, respectivamente, considerando 1 colher de sopa (15g) a medida caseira recomendada para uso diário. Dessa forma, o gergelim preto mostrou maior teor proteico e de fibras alimentares quando comparado com o gergelim dourado. Portanto, o gergelim pode ser adicionado à alimentação diária através da adição em produtos como massas de pães, bolos, biscoitos, suflês, doces, patês, canapés tornando-se fonte de nutrientes na elaboração de diversas preparações alimentícias.

*Palavras-chaves:gergelim, composição centesimal, micronutrientes, macronutrientes.
[1] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/














































O IMPÉRIO DOS ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS1

Ana Valéria Santos de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: anavaleriasantos.2011 @hotmail.com

Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lailima8@hotmail.com

FernandaKuhimEscariz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: fernanda.escariz@gmail.com

Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: brunobrito.corretor@gmail.com

Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: acruz@frb.edu.br

Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lcosta7@frb.edu.br

A industrialização do setor alimentício mudou os hábitos de boa parte da população, passando a ofertar produtos com mais açúcar, mais gordura saturada, mais sódio, mais substâncias químicas (como conservantes, aromatizantes e estabilizantes) e com menos fibra do que o recomendado para uma alimentação saudável. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar os prejuízos da comida rápida e/ou ultraprocessada em diversos segmentos sociais, incumbindo-se de explicar os impactos desses alimentos na economia, na cultura, no meio ambiente e a dimensão dos seus efeitos na saúde pública. A vida contemporânea exige dos indivíduos rapidez e praticidade na execução de todas as atividades cotidianas e com isso a cerimônia da refeição vem perdendo cada vez mais espaço nas horas corridas do dia-a-dia, dessa forma o comer bem vêm sendo associado a momentos especiais e esporádicos.Em concordância com esse novo estilo de vida, a sociedade como um todo está mudando e moldando um novo cenário social,não à toa as multinacionais são cada vez mais fortes no âmbito econômico e político. Embora a praticidade seja, à princípio, um dado positivo, não é possível desconsiderar o impacto para a saúde humana causado por estes alimentos, impacto este que varia de acordo com o grau de processamento e de transformações porque passam os alimentos. Recentemente, uma nova classificação foi apresentada por um grupo de pesquisadores brasileiros. Diferentemente das classificações tradicionais, que agrupam os alimentos segundo categorias botânicas ou segundo seus componentes nutricionais, essa nova classificação, baseia-se no grau e no propósito do processamento de cada alimento. Sendo assim, no primeiro grupo temos os alimentos minimamente processados, definidos como alimentos que foram submetidos a algum processo com o objetivo de preservá-los e torná-los mais acessíveis, convenientes, por vezes, mais seguros e mais saborosos (ex.: arroz, feijão, carne fresca, etc.). Vale ressaltar que estes processamentos não alteram substancialmente as propriedades nutricionais destes produtos. No segundo grupo temos os alimentos extraídos de outros alimentos, estes são utilizados como ingredientes no preparo de pratos essencialmente constituídos por alimentos frescos e minimamente processados (ex.: óleos vegetais, farinhas, féculas e açúcares, etc.). Estes tornaram-se a matéria-prima base para o terceiro grupo de alimentos ultraprocessados, na qual são confeccionados usando-se aditivos químicos, principalmente edulcorantes e corantes artificiais, a fim de alterar o sabor e a cor, tornando estes produtos mais atraentes e estimulando o hábito de consumo (ex.: biscoitos, sorvetes, chocolates, doces em geral, cereais matinais, barras de cereais, refrigerantes, nuggets, salsichas, linguiças, hambúrgueres, além de produtos prontos ou semi-prontos para consumo).A presença de produtos ultraprocessados cresce exponencialmente na alimentação dos brasileiros, suscitando a necessidade de investigação profunda de seu impacto na saúde da população. A maioria dos dados disponíveis, tanto de tendência quanto do impacto desses produtos na dieta e saúde, está restrita a alguns itens, mas não ao conjunto dos produtos ultraprocessados, por se tratar de uma proposta recente de classificação dos alimentos. Novos estudos são necessários para investigar a influência de características regionais, culturais e socioeconômicas, bem como as práticas gastronômicas sobre os padrões de alimentação, utilizando a classificação de alimentos baseada na extensão e finalidade do processamento industrial.

*Palavras-chaves:alimentos, ultraprocessados, consumidor.
[1] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.







































SAÚDE E SEGURANÇA ALIMENTAR: DESMISTIFICANDO MITOS DO SENSO COMUM CONSTRUÍDOS NA COZINHA1

Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lailima8@hotmail.com

Ana Valéria Santos de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: anavaleriasanto.2011 @hotmail.com

Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: brunobrito.corretor @gmail.com

Fernanda Kuhim Escariz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: fernanda.escariz@gmail.com


Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: acruz@frb.edu.br

Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba
Email: lcosta7@frb.edu.br

A segurança alimentar tem papel fundamental na garantia de alimentos preparados e processados de acordo com os requisitos necessários de boas práticas de fabricação, permitindo a acessibilidade de alimentos de qualidade a todos e garantindo a saúde daqueles que os consomem.  Apesar das construções em torno da segurança alimentar e suas normas e técnicas estarem se aprimorando cada vez mais, ainda prevalece nas casas e no dia a dia de grande parte da população, costumes e crenças em torno das práticas de produção e manipulação de alimentos. Ao redor das cozinhas e mesas do mundo inteiro, esses mitos, construídos a partir de conhecimento de senso comum, ou seja, um saber que não se baseia em métodos científicos para comprová-los, mas sim nas vivências de cada um, circulam como verdade absoluta e incontestável. Esses conhecimentos estão presentes na história do mundo há muito tempo, não há registros que justifiquem todos eles, por se tratarem de histórias passadas de geração em geração, como um ato sagrado, cuja veracidade não é comprovada. São diversas as crenças em torno dos alimentos e sua preparação, que fazem parte do cotidiano de todos, até mesmo os mais experientes na prática culinária, creem e seguem determinados mitos sem questionar. Geralmente esses equívocos são relacionados a higienização, armazenamento, descongelamento e todo processo desde a compra até o consumo dos alimentos. Todos estão suscetíveis a cometer falhas na cozinha, no entanto, certos erros acabam comprometendo a qualidade dos produtos. Por esse motivo, as boas práticas de manipulação e produção de alimentos estão sendo implantadas em todo e qualquer estabelecimento alimentício e devem ser obedecidas pelos seus manipuladores e gerenciadores no intuito de proteger os clientes de ingerirem alimentos contaminados e impróprios para o consumo, livrando-os assim de contaminações e consequentemente doenças transmitidas por alimentos. O grande questionamento é; porque essas práticas e saberes que se fazem tão necessários, não são apresentadas aos indivíduos que utilizam a cozinha no dia a dia, nos seus respectivos lares? Os mitos e crenças ainda são predominantes na realidade de consumidores e manipuladores de alimentos do senso comum, comprometendo assim, a manutenção da qualidade de alimentos nas mesas da população. Desde a infância essas lendas são inseridas de modo tão seguro e enfatizado com tanta certeza, que não deixa espaços para questionamentos. Quem nunca ouviu, por exemplo, que é preciso deixar o alimento recém-cozido esfriar em temperatura ambiente para depois coloca-lo na geladeira? Quem nunca lavou a carne ou os ovos antes de prepara-los? Usou manteiga para fritar algo no lugar do óleo, alegando ser mais saudável? Ou até mesmo, quem nunca usou a mesma tábua para cortar alimentos de diferentes procedências, com a justificativa de que basta lava-la entre o corte de um produto e outro? Algumas dessas crenças “incontestáveis” não possuem tanta interferência no resultado da preparação de alimentos, mas grande parte tem grande impacto e sua prática pode causar grandes transtornos já que a manipulação incorreta dos alimentos o torna suscetível a contaminação por micro-organismo e substancia indesejadas no produto, possibilitando assim consequências negativas para o consumidor, como as DVAs (Doenças Veiculadas por Alimentos). O questionamento e debate em torno dessas práticas são de fundamental importância, para desconstruir as crenças e conscientizar a população sobre a necessidade de conhecer e seguir as boas práticas em todos os momentos em que os alimentos são manipulados e preparados. Com o intuito de analisar esses mitos e práticas, este trabalho se dispõe a esclarecer fatos verídicos e inverídicos em torno das crenças de senso comum que circulam em todo o mundo. O conhecimento empírico também tem seu lugar e valor na sociedade, mas se faz necessário resgatar e entender as procedências e fundamentos dessas histórias para assim garantir a saúde e segurança dos indivíduos no que tange a alimentação.
*Palavras-chaves:alimentos, segurança, saúde, gastronomia.
 Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
























Evolução Urbana de Salvador


Autor 1 – Luciana da anunciação Lopes
Faculdade Ruy Barbosa - Salvador-Ba
Email- luzeslopes@hotmail.com







Resumo: Este trabalho consiste no estudo da evolução urbana da cidade de Salvador e pontos relevantes que influenciaram no seu desenvolvimentoincluindo a cultura dos indígenas, africanos e europeus que tiveram uma importância considerável nesta construção.Descrevera atual estrutura urbana deSalvadormostrando suas transformações ao longo do tempo, desde o período da sua fundação ate os dias atuais. Cada fase é repleta de historias marcadas por construções, marcos, organizações sociais dentre outros pontos relevantes para a historia do desenvolvimento da cidade.
Na cidade existe uma arquitetura de alto nível, considerando que toda vez que uma sociedade transforma radicalmente o seu ambiente é porque existe um campo cultural muito forte. Na família indígena o espaço era determinado pela estrutura social e suas influencias nas moradias, em especial nas favelas, é muito marcante. Muitas famílias constroem suas casas ilegalmente, sem nenhum planejamento e aos poucos vão ampliando para acomodar sua família e os demais membros que surgirão com o tempo.





Palavras-chaves: (urbanismo, história, Salvador)

















[1] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Arquitetura e urbanismo da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Campus Pituba.






COMUNICACOES ORAIS – AREA DE CONCENTRACAO: CIENCIA DA COMPUTACAO E TI – DATAS DE APRESENTACOES: 07/05/2015 – 18H – SALA A COMBINAR

Ciência da Computação

SISTEMA DE RECOMENDAÇÃO DE LIVROS -
Adriano Gomes Sapucaia
Ciência da Computação
VENCENDO O JOGO, COMO DESENVOLVER UMA REDE NEURAL CAPAZ DE APRENDER A JOGAR KALAH - MARCELO GABRIEL BRITO DE DEUS
Sistemas de Informação
VOCÊ REPORTER - Wallace Henrique Gloria Duarte
Sistemas de Informação
Projeto Científico - Localização de Delegacias - Igor Silva dos Santos
Sistemas de Informação

Desenvolvimento De Jogo Educativo Para Smart Tvs Desenvolvimento De Jogos Educativos Em Html5, Css3 E Javascript Para Smart Tvs Com Sistema Operacional Netcast - Anderson Pereira dos Santos
Sistemas de Informação
APLICATIVOS COMERCIAIS: DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO DE TROCAS - LEIVAS NASCIMENTO DOS SANTOS
Sistemas de Informação
NUTRY FACTOR: Um Sistema Nutricional que Apoia a Formação de Cardápios, Baseado no Índice Inflamatório dos Alimentos - Pedro Israel Silva dos Santos Nascimento
Ciência da Computação
Beacons – Mobile - Jailson Oliveira Bomfim
Ciência da Computação
PROBLEMA DO CARTEIRO CHINÊS MISTO Uma Análise Empírica Experimental Do Método Heurístico Baseado Em Colônia De Formigas E Do Método Heurístico Baseado Em Algoritmo Genético - Hesli Fabricio de Almeida Castro

Ciência da Computação







Sistemas Embarcados em mapeamentos de ambientes desconhecido -
Maildes Neves da Silva










APLICATIVOS COMERCIAIS:
 DESENVOLVIMENTODEUMAAPLICAÇÃODETROCAS

LEIVAS NASCIMENTO DOS SANTOS; RODOLFO DA SILVA SANTOS; RODRIGO ALVES VAZ


Resumo: Esse projeto está relacionado ao desenvolvimento de uma aplicação com foco em trocas, na qual visa o atendimento de qualquer pessoa interessada nessa atividade, independente da categoria do produto/serviço.O sistema poderá ser acessado através de um dispositivo móvel Androide computadores pessoais independente de sistema operacional.A aplicação irá abranger inicialmente o território brasileiro, porém estará acessível futuramente para qualquer dispositivo conectado à internet.



DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÃO BASEADA NA INTERNET PARA DIVULGAR PRODUTOS E SERVIÇOS DE MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS


Daniel Ribeiro Alonso
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
alonsdaniel@gmail.com
Felipe Bahiense Silveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
fcbsilveira@gmail.com
Ítalo Brian Silveira
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
italobrian@gmail.com






Resumo: Este trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de solução baseada na internet para divulgar produtos e serviços de microempreendedores individuais. No intuito de esclarecer o funcionamento da ferramenta foram apresentados os conceitos e definições de Empreendedorismo pelo autor José Dornelas (2012), microempreendedor individual, produto, serviço e canais de comunicação, modelo Canvas, Software Web, Programação Orientada a Objetos, baseado em informações encontradas fontes como: Philip Kotler (2006), Kevin Lane Keller (2006), Ronald Degen (2009), Fernando Dolabela (2008), SEBRAE (2014) , Serasa Experian (2010), Eduardo Guerra (2013), Alexander Osterwalder (2010) e o Portal do Empreendedor (2014). A metodologia utilizada foi do tipo descritiva e bibliográfica, complementada com entrevistas e questionários com microempreendedores individuais, e coleta de dados científicos em livros, com a tentativa de encontrar as reais dificuldades que o MEI tem ao divulgar os seus produtos na internet. Finalmente, com base no material coletado, foi construído o portal AUTOMEI.


Palavras-chave: MEI. Divulgação de produtos e serviços. Microempreendedor Individual.






Beacons: Visão Mobile[26]


Jailson Oliveira Bomfim
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
jailsonoliveira@gmail.com
José Moreira Neto
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
neto.josemoreira@gmail.com
Oberlan Gomes da Silva
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
belhxcx@gmail.com

Resumo:


De acordo com os dados demográficos, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2012), em Salvador, 699.101 pessoas (um pouco mais que 26% da população) possuem algum tipo de deficiência, dentre eles, 469.086 pessoas declaram possuir algum grau de deficiência visual e 7.334 se declaram cegos.Bloqueios, corredores, buracos nas vias, escadas e limites de plataforma, passeio desnivelados são alguns obstáculos enfrentados pelos deficientes visuais ao se locomover. Com transporte público não é diferente, pois percebe-se a inexistência de qualquer mecanismo que sirva para auxiliar o deficiente de forma autônoma a utilização do mesmo. Atualmente só é possível fazer o uso do transporte com o suporte de outras pessoas, o que as vezes pode ocorrer de indicar a linha incorreta. A falta ou inexistente política pública continua sendo um problema bastante perceptível para os portadores de necessidades especiais (PNE’s).
As tecnologias de informação e comunicação são hoje o principal recurso que permite a igualdade no acesso não só na educação formal, mas também na educação social, na conscientização e na informação do que acontece no mundo “(...) desde a invenção do Código Braille em 1829, nada teve tanto impacto nos programas de educação, reabilitação e emprego quanto o recente desenvolvimento da informática para os cegos” (CAMPBELL, 2001, p.107).
A construção de uma sociedade com plena participação e igualdade de oportunidades para todos os indivíduos tem como um de seus princípios a interação efetiva de todos os cidadãos com o meio em que vivem. Nesta perspectiva é fundamental a criação de políticas de inclusão que reconheçam as diferenças e que desencadeie uma revolução conceitual que conceba uma sociedade em que todos devem participar, com direito de igualdade e de acordo com suas especificidades. (CONFORTO e SANTAROSA, 2002).
VisãoMobile será um aplicativo da plataforma IOS que terá a finalidade de diminuir o impacto de pessoais que possuem algum tipo de deficiência visual no auxílio do uso do transporte público. As principais tecnologias envolvidas para o desenvolvimento do app são o bluetooth e os becons, além do smartphone. O bluetooth é um padrão de comunicação sem fio, que utiliza uma faixa de frequência livre comum em grande parte dos países, capaz de interligar diversos tipos de dispositivos, já os beaconsé uma tecnologia de proximidade que está ganhando o mercado exterior devido ao seu baixo custo e a capacidade de interação com o usuário. Utiliza a tecnologia bluetooth(BLE) bluetotoothlowbatterypara informar sua localização.
Previamente anexado uma unidade beacon na parada de ônibus e outro no mesmo, um usuário com o aplicativo em execução ao chegar nesta parada, conseguirá ouvir através do comando de voz do smartphone as linhas que por ali passam e ser informado quando o transporte estiver no ponto.



*Palavras-chaves:beacons, bluetooth, deficiência visual, ônibus,


DESENVOLVIMENTO DE JOGO EDUCATIVO PARA SMART TVS
Desenvolvimento de jogos educativos em HTML5, CSS3 e JavaScript para Smart TVs com sistema operacional Netcast


Anderson Pereira dos Santos
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador - BA
kenedyanderson2000@hotmail.com



Resumo: (Mínimo 500, Máximo 700 palavras): (Não é necessário incluir as referências bibliográficas) Fonte Times New Roman Tamanho 10 Espaçamento Simples.


Jogos eletrônicos fazem parte do cotidiano humano há muitas décadas, marcaram muitas gerações com sua infinidade de gêneros, e também não é de hoje que jogos são utilizados como forma de ensino de uma maneira lúdica, existem muitos estudos que abordam este tipo de ensino, tratando-o de uma maneira não arbitrária de ensinar a alunos, em especial crianças e adolescentes. Existem muitas formas de se desenvolver um jogo eletrônico, basicamente a maioria das linguagens de programação atuais, permitem que de algum modo possa ser possível se desenvolver um jogo, porém com suas limitações, incluindo o HTML5, que possui recursos que permitem um perfeito desenvolvimento, que o torna compatível com diversas plataformas diferentes, seja em um browser, em um celular, ou mesmo em uma Smart TV. As Smart TVs com sistema operacional NetCast, permitem acesso à internet e também a execução de aplicações web com os artifícios do HTML5, CSS3 e JavaScript, através de um SDK (Software Development Kit) que disponibiliza ao desenvolvedor um ambiente completo de desenvolvimento de aplicações web, incluindo IDE (Integrated Development Environment), emulador e arquivos completos de ajuda. Fazendo o uso de pesquisas bibliográficas foi feito o desenvolvimento de um jogo com todos os atributos de um jogo educativo para o sistema NetCast, para o ensino básico de inglês, para crianças em idade média de 8 e 11 anos. Depois da aplicação de testes específicos para jogos, podemos avaliar se o jogo atende as expectativas do jogador acerca de questões técnicas como jogabilidade e interatividades. Contudo pode-se concluir que com a expansão dos componentes que possuem interatividade com a internet, o uso no ensino pode ser aprimorado através de jogos eletrônicos que através de técnicas já conhecidas no desenvolvimento de jogos, podem facilitar ainda mais na implementação de tais aplicações, e complementadas pelo HTML5 pois requer conhecimentos não muito avançados em programação.

Palavras-chaves:Jogos, netcast, html5, desenvolvimento






Kit de Instalações Hidráulicas: projeto e desenvolvimento de uma ferramenta prática de estudo.[27]


Marcos Vinícius Dias Medrado Silva
Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA
mvdms@hotmail.com

Resumo: Diante da necessidade de observar e estudar instalações hidráulicas perante materiais práticos que simulem, em verdadeira grandeza, como as instalações funcionam, lançou-se pelo professor José Antonio Ribeiro um Programa de Experiência – PEX que propunha o projeto de um sanitário modelo, com vistas ao seu sistema hidráulico e pronto para o contato direto com seus materiais compositivos e construtivos. Assim, o PEX formado por cinco alunos, funcionou em três equipes: a primeira para o projeto estrutural, a segunda para o projeto de tubulações e a terceira para a produção de material gráfico educativo. No projeto estrutural foram discutidas o formato do Kit, bem como os materiais necessários, produzindo-se então plantas, vistas, detalhamentos e memorial descritivo que contém um estudo de viabilidade e otimização de custos/disponibilidade dos materiais. No projeto de tubulações planejou-se o melhor layout para a distribuição de água fria e quente, juntamente com os ramais de esgoto e ventilação. O projeto descreve também toda a tubulação usada, ou seja, as unidades de contribuição de cada fluxo, os diâmetros dos tubos, peças de assessório, equipamentos de entrada e saída de fluidos e instalação. Após a fase de planejamento, o projeto foi apresentado à coordenação do curso de Arquitetura e Urbanismo e à Coordenação de Apoio da Faculdade Ruy Barbosa, campus Pituba. Atualmente, o projeto já implantado no laboratório tem sido usado nas aulas de Instalações Hidrossanitárias com bons resultados, traduzidos no melhor entendimento dos alunos sobre as instalações.






*Palavras-chaves: Instrumentos didáticos; Laboratório; Kit de ensino.








NUTRY FACTOR: Um Sistema Nutricional que Apoia a Formação de Cardápios, Baseado no Índice Inflamatório dos Alimentos[28]

Pedro Israel Silva dos Santos Nascimento
FRB – Salvador/BA
petther@gmail.com





Resumo: Existem sistemas de informação que apoiam o trabalho do profissional da nutrição, facilitando o acompanhamento do desenvolvimento dos pacientes. Recentemente, surgiram estudos que abordam o que é o índice inflamatório dos alimentos. Mas a aplicação desses índices para cálculo na montagem de dietas não é vista. Desta forma, o presente estudo busca aplicar técnicas que simulem a perícia de um nutricionista em um sistema computacional específico, a fim de facilitar e tornar mais eficiente o trabalho do profissional, adequando a dieta do paciente às suas necessidades anti-inflamatórias ou restrições inflamatórias.
Os sistemas de apoio a nutrição (SAN) estão cada vez mais presentes na vida dos nutricionistas. Ao longo do tempo, os SAN evoluíram e se tornaram sistemas especialistas, dando apoio na decisão de um parecer profissional. Contudo, as soluções tecnológicas encontradas no mercado ainda não incorporaram os conceitos de índice inflamatório dos alimentos e também não fazem intervenções na formação dos cardápios para as dietas. Sendo assim, como a Tecnologia da Informação (TI) pode ajudar o processo de montagem de dietas, considerando o índice inflamatório dos alimentos e sugerindo alterações no cardápio, através de um software? O sistema de apoio nutricional é uma ferramenta que auxiliará o processo de cálculo e personalização de dietas para indivíduos. O processo manual para o cálculo de dietas ou mesmo através de elaboração de planilhas digitais não é prático, sendo necessário dispensar tempo considerável para a produção de um cardápio, levando em consideração ainda que nem sempre se tem disponível uma tabela de composição de alimentos completa em mãos, o que faria necessário muitos volumes bibliográficos diferentes para contemplar um maior número de alimentos e nutrientes quantificados, dificultando a personalização.
O índice inflamatório é um conceito novo, portanto poucas tabelas contemplam esta informação. Anteriormente a este índice, os alimentos eram avaliados na construção da dieta como inflamatórios ounão a partir da sua composição qualitativa (a presença ou ausência de substâncias ditas como antioxidantes ou anti-inflamatórias), porém não era possível estimar, de forma prática, quão inflamatório ou oxidante um alimento era.
Atualmente, não existe nenhum programa de cálculo de dietas que contemple a avaliação do índice inflamatório dos alimentos e, consequentemente, da dieta ingerida, o que traz ainda maior relevância a este trabalho, visto que permitirá ao profissional nutricionista explorar outros aspectos que não apenas os nutrientes dos alimentos, contribuindo para direcionar o tratamento dietoterápico de pacientes que necessitem de uma alimentação restrita em alimentos inflamatórios ou com uma necessidade maior de alimentos anti-inflamatórios. Além disso, por serem escassos estudos que avaliem a utilização desse índice inflamatório e as respostas metabólicas, o presente trabalho pode se constituir no futuro como uma ferramenta para pesquisas. Para o desenvolvimento do protótipo deste sistema, será utilizada uma técnica de inteligência artificial, mais especificamente, sistemas especialistas. Além disso, serão feitas entrevistas com um profissional nutricionista, para levantamento dos requisitos e, posteriormente, será iniciado o processo de captura da expertise para ser introduzida no sistema.
Uma vez que o protótipo estiver pronto, o mesmo será avaliado quanto à precisão no apoio a tomada de decisão.
Palavras-chaves: sistema de apoio a nutrição, índice inflamatório dos alimentos, sistemas especialistas.

PROBLEMA DO CARTEIRO CHINÊS MISTO:
Uma Análise Empírica Experimental do Método Heurístico Baseado em Colônia de Formigas e do Método Heurístico Baseado em Algoritmo Genético

CARLOS ANDRÉ DE SOUZA DIAS; HESLI FABRICIO DE ALMEIDA CASTRO; IGOR GONÇALVES PITANGA

Na área de Teoria dos Grafos, um ramo da matemática muito importante para a informática, o Problema do Carteiro Chinês (PCC) consiste em encontrar um caminho mais curto ou circuito fechado que visite todas as arestas do grafo, como exemplo o melhor caminho que um carteiro poderia fazer partindo de um local de trabalho passando por todas as ruas que precisa e depois voltar ao ponto inicial (PETEAM, 2012). Para resolução desse problema, existem diversos algoritmos e métodos que foram propostos por diversos matemáticos e cientistas ao longo dos anos. O Problema do Carteiro Chinês, por transitar por diversas variáveis, pode ser divido entre os casos direcionais, os não direcionais e o caso misto. Diante desse contexto definiu-se avaliar soluções para o caso do Problema do Carteiro Chinês Misto (PCCM), onde tanto arestas direcionais e arestas não direcionais estão no mesmo grafo. Este caso do problema é tipificado como NP-Completo e assim portanto não possui solução em tempo polinomial. O seu algoritmo possui alto grau de complexidade de tempo, assim as heurísticas são as soluções viáveis encontradas hoje para um resultado ao problema; entretanto nas heurísticas, os resultados finais são aproximados do resultado real, não sendo o resultado perfeito, porém um resultado aceitável. Existem diversas heurísticas que tentam resolver e achar a melhor solução possível para o Problema do Carteiro Chinês Misto. Dentre as heurísticas, após pesquisas e leituras, foram selecionadas duas delas de resolução para o problema misto do carteiro chinês: Heurística Baseada em Otimização por Colônia de Formigas proposta por Viana (2010) e a Heurística do Método Baseado em Algoritmo Genéticoproposto por Konowalenkoet al. (2012). Dentre as duas heurísticas, o trabalho tem o objetivo e se propõe a descobrir qual é mais eficiente e apresenta o melhor resultado através de comparações entre ambas, apresentando definições e conceitos, analisando também as semelhanças e diferenças. Para a chegada dos resultados e objetivo, ao longo do processo de construção da monografia, foi implementado em linguagem de programação as duas heurísticas discutidas e assim servindo e acompanhando a avaliação empírica experimental do trabalho. A importância deste tema é justificada, pois ao comparar os métodos escolhidos que resolvem o Problema do Carteiro Chinês, estes servem principalmente para ajudar na escolha do melhor método averiguado entre os dois, e assim este ser utilização em propostas de aplicações práticas futuras. O Problema do Carteiro Chinês serve em interesse para uso da sociedade, reduzindo tempo e otimizando percurso ao encontrar, por exemplo, a melhor rota que um carteiro pode fazer para realizar seu trabalho de entrega, bem como encontrar a melhor rota para coleta de lixo de uma cidade. Ao estudar os métodos que são propostos e usados por diversos cientistas, é possível perceber os problemas de cada um, onde uma heurística falha e onde a outra acerta, podendo até ser possível, com essa pesquisa e comparação, propor uma nova heurística para resolução do problema. Para isto essa Introdução exibida sintetiza o que o documento apresentará e corresponde a primeira seção deste trabalho. O trabalho foi organizado sequencialmente da seguinte forma, na qual a seção Fundamentação Teórica corresponde ao embasamento teórico da pesquisa e traz nela as seções secundarias:Complexidade Computacional qual aborda esse tema indispensável para entendimento do trabalho; logo depois a seção intitulada Teoria dos Grafos estão apresentados os conceitos básicos e mais importantes para introdução ao tópico titulo da seção; na seção seguinte, chamada Problemas do Carteiro Chinês, são diferenciadas as três categorias do problema que existem e apresentadas as soluções de resolução para cada um.; na seção Heurísticas Para Resolução Do PCCM, as heurísticas escolhidas para o trabalho são apresentadas e analisadas individualmente.  Em sequência à Fundamentação Teórica, a seção Metodologia apresenta de forma detalhada como o trabalho teórico foi feito, como foi implementado, os critérios de comparação e como os resultados foram obtidos. A seção Análise das Heurísticas e Resultados segue logo após, e nestes as heurísticas são comparadas e apresentados os resultados tantos teóricos como os resultados obtidos através da implementação de cada uma das heurísticas no computador. Ao final o encerramento é feito pela seção Conclusão que sucinta e traz as conclusões de forma objetiva do trabalho, da pesquisa e dos resultados.




DELEGACIA JÁ
APLICAÇÃO ANDROID PARA LOCALIZAÇÃO DE DELEGACIAS


IGOR SILVA DOS SANTOS; MARIANA DA CONCEIÇÃO ALVES DA SILVA; RENAN CESAR GODOY PEREIRA

Resumo: A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos computacionais que visam permitir a obtenção, o armazenamento, o acesso, o gerenciamento e o uso das informações.  Na verdade, as aplicações para TI são tantas, que há várias definições para a expressão e nenhuma de elas consegue determiná-la por completo (ALECRIM, 2011). Essas aplicações, aprimoradas e desenvolvidas, em diversos segmentos da tecnologia trouxeram soluções ainda mais elaboradas pela informática. A tendência é que a tecnologia da informação seja cada vez mais importante na sociedade, onde a informatização de vários conteúdos se transformou em uma norma (ALECRIM, 2011). O forte avanço tecnológico aplicado a segmentos diversos e o resultado obtido, muitas vezes, em tempo real, proporciona soluções vantajosas à sociedade. A região de Salvador, por exemplo, possui em seu quadro diversas e específicas delegacias para cada tipo de crime e  encontrá-las torna-se um problema, além disso, encontrar aquela que atenda uma real necessidade é um problema maior ainda, frustrando muitas vezes aquele que busca relatar sua ocorrência. Reconhecendo essa problemática, a tecnológica e suas aplicações na sociedade, o trabalho visa desenvolver uma ferramenta mobile que proporcione aos seus usuários facilidades de localizar unidades policias na região de Salvador, visto que, na maioria dos bairros da capital baiana, a dificuldade de localização de uma delegacia adequada ao tipo de ocorrência impede o relato de registros perante as autoridades responsáveis pela segurança pública, impedindo o planejamento de ações que possam combater a crimes e efetivamente auxiliar a prevenção de eventuais delitos. Desta forma, como criar uma ferramenta para a identificação de delegacias, com indicações de sua localização e acesso rápido á Delegacia Eletrônica? Para o desenvolvimento da ferramenta serão envolvidos, necessariamente os seguintes tópicos: levantar dados de delegacias e tipos de ocorrências para compor o banco de dados para a ferramenta; pesquisar melhores tecnologias de localização para agilizar a identificação das delegacias no mapa; realizar estudo sobre Java, para aplicações web e mobile e analisar meios de integração entre as plataformas.










ADRIANO GOMES SAPUCAIA; LEONARDO ESTRELA BRANCO; RONALDO DOS SANTOS FERNANDES


Os sistemas de recomendação estão cada vez mais presentes no mundo dos negócios online, seja auxiliando na aquisição de determinados serviços ou na compra de um citado produto. Neste projeto de pesquisa será produzido um sistema de recomendação que atenderá ao universo dos livros, em específico livrarias virtuais, dando sugestões informatizadas de títulos para o leitor, de acordo com uma análise feita a partir das aquisições de outros usuários, com o objetivo de despertar algum interesse. O advento tecnológico possibilitou a virtualização das empresas e como consequência o crescimento do comércio eletrônico. Nesse tipo de negócio, por não haver a necessidade de um espaço físico as empresas puderam ofertar uma maior variedade de produtos se comparado a uma loja convencional, consequentemente, o consumidor passou a ter em suas mãos uma oferta muito grande de produtos, de diferentes tipos e fabricantes. Para resolver o problema do excesso de informação na rede são utilizados os sistemas de recomendação. De acordo com Cazella, Nunes e Reategui (2010, p.2), nesse tipo de sistema são fornecidas como entrada indicações de pessoas, que o sistema agrega e direciona para outros indivíduos que podem estar interessados nessas recomendações, sendo o grande desafio recomendar adequadamente produtos de acordo com interesse de cada cliente.  Atualmente, para obter sucesso e consequentemente lucro, as empresas são obrigadas a possuir algo que a diferencie de seus concorrentes, ou seja, uma estratégia de mercado. Segundo Costa (2007), “chama-se estratégia competitiva aquilo que um fornecedor decide fazer para que, na mente dos clientes ou consumidores, seus produtos ou serviços tenham alguma distinção e mereçam a preferência deles”.
















Sistemas Embarcados em mapeamentos de ambientes desconhecido


Resumo:

Um sistema pode ser denominado como embarcado quando está dedicado a uma única tarefa e está sempre interagindo com o ambiente a sua volta através de sensores e atuadores. Como principais características de classificação para este tipo de sistema têm-se a capacidade computacional e sua independência de operação, além de outros aspectos que irá variar de acordo com o tipo de sistema, possíveis modos de funcionamento e itens desejados para utilização em aplicações embarcadas. No intuito de resolver problemas através de busca, torna-se necessário a utilização de ações em seqüência, as quais permitem alcançar objetivos pré-estabelecidos, caso uma ação isolada não consiga fazê-lo. A robótica móvel busca desenvolver dispositivos capazes de se deslocarem sem o controle humano para cumprir determinadas tarefas o que torna célere o processo de resolução de problemas, bem como permite a realização de determinadas tarefas sem colocar em situação de risco pessoas envolvidas no processo. O mapeamento de ambientes consiste na coleta de dados, pelo robô, de informações primordiais relacionadas ao espaço ambiental, visando elaboração de mapas do local, que determinam a melhor rota a seguir, superando os obstáculos que se apresentem.  A necessidade de criar um novo produto que facilite e torne mais célere o mapeamento de ambientes, faz com que sejam desenvolvidas e utilizadas ferramentas que viabilizem a construção de um protótipo eficaz na realização e implementação desta proposta. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo desenvolver um método capaz de analisar um ambiente com obstáculos não mapeados anteriormente e integrá-lo a um sistema embarcado a fim de encontrar uma rota a ser percorrida. Com a perspectiva de buscar uma rota a ser percorrida por um sistema embarcado em um ambiente desconhecido, deseja-se antes considerar a possibilidade de encontrar obstáculos, e depois mapear a área para então calculá-la. Assim, pretende-se com esse projeto verificar formas de reconhecimento de ambiente a fim de desviar de possíveis obstáculos encontrados, mapear uma rota a ser percorrida num ambiente desconhecido e integrar o programa elaborado a um protótipo de sistema embarcado e equipá-lo devidamente para tal. Para desenvolvimento deste, será utilizada a plataforma Arduíno, por melhor se adequar ao que foi proposto nesta pesquisa e também por tratar-se de uma “plataforma de prototipagem eletrônica que torna a robótica mais acessível a todos. Ainda serão utilizados módulos que serão acoplados à placa para auxiliar no envio via WiFi dos dados obtidos e rota traçada, e sensores que auxiliarão no processo de reconhecimento e mapeamento de ambientes e também no processo de tomada de decisão de rota durante o percurso. Quanto às pesquisas bibliográficas, têm com base o objetivo inicial de elaborar um algoritmo capaz de identificar uma rota a partir de obstáculos encontrados durante o percurso, para que a partir dela pudessem ser definidos os objetivos específicos e obter melhor aproveitamento com a elaboração do trabalho. A pesquisa é de caráter exploratório, tendo como objetivo analisar detalhadamente o tema escolhido. Como auxilio para a preparação da simulação do sistema embarcado e interligação entre ele e o software, serão estudadas ferramentas anteriormente desenvolvidas por outrem com objetivos similares aos apresentados neste trabalho.


*Palavras-chaves: Sistema embarcado; Mapeamento; Arduíno; Robótica











































[1]Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Direito - VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa, Rio Vermelho, Salvador – BA.
[2] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento do Direito VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
[3] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento do Direito VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
[4] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento do Direito VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
[5] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento do Direito VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
[6] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento do Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa –Salvador/BA.
[7] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Letras da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
[8] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba.
[9]Bolsista do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica – PICT,pela Faculdade Ruy Barbosa.
[10] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/Ba.
[11]Bolsista do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica – PICT,pela Faculdade Ruy Barbosa.
[12] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, Faculdade Ruy Barbosa – Salvador-BA.
[13] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Campus Rio Vermelho – Salvador-BA.
[14] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa.
[15] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – SSA-BA.
[16] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Direito da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Campus Rio Vermelho.
[17] Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau em Bacharel em Direito pela Faculdade Ruy Barbosa, sob a orientação do Professor Doutor Gabriel Dias Marques da Cruz.
[18] Resumo submetido à avaliação para a Área de Conhecimento Psicologia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa Devry/Brasil– Salvador/BA.
[19] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Psicologia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa DeVry Brasil – Salvador/BA.
[20] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Psicologia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Boa Viagem – Recife/PE.
[21] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Letras da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.
[22] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Psicologia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – SSA-BA.
[23] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Psicologia Socialda VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Boa Viagem – Recife/PE.
[24] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Letras da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/BA.


[26] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento _____________da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Boa Viagem – Recife/PE.
[27] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento de Ciências Sociais Aplicadas da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa.
[28] Trabalho apresentado na Área de Conhecimento _____________da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Boa Viagem – Recife/PE.